Após 18 anos, mídia dos EUA mostra 1ª foto de caixão de soldado

da Folha Online


O caixão --coberto com a bandeira americana-- de um soldado americano, morto em combate no Iraque, foi um dos primeiros a ser exibido pela imprensa americana depois que o governo de Barack Obama encerrou 18 anos de lei que proibia veicular este tipo de imagem.
A foto foi divulgada por dezenas de jornais e redes de televisão de todo o mundo, entre elas ABC, CNN e Al Jazeera e os jornais "Washington Post", "USA Today" e "Chicago Tribune".
Tim Shaffer/07.abr.09/Reuters
Soldados carregam o caixão de colega morto em ação no Iraque; após 18 anos, EUA permitem a divulgação da foto dos caixões
Soldados carregam o caixão de colega morto em ação no Iraque; após 18 anos, EUA permitem a divulgação da foto dos caixões
Israel Candelaria Mejias, 28, nascido em Porto Rico, morreu em um ataque com explosivos, em Bagdá, no último domingo (5). Sua família permitiu que os fotógrafos registrassem o momento em que soldados tiravam o caixão do avião militar que o levou de volta aos Estados Unidos.
O caixão chegou aos EUA pouco antes das 20h30 desta terça-feira (7) (21h30 no horário de Brasília). Pouco mais de uma hora depois, uma equipe de oito membros da Velha Guarda do Exército americano desceu a rampa do avião C-17. O major Klavens Noel recitou uma oração que foi ouvida em silêncio pelos soldados.
A equipe carregou então o caixão a um veículo que o levou ao mortuário, onde será analisado e devolvido à família.
O secretário de Defesa americano, Robert Gates, cancelou o efeito em fevereiro passado uma polêmica política colocada em prática em 1991, que proibia a exibição de imagens de caixões de soldados repatriados para os EUA. Gates deixou nas mãos dos familiares das vítimas a decisão de autorizar ou não a imprensa a filmar ou fotografar os caixões de seus entes queridos na base aérea de Dover, em Delaware, onde chegam os corpos repatriados dos militares mortos no Iraque ou Afeganistão.
Os críticos afirmavam que a medida era uma tentativa do governo de esconder o custo humano das guerras no Iraque e no Afeganistão. Ao menos dois senadores democratas pediram ao presidente Obama para permitir que fotógrafos participem de cerimônias na base aérea e em outras instalações militares quando corpos chegarem aos EUA.
Segundo dados de fevereiro, ao menos 4.251 membros do Exército americano morreram na Guerra do Iraque desde que ela começou, em março de 2003. Outros 584 militares americanos morreram no Afeganistão, Paquistão e Uzbequistão em consequência da invasão dos EUA ao Afeganistão no fim de 2001, segundo o Departamento da Defesa.
Com France Presse e Associated Press 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A inteligente jogada de Bolsonaro de concluir obras dos outros | Noblat

Para chamá-las de suas 30/08/2020 14:52:00   Noblat: A inteligente jogada de Bolsonaro de concluir obras de outros presidentes Para chamá-la...