Ultimamente tenho tido preguiça de debater com estatistas. Parece que eles são imunes à lógica. No vídeo "Interview with a Zombie", Thomas Woods mostra como as pessoas doutrinadas a defender o status quo simplesmente desconsideram a lógica argumentativa. Repetem aquilo que aprendem na escola e na mídia sem a mínima reflexão crítica, tal qual um zumbi, mas pior. Pelo menos o zumbi valoriza cérebros, a ponto de querer comê-los. As pessoas hoje valorizam certificados. Um diploma do MEC vale mais para elas do que uma bela linha de raciocínio.
Aposto que alguém vai reclamar que citei um vídeo do You Tube e não uma tese de doutorado da UNB. Trata-se de um defeito que uma lição do Hinduísmo poderia resolver.
Saraswati é deusa Hindu do conhecimento e das artes. Ela representa o verdadeiro conhecimento, aquele oriundo da consciência subjetiva, da individualidade, da livre disseminação de ideias e de sabedoria. É alcançado não por imposição ou doutrinação, mas pela reflexão e iluminação pessoal. E é este conhecimento que leva uma pessoa a alcançar o moksha, a libertação do ciclo de vida e morte.
Saraswati é representada vestindo um sári branco, símbolo da pureza do conhecimento — isento, portanto, de agendas ideológicas ou utilitaristas. O conhecimento como um fim em si próprio. Ela senta-se em uma flor de lótus branca, símbolo da Realidade Suprema, que só pode ser compreendida através do conhecimento supremo. Em uma de suas quatro mãos ela segura um rosário, que significa concentração, meditação e contemplação, o caminho para a percepção da unidade entre o espírito e a realidade absoluta, o Princípio Divino, chamado Brahman. Aquele que busca este caminho deve buscar uma relação harmoniosa com o mundo e usar o conhecimento com amor, para o bem da humanidade.
Não imagino como a maneira pela qual o conhecimento é encarado nas modernas democracias poderia destoar mais deste belo ensinamento do Hinduísmo. O conhecimento é encarado como algo que deve ser despejado sobre as crianças em centros de doutrinação chamados escolas e não como fruto de uma busca pessoal e voluntária de todos os momentos. É visto como um processo de condicionamento por repetição, decoreba mesmo, e não de reflexão e meditação. Sua transmissão é atravancada por manuais, legislações e caprichos pedagógicos que causam esclerose naquilo que deveria ser uma rede fluida de saberes. E este falso conhecimento que as pessoas adquirem não liberta, apenas aprisiona. Não é usado com amor para o bem da humanidade. É usado para praticar ou legitimar o mal. Para travestir de eufemismos as piores agressões contra inocentes.
É com base neste falso conhecimento que tanta gente defende a necessidade do imposto, que nada mais é do que um assalto à mão armada sistemático e em larga escala contra populações inteiras. Mais grave do que dizer que tal barbárie é necessária é tentar provar que não se trata de roubo.
É isso que Diogo Coelho tenta fazer no seu lamentável artigo "Imposto não é Roubo". Como eu disse, ando com preguiça de debater com estatistas, mas não posso deixar sem resposta essa desprezível apologia ao crime. Farei uma refutação detalhada. Os trechos do artigo de Diogo seguem em vermelho socialista, como não podia deixar de ser. Minhas respostas seguem em anárquico preto.
Liberais e libertários às vezes recorrem a analogias que pecam pela simplificação. E aquela que mais tem me incomodado é a constante referência aos impostos como roubo.
Primeiramente, devemos fazer uma distinção entre liberais e libertários. Os primeiros diferem das ideologias totalitárias apenas no que diz respeito a quanto de agressão sistemática e institucionalizada contra inocentes deve haver — ou seja, uma diferença de magnitude e não de natureza. Os libertários se opõem completamente à agressão contra inocentes e, portanto, se opõem ao estado, o maior aparato criminoso jamais concebido.
Diogo Coelho acusa os libertários de "pecar pela simplificação" ao classificar todos os impostos como roubo. A simplificação está longe de ser um pecado epistemológico. Pelo contrário. Físicos estão sempre buscando um modelo mais simplificado para explicar o Universo. Provas matemáticas mais simples são as mais elegantes. A navalha de Ockham, um princípio de sinteticidade lógica, estabelece que dentre diferentes hipóteses, aquela com menos premissas deve ser assumida, impondo àquele que defende uma hipótese menos simples o ônus de provar seu maior poder explanatório.
Diogo reconhece no seu texto que o estado é uma entidade que detém o monopólio do uso da violência em determinado território e que obriga os cidadãos, por meio da ameaça física, a entregar a ela parte do que honestamente ganharam. No que isso difere de um assalto à mão armada? Ao assumir imposto como roubo e o governo como uma quadrilha criminosa, aquilo que observamos empiricamente passa a fazer sentido: disputas para controlar o poder político, crescentes gastos governamentais com serviços públicos de qualidade cada vez pior, leis e regulações cada vez mais estúpidas e liberdades cada vez mais ameaçadas. A hipótese de que imposto é roubo é simples, elegante e possui um altíssimo poder explanatório.
À luz da navalha de Ockham, pode-se concluir que o ônus da prova recai agora sobre aqueles que defendem que imposto não é roubo, e que portanto não estão em posição de acusar os libertários de nada, muito menos de simplificação. A posição deles é no banco dos réus. E eu os acuso de tergiversação.
O que Weber, Olson e outros intelectuais nos ensinam é que a origem do poder político está na associação de indivíduos em comunidade, que necessitam criar uma estrutura administrativa capaz de proteger toda a sociedade de ameaças internas e externas, além de fornecer um sistema capaz de resolver conflitos por meio da justiça. Os impostos fazem parte da estrutura de manutenção dessa ordem — e, como seu pagamento é garantido por lei, o governo pode, em última instância, valer-se da coerção física para assegurar o respeito a essa obrigação.
A hipótese de que o poder político surgiu da livre associação de indivíduos pode ser refutada tanto logicamente quanto empiricamente.
Tomemos a definição de poder político. Conforme nos explica o sociólogo e cientista político Franz Oppenheimer, existem duas maneiras opostas de conseguir riqueza: o meio econômico e o meio político. O primeiro consiste nas trocas voluntárias, portanto na livre e pacífica associação de indivíduos. O segundo consiste na coerção. A política é a obscura arte de se manter em uma posição institucionalizada de parasitismo coercivo, e o poder político nada mais é do que essa própria posição. Portanto, a afirmação de que o poder político é oriundo do meio econômico é autocontraditória.
Um oximoro ocorre também quando se assume que o poder político nos protege de ameaças. Sendo o estado um agressor por definição, ele não apenas não nos protege de ameaças, como de fato as pratica, e inclusive nos impede de buscar proteção de outros agentes ao estabelecer o monopólio da força.
De acordo com Walter Block, em National Defense and the Theory of Externalities, Public Goods, and Clubs:
Argumentar que um governo cobrador de impostos pode legitimamente proteger seus cidadãos contra agressão é cair em contradição, uma vez que tal entidade inicia todo o processo fazendo exatamente o oposto de proteger aqueles sob seu controle.
Neste mesmo artigo, Block demonstra a inconsistência lógica do conceito de "bens públicos", aqueles que o mercado não seria capaz de prover sozinho e cuja produção dependeria de ação governamental. Então os estados seriam eles próprios bens públicos e, consequentemente, jamais poderiam ter surgido, uma vez que eles nem sempre existiram. Pode-se ainda concluir que o estado não é um bem, e sim um mal, afinal, uma vez provada a absurdidade lógica do conceito de bem público, não há sequer uma justificativa utilitarista para a existência do estado, e nem explicação para seu surgimento que não a sistematização de práticas criminosas em algum estágio da civilização.
De fato, recentes descobertas arqueológicas evidenciam a origem violenta do estado. O mais antigo caso de formação de estado na América Central, há cerca de 2000 anos, foi o do estado zapoteca de Oaxaca, que emergiu após cerca de 450 anos de conflitos. Segundo o antropólogo Charles Spencer em War and early state formation in Oaxaca, Mexico, estados são uma sofisticação do estágio que os precede: grupos liderados por chefes guerreiros (chiefdom, em inglês). Sim, esses grupos são essencialmente quadrilhas bárbaras. O estado é a evolução organizacional destas quadrilhas, uma forma sofisticada de máfia.
Chiefdoms possuíam um único nível decisório e seu raio de influência era limitado pelo alcance de uma cavalgada. Já o estado possui vários níveis hierárquicos e um aparato burocrático que permite a delegação de autoridade administrativa, cobrindo assim áreas muito mais extensas. A transição dos chiefdoms para o estado se deu através de conquista territorial combinada com exigência de tributos. Estes tributos são exatamente aquilo que Don Fanucci cobrava em Little Italy: taxa de proteção contra si próprio.
Hoje usamos eufemismos como "imposto" e "contribuinte". Na Inglaterra a regularização formal do conceito de imposto tem origem no Dannegeld — os tributos cobrados pelos invasores danos (tribo germânica que habitava a atual Dinamarca) para ir embora da ilha e deixar as pessoas em paz. Os conquistadores normandos faziam o mesmo.
Serviços como defesa, segurança e justiça são demandados pelo consumidor e produzidos, ainda que de forma extremamente ineficiente e de péssima qualidade, pelo monopólio coercivo estatal. Não há, portanto, razão para duvidar da capacidade dos empreendedores privados de provê-los, uma vez que estão sujeitos à competição de mercado e devem agradar o cliente se quiserem lucrar. Em Da Produção Privada de Segurança, Gustave de Molinari escreve:
Em todos os casos, para todas as mercadorias que servem à provisão das necessidades tangíveis ou intangíveis do consumidor, é do maior interesse dele que o trabalho e o comércio permaneçam livres, porque a liberdade do trabalho e do comércio tem, como resultado necessário e permanente, a redução máxima do preço.
Há exemplos históricos que comprovam a aplicabilidade desta teoria em qualquer caso: A competição entre cortes privadas na Islândia Medieval; a Lex Mercatoria, um corpo de leis comerciais estabelecidas espontaneamente por mercadores medievais. E incontáveis milícias, exércitos privados, polícias privadas e grupos de resistência civil que derrotaram impérios poderosos ou supriram as deficiências dos serviços estatais. Shoppings Centers são mais seguros que praças públicas, apesar de toda a restrição que a legislação impõe às empresas de segurança patrimonial.
A lógica da privatização total seria também um arranjo mais ordeiro. De acordo com Hans-Hermann Hoppe em As Falácias da Teoria dos Bens Públicos e da Produção de Segurança, um sistema competitivo no mercado de segurança implicaria "erigir uma estrutura institucionalizada de incentivos para produzir ordem legal e aplicação legal que incorpore o mais alto grau de consenso relativo à questão da resolução de conflitos."
Some-se a isso a impossibilidade de socializar os custos dos conflitos através do poder estatal de taxação e fica claro que numa sociedade sem estado as pessoas desfrutarão de um nível maior de paz e ordem.
Diogo Coelho diz que o governo pode se valer da coerção física para cobrar impostos, pois seu pagamento é garantido por lei. O autor renuncia completamente à reflexão ética e moral ao fazer semelhante afirmação, além de desconhecer o significado da palavra "lei" e por consequência, a distinção entre "lei" e "legislação". A única lei que existe é a Lei Natural. Como jusnaturalista clássico católico, acredito na origem divina dos direitos naturais do homem, como proposto por São Tomás de Aquino. Mas autores ateus como Rothbard, Kinsella e Molineux apresentam também deduções lógicas dos direitos naturais, a saber: vida, liberdade e propriedade.
Direito é aquilo que ninguém deve tirar de uma pessoa e a lei impõe ao indivíduo a obrigação negativa de não infringir esses direitos. Lei é diferente de legislação estatal, que é apenas uma série de ameaças escritas com linguajar jurídico.
No lugar de:
— Perdeu playboy, passa a grana ou toma bala!
Temos:
— Constitui crime de sonegação fiscal: prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei (leia-se legislação).
Argumentar que legislação é lei implica a falácia da definição circular. Qual lei nos obriga a seguir a legislação? Apanhar um pedaço de papel e rabiscar palavras de ordem não gera direito. Não importa se você é um psicopata em um manicômio ou membro de uma quadrilha altamente sofisticada e respaldada por uma maioria de eleitores. Em última instância, a legislação estatal está respaldada apenas pelo cano de um fuzil.
A força física pode ser oriunda de maior aptidão para a guerra, como no caso dos chiefdom, ou da superioridade numérica de uma massa manipulada, como no caso das democracias, mas ainda assim é pura força física. Quanta barbárie, roubo, terror, genocídio, pogroms, perseguições, guerra e terrorismo já foram cometidos em nome da legislação?
Acredito que muitos autores liberais e libertários vão longe demais ao identificar a autoridade coercitiva do estado como a de um pistoleiro dando ordens.
Em uma carta ao presidente Grover Cleveland, Lysander Spooner escreveu: "Se taxação sem consentimento não é roubo, então qualquer grupo de ladrões necessita apenas se autodeclarar governo e todos os seus roubos estarão legalizados."
Este vídeo expressa muito bem a ideia:
Aquilo que um indivíduo ganha honestamente pertence a ele, e somente a ele, em sua totalidade. Qualquer outra forma de distribuição seria arbitrária e agressiva. Se alguma entidade obriga você a entregar a ela uma porcentagem da sua justa renda, por menor que seja, você está sendo escravizado, pois está trabalhando forçadamente para alguém em algum momento. O estado é pior que um pistoleiro esporádico. É um escravizador. Se uma entidade tem o poder de definir o quanto da sua propriedade você deve entregar a ela, não há sequer garantias do direito natural à propriedade privada. Suas posses estão sujeitas ao humor do chefe tribal ou aos caprichos das massas (que costumam ser mais perigosos que o primeiro). Se não pagarmos o imposto somos sequestrados. Se resistirmos ao sequestro somos assassinados.
Diogo Coelho retira alguns exemplos do desolador artigo de Matt Zwolinski, "On Passing Laws and Pointing Guns" para tentar provar sua tese. Zwolinski argumenta que nem todas as formas de coerção são moralmente equivalentes. De fato, ameaçar riscar o rosto de uma pessoa com uma navalha é um ato muito mais imoral do que ameaçar riscar o carro dela com uma chave. Mas ambos os atos são coercivos. O fato de existirem formas de coerção moralmente mais desprezíveis não faz com que uma forma mais branda deixe de ser criminosa. Não entendo por que o autor tentou provar a tese de que imposto não é roubo desta forma.
Seus exemplos foram ainda mais infelizes. Zwolinski afirma que um sinal vermelho no trânsito não é comparável a um policial apontar uma arma na sua cabeça e gritar "pare o carro!". O exemplo escolhido, relativo a uma regra de trânsito, não é a melhor analogia se o intuito é compará-la à taxação. Normas estatais para as ruas, embora coercivas e portanto criminosas, são moralmente menos graves do que impostos, uma vez que é possível se eximir de cumpri-las simplesmente ao não dirigir e se aplicam somente ao espaço público da rua. Já os impostos incidem diretamente sobre propriedade privada e é difícil escapar deles.
Regras de trânsito estatais, como a definição de mão em uma via, podem ser melhor do que regra nenhuma, embora não possamos afirmar com certeza pelo fato de as ruas serem públicas e não estarem sujeitas ao crivo do mercado. Já os impostos são sempre deletérios. Ruas e vias de acesso devem ser privatizadas. Os proprietários que estabelecerem as melhores e mais eficientes normas de trânsito incorrerão em maiores lucros, consequência direta de atenderem às demandas dos consumidores.
Em um estado democrático em que impera a lei e a ordem, a violência física somente é aplicada como forma de sanção depois de uma série de ações que a poderiam ter evitado – e cujas opções seriam menos "intensas" e envolveriam menor grau de restrições à liberdade negativa dos indivíduos. Nesse sentido, para que a sonegação de impostos seja punida com o uso da violência física, ou até com um tiro, é necessário que outras transgressões sejam feitas.
O conceito de lei e ordem de Diogo Coelho é completamente deturpado. Para ele, um assalto a mão armada não é crime se o bandido ameaçar a vítima de agressões menores antes de finalmente matá-la. Se o intuito do autor é tentar provar que impostos são diferentes de um assalto comum, ele se contradiz em seu próprio texto. Caso uma vítima de assalto não entregue sua carteira, ela é morta pelo bandido, ainda que a propriedade da carteira seja um direito natural da vítima.
O estado apenas coloca passos intermediários entre o anúncio do assalto, que é a legislação, e o tiro fatal. A justa recusa de entregar nossas posses ao bandido estatal é punida com multas, ou seja, algo como:
— Não quer me dar a carteira? Então agora eu quero o relógio também.
Se não pagamos a multa, somos presos. Algo como:
— Não quer me dar as coisas? Então não é mais um assalto! É um sequestro! Vai pro cativeiro, cara!
E se resistirmos ao sequestro iremos para um lugar lindo, sem sofrimento, sem estado e sem impostos, mas que deveríamos conhecer somente depois de uma longa e bem aproveitada vida.
Ressalte-se que, de todas as formas de ditadura socialista, a democracia é aquela que mais potencializa agressões, desordem e violência. Enquanto um monarca absoluto recolheria a quantidade de impostos necessária às suas lambanças em meio a pesadelos noturnos sobre golpes de estado e revoltas, em uma democracia o estado se legitima ao alimentar conflitos entre pequenos e fluidos arranjos grupais da população. Trata-se da máxima de Napoleão e César: divide et impera (dividir para conquistar). Elevada à sua máxima potência. Cobrando impostos de X para financiar uma política pública para Y, o estado democrático faz com que todos saiam perdendo exceto os governantes e seus aliados, que ganham em poder e legitimação tributária, algo fora do alcance de um rei.
Zwolinski cita em seu texto uma passagem do economista Friedrich von Hayek, da qual destaco alguns trechos:
A coerção que um governo deve usar para este fim é reduzida a um mínimo e tornada o mais inócua possível por meio de sua limitação através de regras propagandeadas, de modo a que na maioria das situações um indivíduo nunca será coagido a não ser que ele se tenha colocado em uma situação em que ele sabe que será coagido.
Uma pessoa eticamente íntegra e logicamente consistente deve saber que coerção mínima também é coerção. Um mínimo de sexo não-consensual continua sendo estupro. Além disso, esperar que o agente responsável pelas tais "regras propagandeadas" não utilize seu monopólio legal para expandir seu próprio poder é uma grande ingenuidade per se.
Como bem notou Charles Black, professor de direito constitucional, o monopólio judicial do estado permite que qualquer arbitrariedade do governo seja declarada como constitucional obtendo assim uma legitimação psicossocial fora do alcance de uma monarquia absolutista. Montesquieu foi extremamente ingênuo ao achar que a separação entre os três poderes não iria se "cartelizar" e acabar em conchavos. O fato é que o homem comum enfrenta cada vez mais taxas e tributos enquanto a arrecadação dos governos cresce quase exponencialmente.
Deve-se acrescentar que ter ciência de que se será coagido não elimina o fato de que haverá coação. Quando um soldado, travando uma guerra defensiva contra um invasor, adentra o campo de batalha, ele sabe que será alvejado, mas isso não torna o conquistador menos criminoso.
Mesmo quando a coerção é inevitável dela são removidos seus perversos efeitos, visto que ela é confinada a deveres previsíveis e limitados – ou ao menos distanciada da vontade arbitrária de outra pessoa.
A coerção é, ela própria, um efeito perverso. Basta perguntar a opinião da pessoa que está sendo coagida. O grande erro dos coletivistas é não considerar o indivíduo como um fim em si mesmo. Ainda que houvesse alguma garantia de que impostos nunca serão modificados, seus efeitos perversos permanecem. Eles continuam sendo uma punição à geração de riqueza, uma depredação do capital acumulado. Continuam aumentando o custo marginal da produção, da apropriação original e do comércio. Continuam reduzindo investimentos, aumentando preços e prejudicando sobretudo os mais pobres.
A imprevisibilidade, contudo, é a única coisa previsível. Ou como diria Heráclito: "tudo flui". Em regimes democráticos, caracterizados por forte ativismo político, a imprevisibilidade é ainda maior. Robert Higgs chamou este fator de "incerteza de regime". Estando a propriedade sujeita às flutuações da política, decorre que os proprietários terão seu cálculo econômico subjetivo afetado. Não saber quais serão as políticas tributárias que o governo vai inventar aumenta a preferência temporal das pessoas levando ao maior consumo em detrimento do acúmulo de capital.
Tornados impessoais e dependentes de regras gerais e abstratas cujos efeitos sobre indivíduos em particulares não pode ser prevista no momento em que elas são escritas, mesmo os atos coercitivos do governo tornam-se informações que guiam a ação dos indivíduos
"Impessoal" é o pior adjetivo para se descrever a natureza dos impostos. Com exceção do chamado poll tax, que estipula um mesmo valor absoluto para todos, todos os outros impostos são persecutórios no nível individual. O imposto de renda persegue aqueles que mais acrescentam valor às trocas comerciais. O imposto sobre consumo persegue aqueles que mais desfrutam da riqueza produzida. E isso sem falar em imposto sobre grandes fortunas e sobre produtos específicos. Mas até mesmo o poll tax possui aquela que é a mais discriminatória das características: ele viola o princípio da igualdade perante a lei. O próprio conceito de taxação divide as pessoas em dois grupos A e B. O grupo A, dos governantes, pode roubar impunemente, enquanto o grupo B, dos governados, não pode roubar e sequer são respeitados em seu direito à propriedade privada. Não poderia ser mais pessoal e elitista.
E, com efeito, o fato de haver imposto guia a ação dos indivíduos, da mesma forma que a existência de bandidos de rua direciona as pessoas a evitar sair de casa, a blindar os carros e a andar com pouco dinheiro na carteira.
A incoerência dos argumentos de Hayek demonstra o perigo de citá-lo como exemplo de defensor do livre mercado. Suas contribuições em economia monetária e ciclos econômicos são brilhantes, mas politicamente ele era um social-democrata, adequadamente qualificado como socialista por Ludwig von Mises no primeiro encontro da Mont Pelerin Society.
Diogo Coelho, porém, segue com seus sofismas:
Leis e obrigações são — na maioria dos casos — respeitadas porque elas emanam de uma autoridade, que é reconhecida como tal. Vejam no caso do Exemplo 1: a possibilidade de coerção está por trás do comando da mãe à sua filha – porém, o que faz a filha obedecer não é somente o medo de sofrer uma sanção, mas a referência à autoridade que decorre da relação mãe-filha, e que ambas entendem como legítima. O mesmo acontece com o poder público – ele poderá impor leis enquanto os cidadãos entendam-no como fonte legítima de autoridade. Nesse sentido, os cidadãos não pagam impostos apenas por medo da coerção física, mas também porque entendem que certas taxas são legitimamente cobradas e que emanam de uma autoridade reconhecida como tal.
O autor acusa os libertários de simplificação. Mas o que dizer de alguém que compara sanções maternas a uma criança pequena para educá-la no âmbito da família a um assalto à mão-armada sistemático, massivo e politicamente motivado contra povos inteiros? Não é um caso de simplificação epistemológica, mas de grosseiro simplismo intelectual e relativismo moral.
Comparar a família, uma das melhores instituições que existem, ao estado, uma das piores, chega a ser ultrajante e até perigoso. É justamente essa doutrina que impregna as piores cartilhas totalitárias. A visão de que o estado tem um papel paternal, e de que os cidadãos são crianças deseducadas e irresponsáveis. A família é um arranjo de mercado. Emergiu das relações voluntárias entre os seres humanos como uma bem-sucedida forma de organização privada.
A discussão sobre os direitos das crianças e os limites da autoridade dos pais é complexa e passa pelo conceito de tutoria temporária condicionada à preservação da integridade física e dos devidos cuidados, bem como pelo direito total à autopropriedade tão logo a pessoa consiga estabelecê-la, se tornando então legalmente adulta. Já a discussão a respeito da intervenção estatal é simples. O estado é um criminoso e sua autoridade é tão ilegítima quanto a de um assaltante de bancos ordenando a abertura do cofre.
A comparação feita por Diogo e Zwolinski foi extremamente infeliz. O estado não é fonte legítima de autoridade, afinal nunca assinamos um suposto contrato social. As pessoas nunca concordaram em fazer parte deste sistema. Elas são vítimas e nenhum grupo, por maior que seja, tem direito de coagi-las. Se houver 1.000 habitantes em uma ilha e 999 apoiarem o estupro de 1 mulher, o ato continua sendo criminoso. Delegar a capacidade de cometer crimes para terceiros, sejam eles reis, generais ou presidentes também não altera a natureza criminosa de uma ação. Como disse John Locke: "As pessoas não podem delegar ao governo algo que seria ilegal elas próprias fazerem".
Por fim vale lembrar que, em seu artigo, Diogo Coelho tentou defender a afirmação do título alegando a importância dos impostos. Tais argumentos, além de refutáveis econômica, sociológica e historicamente, não permitem concluir que imposto não é roubo. Teria sido mais coerente se o autor tentasse, por meio de uma abordagem assumidamente utilitarista, defender a importância do roubo.
O indivíduo deve ser livre para viver sua vida da forma como lhe apraz, sendo o respeito aos mesmos direitos do próximo sua única restrição legal. Deve ser livre para reter tudo aquilo que ele ganhar honestamente, para utilizar seus recursos da maneira como julgar mais conveniente. Deve ser livre para errar e ser o único responsável por seus erros. E para acertar, tendo total direito de colher os frutos de seu bom julgamento.
Oscar Wilde nos lembra: "A vida não é complicada. Nós somos complicados. A vida é simples, e o simples é o correto."
Meu amigo Mané Dias, homem da roça, diria de maneira ainda mais simples: "A vida é simples, o povo é que complica".
Mises Brasil - Imposto é roubo, estado é quadrilha, e outras considerações
Para completar, tem gente que fala "Eu não me importo em pagar pesados impostos, desde que os serviços públicos sejam bons." Tal discurso é tão idiota quanto uma mulher que diz "Não me importo em ser estuprada, desde que o estuprador me faça gozar."
Não tem sentido uma mulher dizer que não se importa de ser estuprada pois é o ato de se importar ou não que configura o estupro. A mesma coisa de ser roubado ou pagar imposto. Se a pessoa não se importa, ela iria voluntariamente na receita e deixava lá um saco de dinheiro. Mas ela só vai porque ela é obrigada, então ela se importa sim. Imposto só não é roubo se a pessoa paga voluntariamente, ou seja só não é roubo se não é imposto, só não é imposto se não é imposto..... Isto é, imposto é roubo.
A versão parasita desavergonhado (ou psicopático) é: "Não me importo que VOCÊ seja estuprada(o), desde que o estuprador ME faça gozar."
O Kogos escreveu: As pessoas hoje valorizam certificados. Um diploma do MEC vale mais para elas do que uma bela linha de raciocínio. – Pois bem, um amigo sociólogo fez a seqüência de artigos abaixo, precisamente sobre este tema do bacharelismo brasileiro, e total falta de qualificação dos formados. Penso será útil a vocês os lerem.
O Diploma sem valor (parte 1) – Brasil produz número recorde de bacharéis, mas qualidade técnica e produtividade decepcionam empresários
O Diploma sem valor (parte 2) – Instituições que não ensinam; alunos sem formação básica ... uns brincam de ensinar, outros brincam de aprender
O Diploma sem valor (parte 3) – Pouca teoria, nenhuma prática – e o mercado a demandar qualificação e eficiência
Mas pelo menos ele teve opção.
Depois de ler o artigo www.mises.org.br/Article.aspx?id=2048
e obter a resposta de Andre Cavalcante para meu questionamento,
descobri que embora eu não seja necessariamente anarcocapitalista,
minhas idéias são pelo menos parcialmente compatíveis com o
anarcocapitalismo.
Será que nosso amigo Edson ( o funcionário público do outro artigo ) vai passar por aqui para dizer alô?
Como eu vivencio o estado na prática:
Eu tive duas motocicletas roubadas em assaltos a mão armada, uma com 19 anos e a outra com 23 anos. Nem preciso falar como me senti um inútil, na segunda vez eu estava mais conformado, na primeira vez, eu gritava muito com um soldado da Brigada militar que me disse que tinha mais o que fazer do que correr atrás de moto de "Play Boy" , como eu era Cabo do exercito fui recolhido pela PE até que eu me acalmasse. Se eu fosse civil naquela época teria me incomodado muito com certeza teria sido preso, mas se eu estivesse no órgão governamental correto com os contatos corretos eu teria tido minha moto de volta. Na segunda motocicleta, já como civil, apenas registrei a queixa e fui embora com os Boletos da financeira. A parte engraçada no segundo assalto é que apareceu uma pendência no meu CPF junto a Receita estadual, ao consultar o ocorrido descobri que ao ser assaltado em Fevereiro, eu estava devendo ao estado 1/12 Avos de IPVA referente ao mês de janeiro, já que eu usufrui do meu bem por 30 dias naquele ano. Parece Piada... mas não é.
Tomei um choque de realidade em 01/06/12 quando eu tive guinchada minha motocicleta, pois o IPVA venceu no dia 31/05/12. O estado não me defendeu quando eu precisei dele por duas vezes, e eu não pude recorrer a nenhuma fonte alternativa, o que eu pude fazer foi apenas arcar com meu prejuízo. Mas para tomar a força meu Bem o estado estava lá muito bem aparelhado com algumas viaturas e homens bem armados. Me senti um lixo novamente, pois simplesmente a colocaram em cima de um guincho e eu fui a pé para a casa. Hoje percebo que recuperar veículos não é prioridade do estado, você só terá seu veiculo encontrado se ele for parado em uma blitz, que tem o objetivo de encontrar sonegadores e não assaltantes.
A pior parte disso, é que eu argumento isso sozinho em uma sala de aula e o primeiro argumento que usam contra mim é "Está reclamando do que se você não pagou o IPVA" ninguém questiona a legitimidade da coerção, para mim, isto prova a eficiência da doutrinação sistêmica.
Alguns meses atrás, ao andar nas ruas de Porto alegre eu tomei outro choque, ao ver um carro importado sendo escoltado por duas viaturas e dez policias, não sei quem estava dentro, mas era algum burocrata importante, então percebi que alem de eu não ter a segurança prometida, (publica porque não tenho e privada porque é muito cara), o Senhorio tem segurança com qualidade e de forma gratuita.
O cidadão comum é mais coagido que um garoto franzino que apanha no colégio do colega maior, se não entregar uma parte do seu lanche, pois já que uma parte do seu lanche está perdida mesmo ele pode voluntariamente oferecer este lanche a um colega maior que seu algoz, pagando assim por sua proteção, e quem nos defende do estado?
O da direita é uma unidade autônoma do mal. É a própria origem do mal que causa.
O da esquerda é apenas um ínfimo agente, uma célula de um imenso organismo malvado, que é o Estado.
O da direita pode ser responsabilizado pelo mal que representa tanto quanto um rato é responsável pelo roubo de um queijo.
O da esquerda pode ser responsabilizado pelo mal que representa tanto quanto uma hemácia que corre feliz pelas artérias daquele rato pode ser responsabilizada pelo roubo do queijo.
Ele não percebe que a delegação de poder não ocorre como indivíduo, mas como parte de uma coletividade.
Um Estado não pode ser comparado a um indivíduo. Um estado é uma abstração que atua em uma dimensão diferente da dimensão dos indivíduos.
Aí está a mágica da coisa: você delega algo que não pode fazer, justamente porque você não quer que nenhum indivíduo o faça com você. Como aquilo seria feito de todo modo, dada a natureza humana, criou-se esse ser imaginário, que foi investido de tal poder.
Sempre foi assim. Sempre será assim. A não ser que mude pra pior.
Diz-se que a diferença entre governo e crime organizado é que um deles é organizado. No entanto, isto não significa que o governo seja menos predatório, pelo contrário. Por deter o monopólio da violência o estado não tem motivo para ser eficiente sequer no crime, dispensando distrações de seu objetivo de pilhar a população como organizar sua ferocidade. Qualquer brasileiro intelectualmente honesto, se não reconhece, pelo menos intui este fato ao chegar aos 40.
Pior é em países desenvolvidos, como aquele no qual moro. Aqui, como o nível de poupança acumulada por gerações passadas é muito maior que no Brasil, o desfalque ainda não condenou o povo à malnutrição, mas apenas à anemia. Portanto, em geral, o estado ainda goza da boa vontade popular, reinforçada por propaganda e doutrinação sistemáticas. E, em caso de emergência, ou seja, quando o povo começa a intuir o engodo, sempre se pode atacar algum país fraco para se ter o povo se enrolando na bandeira e em outros símbolos do culto estatal.
Por estas bandas, ainda será preciso um desfalque de proporções nunca vistas na história humana para sacudir este povo de seu torpor ovino. E, como o estado aqui conta com capital que o estado brasileiro apenas sonha, ele tem os meios para alcançar este marco ainda nesta década. E, quando isto acontecer, a ira popular será proporcional à sua credulidade: guerra civil é uma possibilidade, coisa que jamais aconteceria no Brasil, escalado como o povo é.
mas como parte de uma coletividade.
Deixa eu ver se eu entendi:
O indivíduo X não pode fazer A.
O indivíduo X pode delegar A a organização Y pois faz parte da
coletividade Z.
A coletividade Z pode fazer A por ... mágica.
Realmente, Aí está a mágica da coisa.
E depois acusam libertários de serem utopistas...
tentem não ficar com raiva
Será que ninguém explica para ele ai que boa parte das micro e pequenas empresas que não duram nem dois anos não duram isso por causa do excesso de burocracia e de carga tributária impostas pelo próprio estado? E que uma empresa falir, mesmo sem impostos ou burocracia é um sinal de que ela estava empregando mal os recursos escassos e exatamente por isso deveria deixar de existir ao invés de ser socorrida pelo pagador de impostos?
E que a desigualdade social tem sua principal origem nas oportunidades destruídas pelo estado e na destruição do poder de compra da moeda? Além de que Brasilia tem a maior renda per capita do país e o salário do servidor público é em média quase o dobro do funcionário da iniciativa privada?
A ideia do cara basicamente é a seguinte: mude o nome de imposto para empréstimo compulsório porque imposto tem um impacto negativo na opinião pública. Quer dizer, para o estado convém achar novas palavras mais "suaves" para suas atrocidades, roubo virou imposto e agora imposto vai virar "empréstimo compulsório".
Não depois de 14 anos em parcelas uahuah
Não é um confisco uahauh
Algo que é possível, que é correto uhauha
Eles têm uma mortalidade muiiito grande uahuah pq será ?
Só perola...
É o fim... porque eles não começam nos mudar pra fazendas comunitárias logo...
E os funça será que vão contribuir ?
Os defensores do estado são pessoas que escolheram acreditar que imposto não é roubo.
Sem nenhuma argumentação racional para isso.
Daí eles sentem que estão em contradição e tentam convencer à eles próprios com sofismas.
g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/11/fiscal-investigado-diz-que-gastava-dinheiro-de-corrupcao-com-diversao.html
Especialmente na parte final, onde ele é questionado se se arrepende de seus atos:
"Hoje, Luís Alexandre mora com o filho e a nova namorada. O auditor pode ser condenado a 25 anos de cadeia.
Fantástico – "Você não se arrepende de ser um corrupto?"
R – "Essa pergunta, eu ainda não sei te responder. A ficha não caiu, né?"
P – "Quem é o Alexandre corrupto?"
R – "O Alexandre corrupto foi o que aceitou fazer parte dessa situação."
P – "Se você tivesse condições de devolver esse dinheiro, você devolveria?"
R – "É, não dá para fazer isso, né? Como é que eu vou fazer?"
P – "Nem teria como?"
R – "Não teria como, só se eu bater na porta de um monte de moça por aí e tentar devolver e tal. Não tem como!"
Recomendo ler toda a entrevista. Esta definitivamente não é uma forma usual de se declarar culpado das acusações que lhe cabem. Ele poderia fazer como todos os que são pegos com a mão na massa: Ficar calado e agir por debaixo dos panos quando a coisa sair da mídia. Ele ao contrário, buscou o máximo de exposição ao dizer o que disse no Fantástico. A meu ver há ai um cálculo que merece ser analisado.
Antes de mais nada cabe dizer que, do ponto de vista liberal, creio que sua vida nababesca contribuiu para o benefício da economia do país como um todo, ao evitar que mais recursos produtivos fossem retirados das empresas sob forma de imposto. Os recursos iriam ser desperdiçados da mesma forma nas mãos do governo, apenas (talvez) com destinação um pouco diferente.
Sua entrevista não deixa de ser em última instância, uma forma de se safar da situação. A diferença é o método utilizado. O fiscal decidiu confiar menos em seus pares e em seu poder político, e mais na tentativa de absolvição moral por parte da opinião pública.
Ao vincular sua imagem à do Rei do Camarote, ele quis que o caso "colasse" nas redes sociais, para que a partir daí ele pudesse romper o bloqueio midiático e desenvolver sua narrativa, que a meu ver, deu pistas de qual seria ao se negar em mostrar arrependimento ao final da entrevista. O fato é que a sua entrevista está caindo no esquecimento, escapando assim uma oportunidade de ouro para desenvolver as teses liberais.
Precisamos aprender a não perder chances assim. O cara está arriscando o próprio pescoço e desafiando o sistema. Se der certo, outros irão fazer o mesmo e em pouco tempo o castelinho de cartas cai. Este é o caminho mais curto e mais eficiente.
1- Você é roubado em 50% da sua renda pelo estado.
2- Você é roubado em 25% da sua renda pelo fiscal corrupto para não ter que pagar 50% para o estado.
Nos dois cenários você foi roubado, mas pelo menos no segundo foi roubado menos do que no primeiro, portanto o próprio estado é pior do que o seu fiscal corrupto.
É nesta linha de raciocínio que Luis Alexandre quer costurar sua absolvição (ao menos moral). Sua entrevista revela isso. Veja que ele não fez questão de encobrir o que fez, nem tampouco mostrou arrependimento algum ao repórter. Tudo indica que ele adotará esta narrativa assim que a história cair na boca do povo, assim não haverá como vetá-lo do noticiário.
O fiscal poderá no máximo torrar todo esse dinheiro com mansões e carros importados, mas não provocar mais nenhum prejuízo para a empresa ou pessoa extorquida além disso. O estado pode e vai pegar esse dinheiro e investir em novas regulamentações, em armas de guerra, mais legislação tributária que vai exigir ainda mais fiscais, programas sociais que desincentivam o trabalho e a poupança, etc.
Todo o mundo que eu converso a respeito diz que eu estou falando um absurdo, pois o fiscal irá gastar o dinheiro com ele, enquanto o governo poderá devolver parte na forma de serviços, só que eles se esquecem que muito do que esse governo devolve é para tomar ainda mais.
É como comparar um ladrão que rouba minha arma a um ladrão que rouba minha metralhadora e me devolve uma bala na testa.
Numa escala de proporção, creio que devamos investir um pouco menos em reforçar nossa visão teórica contra o Estado, e mais tempo, textos e energia em buscar oportunidades de mostrar nossas idéias para o povão!
Imagine um auditor da receita no Fantástico dando a seguinte entrevista:
Fantástico – "Você não se arrepende de ser um corrupto?"
R – "Essa pergunta, eu já sei te responder. A ficha caiu, né? Sim, agora posso dizer que me arrependo de ter trabalhado para a maior organização criminosa que existe no país: O Estado brasileiro."
P – "Quem é o Alexandre corrupto?"
R – "O Alexandre corrupto foi o que aceitou fazer parte dessa situação. Agora que eu pude mostrar à nação o verdadeiro significado da palavra corrupção, ao arriscar meu próprio pescoço nessa empreitada, me sinto um novo homem. "
P – "Se você tivesse condições de devolver esse dinheiro, você devolveria?"
R – "É, não dá para fazer isso, né? Como é que eu vou fazer?"
P – "Nem teria como?"
R – "Não teria como, só se eu bater na porta de um monte de moça por aí e tentar devolver e tal. Não tem como! Mas se tivesse, devolveria com o maior prazer às empreiteiras extorquidas. O pedido de desculpas formais eu já entreguei pessoalmente a cada uma delas."
No segundo caso, o traidor irá provavelmente despendiar todo o dinheiro furtado em soberbas. Não é só dinheiro que esse fiscal roubou, mas também o futuro de criancinhas pobres.
vamos supor que uma pessoa que paga o imposto,concorda em pagar ele,pois acha que pagando o imposto,ela vai estar contribuindo para um sociedade melhor,nesse caso não é roubo
mas se uma pessoa não concorda em pagar para outras pessoas usem serviços públicos,nesse caso o imposto pode ser considerado com roubo,mas é o único roubo politicamente correto que existe
Se a pessoa 'concorda' em pagar então pra que o troço é imposto?Não tem necessidade.
"imposto pode ser considerado como roubo,dependendo de como a pessoa que o paga pensa".
Isso é relativismo moral, anônimo. Algo condenável em qualquer debate libertário.
Um crime é um crime. Não importa o que o legitima. Tirar a vida de uma pessoa é um crime. Tirar a propriedade de uma pessoa nada mais é do que tirar a vida dessa pessoa, só que em parcelas. Se você trabalha 105 dias por ano para pagar imposto, você só vive os outros 260 dias para você. Simples.
Quanto a concordar ou não. Podemos fazer um experimento muito simples: torne todo o imposto facultativo - paga quem quer; quem não pagar não sofre sanção nenhuma. Você consegue ver isso acontecendo e alguém continuando a pagar?
Então... tanto faz se você engana a si mesmo dizendo que você paga porque quer... porque acredita que um mundo melhor surgirá com o seu pagamento. O fato é que você não pode não pagar. Até você ter essa possibilidade real e concreta, nunca saberemos se você de fato paga porque quer ou porque prefere enganar a si mesmo com fantasias.
Tomar de alguém sua propriedade, sob a mira de uma arma e com ameaça de sequestro, é roubo. Se a vítima aceita isso passivamente não muda em nada a definição de roubo. Se você é assaltado na rua e o assaltante lhe exige o conteúdo da carteira sob a ameaça de uma arma, você pode escolher entregar passivamente ou resistir e contar com a sorte, certo? Se você escolhe a primeira opção, o crime é outro? É claro que não.
Vamos acabar com esse relativismo moral, por favor. Isso legitimou as maiores atrocidades da humanidade.
Imposto é roubo.
o que é um crime varia dependendo do lugar aonde se vive e da época,em alguns países existe o crime de blasfêmia,no Brasil não existe
" Tirar a vida de uma pessoa é um crime."
tirar a vida de uma pessoa para salvar a sua ou de outra pessoa não é um crime
"
Quanto a concordar ou não. Podemos fazer um experimento muito simples: torne todo o imposto facultativo - paga quem quer; quem não pagar não sofre sanção nenhuma. Você consegue ver isso acontecendo e alguém continuando a pagar?"
hoje em dia ninguém tem dinheiro sobrando,por causa do capitalismo que gera a acumulação de riqueza,provavelmente a longo prazo ninguém continuaria pagando impostos,caso ele fosse facultativo
Hmmm, então tudo bem se uma pessoa doente contratar alguém pra te matar e roubar seus órgãos, certo?
É óbvio que você mesmo não acredita nisso, seu mentiroso.
"hoje em dia ninguém tem dinheiro sobrando,por causa do capitalismo que gera a acumulação de riqueza,provavelmente a longo prazo ninguém continuaria pagando impostos,caso ele fosse facultativo"
Então em Cuba e na Coréia do Norte só tem gente com dinheiro sobrando, pois lá não tem capitalismo, enquanto em Hong Kong e Cingapura só tem pobre, certo?
Aahh, tu é muito mentiroso!!!
capitalismo gera acumulação de riqueza, logo as pessoas com riqueza acumulada NÃO tem dinheiro sobrando.
Portanto, 2 + 2 = 5.
Tá bom, seu mentiroso.
Hmmm, então tudo bem se uma pessoa doente contratar alguém pra te matar e roubar seus órgãos, certo?
É óbvio que você mesmo não acredita nisso'
Provavelmente ele estava pensando numa situação de legítima defesa.Mas ainda se fosse seria um raciocínio que tira as coisas do contexto, é claro que quando alguém fala 'tirar a vida de outra pessoa' não está se referindo a legítima defesa, porque se fosse o caso ele falaria 'matar se defendendo'
Mas num ponto ele está certo, a definição de crime depende dos valores morais de cada sociedade, em algumas tribos africanas multilar crianças não é crime, etc.
Nós que falamos que o imposto é crime nos baseamos nos direitos naturais, que apesar do péssimo nome significa que são os únicos que podem ser aplicados simultaneamente para todas as pessoas da terra,independentemente da cultura.
A lógica é assassinada mais uma vez. Uma das práticas favoritas dos estatistas/marxistas, entre outros assassinatos também muito populares entre esse tipo de gente.
Tirando seu rápido mergulho no relativismo moral, não entendi seu comentário.
Isso: "provavelmente a longo prazo ninguém continuaria pagando impostos,caso ele fosse facultativo" significa que você concorda comigo?
Isso: "provavelmente a longo prazo ninguém continuaria pagando impostos,caso ele fosse facultativo" significa que você concorda comigo?"
essa parte,eu concordo,com o tempo as pessoas passam por dificuldades financeiras,quando isso acontece ela começa a cotar as coisas que geram mais gastos uma delas seria os imposto,por isso que se os impostos fossem facultativos haveria uma hora em que ninguém mais pagaria
Os tributos são sim um mal. É importantíssimo reconhecer isso. Mas a questão é saber se é um mal necessário e em qual extensão é necessário. A linha divisória entre direita e esquerda está exatamente em considerar o tributo algo bom ou mau.
Infelizmente, muitos radicais ignoram isso, jogando no mesmo barco minarquistas e os comunistas mais furiosos, pelo simples fato de admitirem a existência do estado. Qualquer um que aceite algo menos que a destruição do estado só pode ser um canalha da pior expécie. Só posso atribuir isso a imaturidade e a natural tendência a mentalidade revolucionária, que tanto assola os nossos tempos.
O que você não entende é a definição de roubo, porque pela definição é totalmente irrelevante a parte de saúde, educação, etc.
Maitê Proença fala sobre pensão que recebe do governo: "É um direito adquirido"
Uma das chaves para uma vida feliz sendo libertário é o desenvolvimento de um senso de humor a la schadenfreude.
Carga tributária do Brasil é maior que em 17 países da OCDE
economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,carga-tributaria-do-brasil-e-maior-que-em-17-paises-da-ocde,134633,0.htm
Naose pode fazer isso com doacoes pq estaremso,incentivando a fraude daquele que nao paga mas eh benficiado...isso se chama " moral hazard"
Eh melhor que por votos se decida quanto cobrar de imposto..porem vota quem paga a conta..ou como ja sugeri em outros comentarios nesse site,
" o voto e opcional e so tem a honra e o direito aquele que se enquadra na matematica da liberdade:
Dinheiro pago ao governo - Dinhero recebido do governo - Beneficios recebidos > zero"
Obviamente isso elimina todos func do executivo, legslativo, judiciario e militares pq sao parte interessada em aumentar impostos para garantir seus salarios
Não interessa se a pessoa resolve depois te dar algo ou prestar algum serviço. Se tirou algo de você sem a sua vontade, é roubo.
Num mundo sem estado você pode sim processar o restaurante.
sefin.aquiraz.ce.gov.br/home/
Toca direto ao entrar no site. Enjoy.
Mas ancaps estão impossibilitados de participar desta discussão porque vivem na expectativa da sociedade sem Estado, então não possuem propostas par aperfeiçoá-lo nisto resta somente este discurso moralista vazio.
Em uma região geográfica onde há ausência de uma soberania organizada, qual camada social precisaria investir mais em segurança? Justamente aqueles que possuíssem mais bens, propriedades à proteger. Consequentemente, a camada mais rica seria muito mais onerada em face das demais.
Pois bem, sob um pretexto coletivista nasce a utopia da segurança pública, segurança esta fundada na captação de recursos de todos os indivíduos pertencentes àquele território. Agora as despesas, antes concentradas nas classes mais altas, passariam a ser repartidas com a população.
Agora o mais incrível é que, sob a égide de uma doutrinação sistemática, a mesma segurança saiu muito mais barata aos bolsos da nobre classe (leia-se aqui: políticos e servidores públicos), existindo por outro lado um povo doutrinado, exclamando laboriosamente pelo "serviço público" de qualidade, serviço este já predestinado à defesa da organização estatal e seus comparsas.
Mal sabem eles o que estão clamando...
- Abolir todos os impostos.
- Proibir o Banco Central de financiar o Tesouro Nacional. ( já feito )
- Proibir o rolamento da dívida publica.
Resultado:
- O estado terá como fonte de receita apenas os lucros das (in)eficientes estatais e outros "investimentos" que mantém.( títulos públicos são um "empréstimo" )
- O estado se tornará um EMPREENDEDOR. Agora ele precisará atender verdadeiramente a demanda da sociedade se quiser pagar seus amados burocratas. ( mesmo sem sorte, ele fale e essa torna-se a transição para o anarco-capitalismo )
Mas será a mais absoluta mentira quando tivermos governo e corpo burocrático altruístas, a exemplo da Nova Zelândia, campeã no Ranking dos países com pouca corrupção.
Exemplo de Sociedade Anárquica bem sucedida: aguardo notícia histórica.
O estado não pode garantir o direito a propriedade privada pois, por definição, o estado é um violador desse direito: www.mises.org.br/Article.aspx?id=987
Pierre Clastres assinala em SOCIEDADE CONTRA O ESTADO, que "para a cultura Guarani, não é mais possível a procura da TERRA SEM MAL. E esse pensamento selvagem, que quase cega por TANTA LUZ, nos diz que o lugar de nascimento do Mal, da fonte da infelicidade, é o UM. Conscientes que o UM é o mal, eles diziam de aldeia em aldeia, e as pessoas os seguiam na procura do Bem – na busca do não UM. É por isso que acreditamos poder revelar, sob a equação metafísica que iguala o Mal ao UM , uma outra equação mais secreta, e de ordem política, que diz que o UM é o Estado. O ESTADO, É INSTRUMENTO QUE PERMITE À CLASSE DOMINANTE EXERCER SUA DOMINAÇÃO VIOLENTA SOBRE AS CLASSES DOMINADAS. A sociedade primitiva sabe, por natureza, que A VIOLÊNCIA É A ESSÊNCIA DO PODER. Nesse saber se enraíza a preocupação de manter constantemente afastado um do outro do poder e a instituição, o comando e o chefe. E é O CAMPO mesmo DA PALAVRA que assegura a demarcação e traça a linha divisória. Forçando o chefe a mover-se SOMENTE no elemento da palavra, ISTO É, no extremo oposto da violência, A TRIBO SE ASSEGURA de que todas as coisas permanecem em seu lugar, de que O EIXO DO PODER recai sobre o corpo exclusivo da sociedade e que nenhum deslocamento das forças virá conturbar a ordem social. O dever de palavra do chefe, esse fluxo constante de palavra vazia que ELE DEVE À TRIBO é a sua dívida infinita, A GARANTIA que proíbe que o homem de palavra se torne homem de poder. TUDO SE DESSARRUMA, por conseguinte, QUANDO A ATIVIDADE DE PRODUÇÃO SE AFASTA DE SEU OBJETIVO INICIAL, QUANDO, EM VEZ DE PRODUZIR APENAS PARA SI MESMO, O HOMEM PRIMITIVO PRODUZ TAMBÉM PARA OS OUTROS, sem troca e sem reciprocidade. Só então pode-se falar em trabalho: quando A REGRA IGUALITÁRIA DE TROCA deixa de constituir o CÓDIGO CIVÍL da sociedade, quando a atividade de produção visa a satisfazer a necessidade dos outros, QUANDO A REGRA DE TROCA É SUBSTITUÍDA PELO TERROR DA DÍVIDA. Para que haja o aparecimento do estado, é necessário pois, que exista antes – divisão da sociedade em CLASSES SOCIAIS ANTAGÔNICAS, ligadas entre si por RELAÇÃO DE EXPLORAÇÃO. Por conseguinte, a estrutura da sociedade – a divisão em classes – deveria preceder a emergência da MÁQUINA ESTATAL. Observa-se a fragilidade dessa concepção meramente instrumental do Estado. SE A SOCIEDADE É ORGANIZADA POR OPRESSORES capazes de explorar os oprimidos, é que essa CAPACIDADE DE IMPOR A ALIENAÇÃO repousa sobre o uso de uma força, isto é, sobre o que faz da própria substância do Estado "monopólio da violência física legítima". A que necessidade responderia desde então a existência de um Estado, uma vez que sua essência – A VIOLÊNCIA – é imanente à divisão da sociedade, já que é, nesse sentido, dada antecipadamente na opressão exercida por um grupo social sobre os outros? As sociedades primitivas são sociedades sem Estado PORQUE, nelas o Estado é impossível. A história dos povos QUE TÊM UMA HISTÓRIA É, dir-se-á história da luta de classes. A história dos povos sem história é, dir-se-á com ao menos tanta verdade, a história da sua luta contra o Estado.
A sabedoria é intuitiva aos Yanomani e seu desprezo pelo trabalho, conforme constatação de Pierre Clastres, visto que: TRABALHO: do latim: TRIPALIUM = três paus = instrumento de tortura.
O desprezo dos Yanomani pelo trabalho e pelo progresso tecnológico também foi bem assinalado por Pierre Clastres Segundo constatou, os indios se ocupavam pouco com o que se denomina trabalho e mesmo assim não morriam de fome. As crônicas da época apontam uma aparência bonita dos adultos, crianças saudáveis, abundância e variedade de fontes alimentares, sendo que entre os Tupi-Guaranis os homens trabalhavam dois meses em cada quatro anos, enquanto o restante era destinado aos afazeres prazeirosos como caça, pesca, festas e o gosto apaixonado pelas guerras. O machado representou para o índio não uma maneira de se produzir mais, porém um meio de se trabalhar menos. No documentário Milênium Washington Novaes aponta que Clastres destaca três elementos muito fortes que se harmonizam na cultura indígena: 1º o índio não se apropria do conhecimento para constituir dividendo político e financeiro; O QUE UM SABE, TODOS SABEM. 2º indio nasce e morre sem nunca delegar poder ou receber ordens 3º indio é independente, pois sabe fazer a sua casa e prover-se de alimentos. Resta questionar, quiçá reformular o papel do Estado até então – como INSTRUMENTO violento DE DOMINAÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES SOBRE AS CLASSE DOMINADAS , sem olvidar Martin Luther King, para o qual – A LIBERDADE JAMAIS SERÁ CONCEDIDA PELOS OPRESSORES ( milenarmente, quem são eles, os que escravizam???); ELA DEVERÁ SER CONQUISTADA PELOS OPRIMIDOS "
Se você fosse alguém que nasceu sem recursos, conseguiu estudar na escola pública, indo, muitas vezes descalço, conseguiu ser vacinado e se curou gratuitamente pelo SUS, ou teve algum parente que necessitou isso, não pensaria assim. Nem teria tempo para isso.
Eu fui pobre. Sempre estudei em escolas públicas. Fui descalço. Consegui fazer uma universidade pública. Vivi de bolsa trabalhando no bandejão e fazendo iniciação científica. Meu pai só está vivo pois pode receber um desfibrilador (aparelho e tratamento custariam mais de 100.000 reais) no Incor bancado pelo SUS. Conheci nesse mundo muita gente como eu.
É muito bonito tudo isso. Mas para vocês, arrogantes e egoístas. Tiveram sorte ao nascer. Só isso.
Entendo que o governo erra pra cacete. Corrupção existe aos montes. Mas se eu pesar, me ferrei mais com instituições privadas que com públicas. Bancos me roubaram. a Net me ferra pra caramba. Judiciario e Anatel me ajudaram. SUS e USP me ajudaram.
Esse governo do PT então é de lascar. Mas podemos mudá-lo. Agora, essa estória toda de "não vou pagar impostos" "Abolir o governo".. É igual a falar que vou viajar via teletransporte. Vocês estão perdendo tempo. É melhor lutar por um governo mais limpo e justo.
A situação do país tá tão feia que até mesmo o discurso dos coitadistas piorou. Antes, pessoas assim tinham um certo comedimento. Eles não eram do tipo que chegavam em público e anunciavam que só estavam vivos por causa do governo. Isso era algo meio vergonhoso e, quem o fazia, fazia de maneira muito cabisbaixa.
Hoje não. Hoje, o sujeito bate no peito e tem orgulho de dizer que só se deu bem na vida porque utilizou o dinheiro que o governo roubou de terceiros.
Existe coisa mais deprimente do que coitadista querendo aplausos e misericórdia? Pior ainda: existe coisa mais moralmente nefasta do que um vitimista se gabar de que só está vivo por causa das espoliações do governo?
É triste o nosso futuro.
Uma estrovenga que tem um orçamento de 2,84 trilhões de reais e que financia boa parte do seu déficit destruindo o poder de compra da população só pode ser gratuita no seu mundinho pessoal de auto-ilusão.
Quanto ao seu coitadismo e auto-piedade deprimentes e abjetos, tem um livro inteiro aqui pra te curar dessa deformidade moral:
O país dos coitadinhos - Emil FARHAT
Você já nem pagava os estudos e ainda ganhava bolsa? Que mamata em...
Nietzche ia pirar com a sua história. Típico da nossa sociedade medíocre que fundamenta argumentos com base no coitadismo e na emoção.
E antes de falar mal das instituições privadas, você deveria agradece-las, pois elas que criaram riqueza para você estudar de graça e elas que criaram riqueza para bancar o tratamento do seu pai.
Todos os recursos que teve acesso "gratuitamente" foram pagos por pessoas em situação financeira semelhante e até mesmo pior que a sua. É esta sua ética? roubar os pobres menos instruídos para que você seja menos pobre?
"O problema é que você provavelmente é um daqueles 20 a 30% da população brasileira com "white people problems"." para alguém que gosta de apontar os outros como arrogantes, essa frase para ser bastante arrogante.
"conseguiu estudar na escola pública" incorreto, o dinheiro foi tomado à força de alguém.
"se curou gratuitamente pelo SUS" incorreto, o dinheiro foi tomado à força de alguém.
" Sempre estudei em escolas públicas" incorreto, o dinheiro foi tomado à força de alguém.
" no Incor bancado pelo SUS." incorreto, o dinheiro foi tomado à força de alguém.
" Mas para vocês, arrogantes e egoístas" não acha que há uma certa arrogância em ignorar que o dinheiro foi tomado à força de alguém ou o que é pior, achar que tomar o dinheiro de alguém para servir os próprios interesses é algo bom? E sobre egoísmo, nunca entendi porque é egoísmo querer ficar com o próprio dinheiro, mas não é egoísmo tomar o dinheiro alheio...
" Bancos me roubaram." Já se perguntou para que existe o banco central? Sim, garantir que o mercado bancário seja fechado, um comerciante não pode fornecer serviços bancários, uma pessoa não pode emprestar dinheiro a juros, apenas alguns poucos escolhidos pelo governo podem fazê-lo (menos de 300).
"a Net me ferra pra caramba." Mas se eu quiser fornecer um serviço melhor não posso, o governo através da anatel não permite, a mesma anatel que você acha que ajuda você. Aliás já pensou para que servem as agências? A mesma função do banco central...
"Judiciario e Anatel me ajudaram." não. Eles evitam que você possa ter um serviço muito melhor por um valor menor e ainda garantem que as pessoas os aplaudam por remediar porcamente um problema que elas não teriam se essas agências não existissem.
"SUS e USP me ajudaram." incorreto, o dinheiro foi tomado à força de alguém.
"Agora, essa estória toda de "não vou pagar impostos"" imposto é roubo, você está tomando dinheiro de alguém.
" É melhor lutar por um governo mais limpo e justo. " a partir do momento em que o dinheiro é tomado das pessoas, não há mais como se falar em algo justo.
Obrigado.
O discurso dele comove e angaria multidões. A raiva de vocês não condiz com o ideal libertário da sabedoria e do conhecimento. E pior, traz mais seguidores para esse tipo de pessoa, diminui a aceitação e mina o movimento libertário. Esse tipo de discurso é o que essa pessoa usa para criar um movimento totalitário, fortalecer o governo e tomar daqueles que produzem e detém a riqueza. Houve um exemplo gigantesco disso na década de 30. Minha humilde sugestão é sermos cuidadosos, empáticos e carismáticos. Vivemos num país com uma massa gigantesca de desesperados e governistas. Pessoas sob grande insatisfação e pressão e até outros pedindo a ditadura.
(179.159.122.25)
Essa gente não se cansa de se rebaixar.
"Por que? Porque se todos pararmos de pagar impostos eles não terão como agir. Sem dinheiro nada poderão fazer. Seria o caos para eles."
Me diz aí, como eu faço para não ter os impostos confiscados, na fonte, sobre o meu salário? Como faço para não pagar o ICMS, PIS, COFINS, etc. que vem embutidos no preço das coisas que compro?
Abraços
Magnífico !!!!
Para todas as situações não existe estado e não existe lei. Somente instituições privadas. Inclusive instituições de judiciário e segurança são privadas. Não há sistema prisional, pois ninguém é obrigado a ir para a cadeia e também não há dinheiro para isso. Levem em conta que a população prisional do Brasil hoje é de 607.000. E há muito mais delinquentes a solta. Não podemos simplesmente assumir que não haverá delinquentes ou marginais ou abusos.
Situação 1: Jorge, herdeiro de um milionário empresário, decide andar embriagado e em alta velocidade com sua Ferrari em área residencial. Jorge atropela e mata dois de 5 transeuntes que estavam a caminho do trabalho. Jorge, como milionário, possui uma segurança privada gigantesca e fortemente armada. Após o acidente, você, um terceiro trabalhador, furioso grita para jorge: você os matou!!! Nesse momento, os seguranças de Jorge, ao acreditarem que você atacaria, disparam alguns tiros em sua perna. Você perde sua força de trabalho, e nenhuma empresa quer contratar um deficiente, pois, como não há lei que as obrigue, nenhuma tem acessibilidade (não é vantajoso economicamente).
Você deseja justiça, mas a empresa de segurança que você contratou é inferior à de Jorge. Sua empresa não lhe atende. Você deseja entrar na justiça, mas o judiciário é particular e Jorge não dá a mínima para você e não entra em qualquer disputa, nem lhe paga nada, nem vai para a cadeia. Não há estado para forçar Jorge a nada. Como você fica?
Situação 2: Você deposita seu dinheiro numa instituição bancária. Essa instituição erra e lhe furta 30% de suas economias. Você discute, mas o Banco insiste que não errou. Você propõe ir para um tribunal. O banco se recusa. Você, furioso por ter perdido anos de suas economias, decide contratar uma empresa de segurança privada. O banco possui um contrato muito maior.
Situação 3: Você nasceu pobre, num país com milhares de miseráveis. Você fica doente.
Situação 4: Você nasceu pobre, todas as escolas são, obviamente, particulares. Seus pais são ignorantes e praticamente não possuem renda. O que você fará?
Situação 5: Você se envolve em uma confusão. Desproporcionalmente o outro indivíduo esfaqueia seu familiar. Ambos tem seus contratos com segurança privada. Não há lei maior e ninguém se submete a nada. Há instituições de justiça privada, mas obviamente o esfaqueador não quer entrar em nenhuma e não pode ser obrigado por ninguém.
Situação 6: Uma empresa que fabrica remédios se torna um grande monopólio. Compra quase todas as demais e utiliza de todas as técnicas para acabar com qualquer outra empresa que surja. Não há governo para regular nada. Seu parente mais querido tem uma doença e precisa do remédio. O preço do remédio representa muito mais do que você ganha. O que você faz?
Situação 7: O ano é 1939. Você vive numa nação libertária. Sua nação é muito desenvolvida socialmente. Quase não há crime. Quase não há empresas de segurança, e as que existem, protegem pequenos nichos que podem pagar. A nação ao lado se transforma num regime totalitarista e decide que quer seu território. Por alguns anos desenvolvem um exército poderoso e invadem seu território, colocando você e sua família em campos de extermínio. E agora?
Situação 8 (esse aconteceu comigo): Você tem um contrato com uma empresa telefônica. Essa empresa lhe cobra a mais no débito automático. Você entra em contato diversas vezes, gasta horas e tudo que falam é: "Não, senhor, o valor não é esse de 100!!, o valor desse pacote é de 200!". Você só está nessa empresa porque lhe ofereceram o pacote por 100. E ainda, como parte do contrato de fidelidade, a empresa lhe saca mais 300 caso você rescinda. Você não tem a gravação da oferta. O que você faz? Essa situação é real. Eu tive que solicitar a gravação e entrar com uma reclamação na Anatel para conseguir que cumpram o combinado. Um cunhado meu, por outro exemplo, só tem uma empresa que lhe presta serviço de internet. Foi sacaneado com a falta de sinal e não entrega da velocidade contratada por meses. Entrou na justiça e ganhou sua indenização.
Por que é que você acha que as telefônicas no Brasil são ruins e caras? Por que o setor bancário é folgado? Por que o setor de aviação civil é presta serviços ruins?
Sim, isso mesmo: todos esses setores são regulados e protegidos por agências reguladoras.
Os setores de aviação civil, de transportes terrestres, de transportes aquaviários, de telecomunicações, de energia elétrica, de petróleo, de saneamento básico, bancário etc. são exemplos de setores que, embora possam estar sendo servidos por empresas privadas, são integralmente controlados pelo governo e suas agências reguladoras, as quais, por sua vez, protegem essas empresas privadas contra o surgimento de concorrentes.
Em teoria, agências reguladoras existem para proteger o consumidor. Na prática, elas protegem as empresas privadas dos consumidores. Por um lado, as agências reguladoras estipulam preços e especificam os serviços que as empresas reguladas devem ofertar. Por outro, elas protegem as empresas reguladas ao restringir a entrada de novas empresas neste mercado.
No final, agências reguladoras nada mais são do que um aparato burocrático que tem a missão de cartelizar as empresas privadas que operam nos setores regulados, determinando quem pode e quem não pode entrar no mercado, e especificando quais serviços as empresas podem ou não ofertar, impedindo desta maneira que haja qualquer "perigo" de livre concorrência.
James Buchanan, o fundador e principal expoente da teoria da Escolha Pública, tornou-se famoso ao mostrar que as empresas privadas tinham um incentivo para manipular o governo e fazê-lo proteger suas empresas favoritas. Um sistema em que a iniciativa privada opera em um setor regulado pelo governo beneficia somente alguns, e à custa de todos os outros, o que significa que os poucos beneficiados terão todos os incentivos para fazer defender este arranjo.
Em um arranjo de livre iniciativa — pró-mercado —, qualquer empresa que quisesse entrar nesse mercado para concorrer com as grandes estaria livre para isso. Em um livre mercado genuíno, essa empresa simplesmente chegaria, faria sua propaganda e, por meio do sistema de preços, ofertaria seus serviços. Quem quisesse utilizá-la estaria livre para fazê-lo. Quem não quisesse, continuaria com os serviços da Vivo, Tim, Claro e Oi.
Mas isso não pode ocorrer atualmente. A ANATEL não deixa. Só pode entrar no mercado as empresas que ela aprova. Veja essa notícia (negritos meus):
"Operadora móvel acusa Anatel de negociar decisões com cartel formado por Vivo, Oi, Claro e TIM
Talvez você se lembre da Aeiou, operadora de celular que atuou no DDD 11 por um breve período, e desapareceu em meados de 2010. Agora, segundo a Folha a empresa por trás da operadora tem sérias acusações a fazer contra Anatel, Vivo, Oi, Claro e TIM.
A Unicel diz que as quatro maiores operadoras do país formaram um cartel para impedir a entrada de novos concorrentes. O grupo agiria em conluio com a Anatel, que negociaria pareceres, votos e até decisões finais com elas.
A denúncia foi apresentada este mês ao Ministério Público Federal pelo controlador da Unicel, José Roberto Melo da Silva (foto acima). Ele diz que, quando alguma operadora envia um assunto de interesse para a Anatel analisar, alguns superintendentes já acertariam seus pareceres técnicos de acordo com os interesses do suposto cartel. Depois, quando esses pareceres seguem para análise, o relator responsável sofreria pressão interna para aprová-lo. No entanto, se alguma proposta fosse de interesse contrário ao do cartel, haveria pressão para vetá-la – como as outorgas da Unicel, por exemplo.
Melo da Silva fez esta acusação de forma pública em dezembro, quando a Nextel pediu autorização da Anatel para comprar sua empresa. Prevendo que a agência não aprovaria o negócio, Melo da Silva disse ao Valor:
O que vemos aqui é a Anatel sendo pressionada por um cartel formado pelas quatro grandes operadoras impedindo a entrada no mercado do quinto competidor."
Agora, apenas imagine se a ANATEL fosse abolida e todas as empresas de telecomunicação, internet e TV a cabo do mundo pudessem vir livremente pra cá? As tarifas iriam para o abismo e os serviços melhorariam espetacularmente.
Grandes empresas que reconhecidamente prestam serviços de qualidade nos mercados internacionais — como a AT&T, Vodafone, Verizon, T-Mobile, Orange — estariam livres para chegar aqui amanhã. Os call centers tornar-se-iam desnecessários, pois mudar de operadora seria algo rápido e gratuito. As empresas muito provavelmente até distribuiriam celulares de graça e ofereceriam vários outros serviços gratuitos, inclusive Internet, que, aí sim, finalmente seria universal.
Mas não. Se você quiser criar uma empresa de telefonia, de TV a cabo ou de internet, ou se uma estrangeira quiser vir pra cá, é praticamente impossível. Todo o aparato regulatório do estado cria ostensivamente barreiras burocráticas que aumentam proibitivamente o custo final, impedindo a concorrência e o livre mercado nesse vital setor da economia.
Esse exemplo de telefonia celular é válido para absolutamente todas as áreas da economia controladas por agências reguladoras. Empresas de ônibus, estações de rádio, de televisão, TV a cabo, provedoras de internet, de seguro-saúde, hospitais, escolas, açougues, restaurantes, churrascarias, padarias, borracharias, oficinas mecânicas, shoppings, cinemas, sorveterias, hotéis, motéis, pousadas etc. Nada disso pode surgir sem antes passar por incontáveis processos burocráticos que envolvem licenciamento, taxas, propinas, inspeções, alvarás, registros cartoriais, reconhecimentos de firmas etc.
E aí? Vai continuar defendendo a proibição da livre concorrência? Se sim, então não reclame das consequências nefastas. E ao menos tenha a honestidade intelectual de apontar o dedo para os verdadeiros culpados.
Você entende que o libertarianismo não trata necessariamente apenas de anarcocapitalismo, certo?
Você tem interesse em respostas de um ponto de vista minarquista (estado mínimo) para estas questões, ou o foco é exclusivamente no anarcocapitalismo?
Primeiro. Como fica hoje? O que aconteceu com Thor, filho de Eike? O sistema "justo" de hoje beneficia exatamente o "herdeiro de um milionário empresário". Quem tem mais influência e controle do judiciário monopolista? Quem tem mais influência e controle da polícia monopolista?
Mas vamos brincar um pouco com seu cenário em um mundo anarco-capitalista.
Jorge atropelou e matou dois de 5 transeuntes em área residencial. Quem era o dono da área residencial? De quem era a rua? O proprietário da rua tinha seguro para acidentes e fatalidades? Qual a propaganda que o proprietário fez para quem andasse na rua dele? Ele propagou que era segura? Neste caso os familiares das vítimas podem não apenas processar Jorge, mas podem também processar a proprietária que garantiu o "trânsito seguro de seus clientes".
Mas continuando. As vítimas pagavam algum tribunal? Elas tinham seguro de vida?
Vamos supor que elas pagavam um simples seguro de vida, você acha que a seguradora vai querer "bancar" ou irá utilizar de todos os recursos disponíveis contra o criminoso Jorge? Seguros irão simplesmente aceitar que o rico mantenha seu patrimônio e incorrer no custo de ressarcir seus clientes?
Mas continuando. Os familiares das vítimas irão atrás de um tribunal para serem ressarcidas e terem justiça. Dentre os diversos tribunais existentes no mercado a tendência é que a família das vítimas escolham aqueles que tenham mais "credibilidade" dentro da sua capacidade de pagamento. Estes tribunais de mais credibilidade, interessados em manterem seu nome "limpo" irão abrir um processo contra o Jorge. Racionalmente seria de interesse de Jorge tentar se defender do tribunal, com advogados e indo para o julgamento.
Mas, vamos imaginar que ele mesmo assim vai querer enfrentar tudo!
Ai vem outro ponto.
A empresa de segurança que o Jorge contratou irá querer impedir ele de ser julgado pelo tribunal? Como ela será vista perante os demais tribunais e demais empresas de segurança se ficar defendendo criminosos? Como ela será vista pelo mercado? Será que alguma empresa irá aceitar um contrato de proteger seu cliente MESMO que este incorra em crimes contra o direito natural? A empresa de segurança irá fechar um contrato de um cliente permitindo ele violar propriedades de outras pessoas?
Mas continuando, no último caso, Jorge poderá ficar restrito junto com sua empresa de segurança à sua residência.
Sua empresa de segurança seria vista como uma empresa que não respeita o príncipio de não agressão.
Os outros proprietários ao redor de Jorge cercariam sua propriedade contra o criminoso infrator vizinho até que ele se entregasse.
Jorge seria isolado fisicamente dos outros indíviduos (sociedade) e PRINCIPALMENTE sua empresa de segurança seria mal vista e possivelmente se colocaria em uma situação que dificilmente conseguiria mais clientes.
Patrimonios do Jorge que não estivessem ao alcance direto dele seriam apropriados pelo tribunal contratado. (por exemplo, seu escritório no centro da cidade, ou alguma fábrica, conta bancária, etc, lembre-se que os demais agentes econômicos não tem interesse em terem sua credibilidade afetada, possivelmente uma entidade bancária cederia às demandas de um tribunal respeitado).
Paralelo a tudo isso o nome do Jorge e sua empresa de segurança estaria aparecendo na internet, na mídia e todo tipo de orgão de justiça ao estilo do Serasa.
Ou seja, na prática, era questão de tempo até a própria empresa de segurança do Jorge se recusar a prestar serviço a ele (também para poder manter sua reputação) e ele estaria vulnerável à justiça do Tribunal que foi contratado pela famílias das vítimas.
Ou podemos é claro esperar que uma justiça monopolista que não deve explicação a ninguém, não se preocupa com credibilidade, e possui funcionários pagos com dinheiro espoliado da população faça a "real justiça" contra Jorge.
Meu caro, o ponto é que vivemos em uma sociedade inter-conectada com bilhões de indivíduos negociando livremente entre si. Se um indivíduo começar a usar de coerção forçada contra outros agentes econômicos ele irá, por assim dizer, se "queimar" e os demais agentes econômicos irão deixar de negociar com ele. Na prática, se TODOS os agentes econômicos deixarem de negociar com você, você irá morrer de fome!
Percebeu então que todas estas "injustiças" do mundo sempre existiram, mas que é o estado que as potencializa? E que é justamente num cenário de liberdade que elas podem ser resolvidas, ao passo que com o estado nós temos a certeza absoluta que elas jamais serão?
Percebeu também que em todos os seus exemplos, as pessoas "malvadas" colocaram sua própria credibilidade em risco, e que exatamente por isso podem perder todos os seus clientes, e consequentemente sua riqueza e "domínio econômico"? (Ou então você acha que riqueza é algo estático e imutável)
Legal, parece que você tem futuro. Apenas estude mais um pouco.
2: Isso já acontece atualmente. E porque você teria conta em um banco que se recusa a ir para a justiça? A única explicação é que este seria mais barato, daí tem um risco embutido.
3: A mesma situação que acontecia antes no Brasil e nos EUA, pra isso tinhas santas casas e outras instituições. Eis aqui uma no Brasil: www.saopauloantiga.com.br/uniao-fraterna/
4:Nos EUA não existia escolas privadas e existia educação (até mesmo para os filhos de escravos), aliás o melhor ensino da África é privado e não creio que os estudantes sejam ricos...
5:Na parta da Somália que não há governo, existe justiça sem governo e funciona muito bem.
6: É mais fácil formar monopólio com um governo do que sem ou com governo limitado. E porque a empresa vai cobrar muito caro por um remédio? Sabia que atualmente o que encarece os rémedios são os governos? Ainda que cobre caro, veja o item 3.
7: Pq a Alemanha não invadiu a Suiça?
8:A anatel é ruim como todas as agências, elas evitam que você possa ter um serviço muito melhor por um valor menor e ainda garantem que as pessoas os aplaudam por remediar porcamente um problema que elas não teriam se essas agências não existissem. Perceba que seu eu quiser concorrer com a empresa que fornece esse serviço telefônico para você, eu não posso. E quem não deixa? Sim, a anatel.
Obrigado.
Situação 2 (serve para 8): Seria uma situação improvável, um banco que furtasse seus cliente estaria com a imagem manchada e perderia facilmente clientes num mercado que fosse livre.
Caso aconteça, haveria várias coisas para fazer como: processar a empresa, utilizar alguma empresa que funcione como PROCON, fazer postagens no Facebook, e principalmente, trocar de empresa.
Situação 3: Você poderia ser agraciado com ajuda de alguma ONG que certamente não faltará. Ou depender da ajuda de algum familiar ou amigo.
Situação 4: Trabalhe e pague seus estudos. Hoje com a internet qualquer um pode aprender o que deseja quase sem custo. Se quiser algo mais avançado, a única solução justa é trabalhar, poupar e então bancar você mesmo.
Situação 6: Não existe monopólio num mundo anarcocapitalista. Não faz sentido. Pense que qualquer um poderia produzir remédios, até mesmo produzindo na sua própria casa. E se alguma grande empresa cobrar caro por um remédio então ela deixará brechas para que empresas atendam essas pessoas excluídas e provavelmente perderá o mercado.
Situação 7: Se minha região é bem desenvolvida é bem provável que ela não terá dificuldade para adquirir e produzir armamentos com rapidez, além de contar com uma população fortemente armada. Será bem provável que o invasor não tenha condições de invadir
Situação 1 e 5: A resposta vale para duas, vista que a pergunta é a mesma: Quem iria força alguém que se recusasse a ir a um julgamento?
havia três possíveis soluções para um mundo anarcocapitalista:
1) A comunidade em que você vive exigiria da pessoa que ela aceitasse o julgamento.
2) haveria empresas de seguro para cuidar destes casos.
Pode parecer absurdo, mas não é. Tendo em vista que resolver conflitos seria uma demanda urgente das pessoas, empresas de seguros surgiriam para atende-la.
Funcionaria assim, você adquiriria um seguro e caso sofresse um crime a empresa te indenizaria, e ela iria atrás do culpado. Se o culpado tivesse a mesma empresa seria fácil de resolver. Se o culpado tivesse outra empresa de seguro, as empresas teriam que entrar em acordo e procurar um julgamento neutro. Ou se o cara não tivesse nenhum empresa então ninguém defenderia ele, sendo assim fácil para a empresa julgar.
Por fim, uma última pergunta: será que todos teriam seguro? Provavelmente a maioria. Quem não tivesse estaria correria mais riscos, e podemos imaginar que até empresas iria preferi contratar pessoas seguradas.
3) Você mesmo.
Isso é governo.
Me trataram como se eu fosse louco ou imbecil.
Fico às vezes pensando que algumas pessoas são incapazes de pensar usando a lógica. Se isso for verdade então o liberalismo é uma causa perdida.
O programa mostrava um aparato gigantesco, centenas de funcionários, equipamentos, equipes de inteligência e burocratas de todos os tipos empenhados em vasculhar as bagagens de milhões de pessoas, não apenas atrás de drogas, mas procurando frutas, verduras, cereais, ou qualquer coisa que não estivesse dentro dos padrões arbitrários do FDA.
Eu fiquei angustiado vendo aquilo, parece um circo, cheio de palhaços tratando as pessoas como bandidos por causa de um repolho, de um cacho de bananas - e o pior, um circo que custa centenas de milhões de dólares.
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O Estado de Direito é o crime Legalizado. Os andropatas dominam os bons através da zumbização dos candidatos a idiotas do povo dispostos a serem usados, como cavalo de batalha, para os andropatas dominarem os homens e mulheres bons e fortes. É assim que os andropatas marxistas agem: eles instalam no juízo dos candidatos a tolos um dispositivo de controle chamado de Senso Crítico, e mergulham a fé deles num mar de mentiras chamado de conscientização.
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Os líderes controlam a percepção dos zumbizados com elogios ou críticas chamando-os hora de conscientizados, ora dizendo assim, quando o zumbizado papagaia alguma das besteiras marxistas: "Puxa vida, que lindo e inteligente. Ele tem senso crítico".
A sabedoria é intuitiva aos Yanomani e seu desprezo pelo trabalho, conforme constatação de Pierre Clastres acima mencionada, visto que: TRABALHO: do latim: TRIPALIUM = três paus = instrumento de tortura.
Pierre Clastres assinala em seu livro SOCIEDADE CONTRA O ESTADO, que "para a cultura Guarani, não é mais possível a procura da Terra sem Mal. E esse pensamento selvagem, que quase cega por tanta luz, nos diz que o lugar de nascimento do Mal, da fonte da infelicidade, é o UM. Conscientes que o UM é o mal, eles diziam de aldeia em aldeia, e as pessoas os seguiam na procura do Bem - na busca do não UM. É por isso que acreditamos poder revelar, sob a equação metafísica que iguala o Mal ao UM , uma outra equação mais secreta, e de ordem política, que diz que o UM é o Estado.
A sociedade primitiva sabe, por natureza, que a violência é a essência do poder. O Estado, é instrumento que permite à classe dominante exercer sua dominação violenta sobre as classes dominadas
Nesse saber se enraíza a preocupação de manter constantemente afastado um do outro do poder e a instituição, o comando e o chefe. E é o campo mesmo da palavra que assegura a demarcação e traça a linha divisória. Forçando o chefe a mover-se somente no elemento da palavra, isto é, no extremo oposto da violência, a tribo se assegura de que todas as coisas permanecem em seu lugar, de que o eixo do poder recai sobre o corpo exclusivo da sociedade e que nenhum deslocamento das forças virá conturbar a ordem social. O dever de palavra do chefe, esse fluxo constante de palavra vazia que ele deve à tribo, é a sua dívida infinita, a garantia que proíbe que o homem de palavra se torne homem de poder.
TUDO SE DESSARRUMA, por conseguinte, QUANDO A ATIVIDADE DE PRODUÇÃO SE AFASTA DE SEU OBJETIVO INICIAL, QUANDO, EM VEZ DE PRODUZIR APENAS PARA SI MESMO, O HOMEM PRIMITIVO PRODUZ TAMBÉM PARA OS OUTROS, sem troca e sem reciprocidade. Só então pode-se falar em trabalho: quando a regra igualitária de troca deixa de constituir o CÓDIGO CIVÍL da sociedade, quando a atividade de produção visa a satisfazer a necessidade dos outros, QUANDO A REGRA DE TROCA É SUBSTITUÍDA PELO TERROR DA DÍVIDA. Para que haja o aparecimento do estado, é necessário pois, que exista antes - divisão da sociedade em classes sociais antagônicas, ligadas entre si por relação de exploração. Por conseguinte, a estrutura da sociedade - a divisão em classes - deveria preceder a emergência da máquina estatal. Observa-se a fragilidade dessa concepção meramente instrumental do Estado. Se a sociedade é organizada por opressores capazes de explorar os oprimidos, é que essa capacidade de impor a alienação repousa sobre o uso de uma força, isto é, sobre o que faz da própria substância do Estado "monopólio da violência física legítima.
As sociedades primitivas são sociedades sem Estado porque, nelas o Estado é impossível. A história dos povos que têm uma história é, dir-se-á história da luta de classes. A história dos povos sem história é, dir-se-á com ao menos tanta verdade, a história da sua luta contra o Estado." https://plus.google.com/117780186646962901957/posts/bXBRWrx5mF9
........ o ESTADO COMUNISTA. https://pp.vk.me/c836424/v836424892/19ed7/BuJRAAlMYeY.jpg
verdade1945.blogspot.sg/2007/12/voluntrios-na-wehrmacht-e-waffen-ss.html Cartaz francês incentivando a população a se juntar na grande cruzada contra o Comunismo
https://www.counter-currents.com/2012/10/america-roosevelt-the-causes-of-the-present-war/ A primeira providência dos que procuram a verdade é identificar QUEM a censura, aí encontra-se aquele que se beneficia da balela.
Boa, Paulo Kogos é um gênio
Parabéns ao autor.
Melhor refutação ao Estatismo não há!
Roubo é praticado com uso de violência.
Extorsão é praticada com ameaça de violência futura.
O estado não aponta uma arma quando cobra os impostos. Ele "apenas" diz que fará isso se você não pagar.