Políticos da esquerda repercutem declarações de Moro sobre ataques e ameaças

Ex-ministro afirmou que ele e sua esposa são alvo de campanha difamatória nas redes sociais. Ex-deputado Jean Wyllys lembra que ataques são comuns há vários anos.


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O ex-deputado Jean Wyllys foi alvo de ataques e ameaças nas redes sociais
Por MARCELO DA FONSECA
01/05/20 - 10h17
Os ataques e ameaças sofridos pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro e por sua esposa Rosângela Moro repercutiram entre políticos de esquerda nas redes sociais.
Os ex-parlamentares Jean Wyllys e Vanessa Grazziotin, afirmaram que Moro ser tornou o alvo dos antigos aliados e ironizaram as declarações do ex-ministro. 
Em entrevista à Revista Veja, Moro afirmou que sente medo de sofrer um atentado após sair do governo e que estão compartilhando dossiês contra sua esposa com informações falsas.
"Atacaram minha esposa e estão confeccionando e divulgando dossiês contra ela com informações absolutamente falsas. Ela nunca fez nada de errado. Nem eu nem ela fizemos nada de errado. Esses mesmos métodos de intimidação foram usados lá atrás, durante a Lava-Jato, quando o investigado e processado era o ex-presidente Lula", disse Moro. 
Nesta sexta-feira (1), Moro usou suas redes sociais para comentar suas declarações. "Concedi entrevista à Revista Veja com a intenção exclusiva de me defender das fake news e ofensas e explicar minha saída do governo, nem mais nem menos". 
"Bem-vindo ao mundo dos ameaçados de morte e difamados com mentiras pela extrema-direita bolsonarista, Sergio Moro! neste mundo, Marielle foi executada por sicários contratados por essa gente. A diferença entre nós e você, Moro, é que nunca nos misturamos com os criminosos", escreveu Jean Wyllys. 
O ex-deputado do PSOL deixou seu cargo na Câmara dos Deputados depois de se tornar alvo de ataques e ameaças de morte nas redes sociais. Ele deixou o Brasil, avaliando que não estaria seguro no país.
A ex-senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB, ironizou as declarações de Moro e cobrou do ex-ministro a falta de ações no combate aos ataques de bolsonaristas quando ele era parte do govenro. "Engraçado né! Quando era ministro não lamentava nada e nem fazia nada. As agressões e perseguições vem de longe", escreveu. 
Outros parlamentares do campo da esquerda comemoraram que o ex-ministro da Justiça vai se pronunciar oficialmente sobre as denúncias de que o presidente Jair Bolsonaro teria tentado influenciar no comando da Polícia Federal. Na quinta-feira (30), o ministro do STF Celso de Mello determinou um prazo de 5 dias para que Moro seja ouvido pela PF. 
Alguns deputados do PT passaram a cobrar que Moro apresente diálogos e gravações sobre as supostas interferências do presidente em investigações da PF. Em outra frente, petistas se movimentam pra a criação de uma CPI para investigar a atuação do ex-ministro no comando da pasta da Justiça. Ex-adversários de Moro, comentam denúncia de ex-ministro sobre ataques e ameaças nas redes sociais.

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