O relatório da ONU contra os agrotóxicos não pode ser esquecido/Parte 01

     

Afisa-PR

O relatório da ONU contra os agrotóxicos não pode ser esquecido

"Usar mais agrotóxicos não tem nada a ver com a eliminação da fome. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somos capazes de alimentar 9 bilhões de pessoas hoje. A produção está definitivamente aumentando, mas o problema é a pobreza, a desigualdade e a distribuição [de alimentos]". — Hilal Elver, relatora especial da ONU sobre o direito à alimentação

The UN report against pesticides can't  be forgotten & "Using more pesticides has nothing to do with the elimination of hunger. According to the United Nations Food and Agriculture Organization (FAO), we're able to feed 9 billion people today. The production is definitely increasing, but the problem is poverty, inequality and distribution [of food]". — Hilal Elver, UN Special rapporteur on the right to food

n Report ONU agrotoxico


Segundo a notícia UN experts denounce 'myth' pesticides are necessary to feed the world (por Damian Carrington) do britânico The Guardian de 7 de março de 2017, a Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou os mitos que cercam os agrotóxicos "como necessários para alimenta" o mundo. 

Em sua notícia o The Guardian afirma que os especialistas da ONU denunciaram essa falsidade no relatório Report of the Special Rapporteur on the right to food que também alerta sobre as consequências catastróficas do uso dos agrotóxicos e debita à sua indústria a "negação sistemática de danos" e "táticas não éticas de marketing".

O relatório da ONU também afirma que os agrotóxicos têm "impactos catastróficos no meio ambiente, saúde humana e na sociedade como um todo", incluindo cerca de 200 mil mortes por ano causadas por intoxicações.

Os autores desse relatório disseram que "É hora de criar um processo global de transição para uma produção alimentar e agrícola mais segura e saudável".

"É um mito", disse Hilal Elver, relatora especial da ONU sobre o direito à alimentação. "Usar mais agrotóxicos não tem nada a ver com a eliminação da fome. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somos capazes de alimentar 9 bilhões de pessoas hoje. A produção está definitivamente aumentando, mas o problema é a pobreza, a desigualdade e a distribuição [de alimentos]".

Como parte da produção do relatório da ONU, Elver visitou países como Filipinas, Paraguai, Marrocos e Polônia, disse: "O poder das corporações [de agrotóxicos] sobre os governos e sobre a comunidade científica é extremamente importante. Se você quer lidar com agrotóxicos, você tem que lidar com essas corporações - é por isso que [usamos] essas palavras duras. As corporações dirão, claro, que não é verdade, mas também existe o testemunho do povo".

Elver também disse que alguns países desenvolvidos têm regulamentações "muito fortes" para agrotóxicos, como é o caso da União Europeia (EU), que, segundo ela, baseia sua regulamentação no "princípio da precaução". Em 2013, a UE proibiu o uso de agrotóxicos neonicotinóides1, nos cultivos de flores devido ao extermínio de abelhas. Essa proibição foi fortemente "contestada" pela indústria do agrotóxico. Elve, porém, observou que outros países desenvolvidos como os EUA, não usavam o princípio da precaução como norte à regulamentação de agrotóxicos.

Nos Estados Unidos, disse Elver, 90% dos trabalhadores rurais não tinham documentação apropriada e a consequente falta de proteção legal e seguro de saúde os colocavam em risco pelo uso de agrotóxicos.

A indústria do agrotóxico, claro, tem outra opinião. "A alegação do mito de que os agricultores não precisam de agrotóxicos para enfrentar o desafio de alimentar 7 bilhões de pessoas simplesmente não suporta escrutínio", alega um porta-voz da Crop Protection Association, que representa fabricantes de agrotóxicos no Reino Unido. "A FAO da ONU é clara sobre isso - sem ferramentas de proteção de culturas, os agricultores podem perder até 80% de suas colheitas pelos danos causados por insetos, ervas daninhas e doenças".

O relatório constatou que apenas 35% dos países subdesenvolvidos tinham um regime regulatório para agrotóxicos e, mesmo assim, a fiscalização era problemática. Também encontrou exemplos de agrotóxicos proibidos em um país, mas que ainda são produzidos para exportação.


O relatório da ONU denunciou que "A exposição crônica aos agrotóxicos tem sido associada ao câncer, doenças de Alzheimer e Parkinsondesregulação hormonal, distúrbios do desenvolvimento e esterilidade." Também destacou o risco para crianças de contaminação dos alimentos pelos agrotóxicos, citando 23 mortes de crianças na Índia em 2013 e 39 na China em 2014.

"A indústria de agrotóxicos frequentemente usa o termo 'uso intencional indevido' para transferir a culpa para o usuário" pelos impactos evitáveis ​​causados pelos agrotóxicos, diz o relatório. "Ainda assim, a responsabilidade de proteger usuários e outras pessoas durante todo o ciclo de vida dos agrotóxicos em toda a cadeia de varejo é do fabricante de agrotóxicos". 

O relatório da ONU recomendou um movimento em direção a um tratado global para regulamentação do uso de agrotóxicos e uma mudança para práticas sustentáveis, incluindo métodos naturais de eliminação de pragas e rotação de culturas, bem como o incentivo do cultivo de alimentos orgânicos.

  

Mistura de diferentes resíduos de agrotóxicos no solo: estudo revela uma realidade que estava oculta

O estudo Pesticide residues in European agricultural soils – A hidden reality unfolded disponível online em 6 de novembro de 2018 pela editora de literatura médica e científica Elsevier, revela uma realidade que estava oculta: os solos agrícolas da União Europeia (EU) estão contaminados pela mistura de diferentes resíduos de agrotóxicos. Esse estudo destaca: foram analisadas 317 amostras de solos agrícolas de toda a União Europeia (UE) para detecção de resíduos de 76 diferentes agrotóxicos; 83% dos solos continham 1 ou mais resíduos; 58% continham misturas; foram identificadas 166 misturas diferentes; foram ocasionalmente excedidas as concentrações previstas de resíduos individuais e a regra é a presença  de misturas de resíduos, fato que indica a necessidade de estudos para se determinar seus efeitos tóxicos sobre a biota do solo.

Segundo esse estudo, nas últimas décadas, o uso de agrotóxicos é uma das principais bases da intensificação da atividade agrícola. Como resultado, a contaminação do solo agrícola por resíduos de agrotóxicos tornou-se uma questão de crescente preocupação devido à alta persistência e toxicidade de alguns deles aos organismos não-alvo. Neste estudo, foram analisadas 317 amostras de solo agrícola de toda a UE para detecção de resíduos de 76 diferentes agrotóxicos.

As amostras de solo foram coletadas em 2015 e originárias de onze Estados-membros da UE e de seis principais sistemas de cultivo. Mais de 80% dos solos testados continham resíduos de agrotóxicos (25% das amostras tinham resíduo de um agrotóxico e 58% das amostras tinham dois ou mais resíduos), num total de 166 combinações diferentes de agrotóxicos.

Nas amostras analisadas, os agrotóxicos glifosato (e seu metabólito AMPA), DDT (e seus metabolitos) e os fungicidas de amplo espectro à base de boscalidaepoxiconazol e tebuconazol foram os compostos mais encontrados e nas maiores concentrações. Esses compostos ocasionalmente excederam as concentrações ambientais previstas para o solo, mas estavam abaixo das respectivas concentrações finais de toxicidade aos organismos comumente encontrados no solo.

Esse estudo revelou que a contaminação por misturas de resíduos de agrotóxicos nos solos agrícolas é a regra e não a exceção, indicando que os procedimentos de avaliação de risco ambiental devem ser adaptados de acordo com essa regra a fim de minimizar os riscos relacionados à vida do solo e além.

As informações desse estudo podem ser usadas para implementação de programas de monitoramento de resíduos de agrotóxicos no solo e desencadeamento de avaliações de toxicidade das misturas de resíduos de agrotóxicos em uma variedade mais ampla de espécies que habitam o solo, a fim de realizar avaliações de risco ambiental mais abrangentes e precisas.

  

UE: publicação científica revela modus operandi no registro de agrotóxico

A publicação científica Safety of Safety Evaluation of Pesticides: developmental neurotoxicity of chlorpyrifos and chlorpyrifos-methyl publicada no Journal of Environmental Health de 16 de novembro de 2018, concluiu que um estudo financiado pela indústria de agrotóxicos havia tirado conclusões preconceituosas e não científicas sobre a toxicidade do neurodesenvolvimento do agrotóxico clorpirifós. Os autores desta crítica destacam que, com base nos resultados obtidos nos experimentos, a indústria de agrotóxicos deveria ter relatado toxicidade no desenvolvimento neurológico. Este não foi o caso. Toxicidade neurodesenvolvimental é a toxicidade observada no sistema neurológico e no cérebro durante exposições precoces. Além disso, foram identificadas deficiências metodológicas que reduzem a probabilidade de encontrar efeitos neurotóxicos.

Para Martin Dermine, diretor de política da PAN Europe, "Isso é fraude e a história está se repetindo! O PAN Europe defende há anos que os estudos regulatórios e seus relatórios não sejam realizados pelas próprias indústrias de agrotóxicos. Esta é uma das exigências da nossa nova coligação europeia intitulada 'Cidadãos para a ciência em matéria de regulamentação dos agrotóxicos', a fim de exigir à UE e aos Estados-membros que tomem medidas para impedir que essa fraude ocorra".

O clorpirifós é um agrotóxico organofosfato implicado na redução do QI das crianças quando exposto no útero de suas mães ou no estágio inicial da vida. Atualmente, a União Europeia realiza a revisão da autorização do udo do agrotóxico clorpirifós e, nos próximos meses, aguarda-se um parecer da European Food Safety Authority (EFSA). No âmbito dessa revisão, um grupo de ONGs exige uma proibição do clorpirifós pela UE e, para tanto, lançou uma petição.



UE: nova evidência de manipulação da ciência remete ao escândalo do glifosato

Segundo a Press Communication New evidence of fraudulent manipulation of scientific results by the pesticide industry! da Pesticide Action Network Europe (PAN Europe) de 16 de novembro de 2018, “uma nova evidência da manipulação da ciência que remete ao escândalo do glifosato”. Um renomado cientista independente prova que a corporação Monsanto não relatou os resultados de carcinogenicidade do glifosato para as autoridades europeias “que decidiram que o glifosato não era carcinogênico”.

Em 28 de maio de 2017 uma carta alerta foi encaminhada à Comissão Europeia. Seu "sumário executivo" afirma que a European Food Safety Agency (EFSA) e a European Chemical Agency (ECHA) completaram as suas avaliações do potencial carcinogênico do glyphosate e concluíram "que a evidência não não suportava uma classificação [de carcinogenicidade] para o glifosato. Foram liberados os dados brutos dos estudos do glifosato em animais de laboratório para câncer, porém, uma reanálise destes dados mostraram oito instâncias onde aumentos significativos na resposta do tumor cancerígeno, após a exposição ao glifosato, "não foram incluídos na avaliação" à EFSA e à ECHA. Isso sugere que as avaliações aplicadas ao glifosato usaram dados “ cientificamente falhos”, e quaisquer decisões derivadas dessas avaliações deixarão de proteger a saúde pública. Pede-se que as avaliações realizadas pela EFSA e ECHA devem ser repetidas para todos os endpoints (pontos de extremidade) toxicológicos e que os dados subjacentes a essas avaliações sejam divulgados publicamente.

Para Martin Dermine, diretor de política da PAN Europe, "Isso é fraude e a história está se repetindo! O PAN Europe defende há anos que os estudos regulatórios e seus relatórios não sejam realizados pelas próprias indústrias de agrotóxicos. Esta é uma das exigências da nossa nova coligação europeia intitulada 'Cidadãos para a ciência em matéria de regulamentação dos agrotóxicos', a fim de exigir à UE e aos Estados-membros que tomem medidas para impedir que essa fraude ocorra".



Misturas tóxicas de resíduos de agrotóxicos em vegetais continuam a inundar os mercados da EU

A notícia Toxic mixtures of pesticide residues in fruit and vegetables keep on flooding EU markets do Pesticide Action Network Europe (PAN EUROPE) de 1º de agosto de 2018, alerta que as misturas tóxicas de resíduos de agrotóxicos nas frutas e legumes continuam a inundar os mercados da UE; 68% das uvas de mesa e 65% dos morangos contêm mais de um resíduo de agrotóxico.

A European Food Safety Authorty (EFSA) publicou um relatório de monitoramento de resíduos de agrotóxicos (dados de 2016) sobre o nível de contaminação de produtos vegetais disponibilizadas aos europeus.

A percentagem de resíduos múltiplos de agrotóxicos em vegetais consumidos na EU aumentou novamente para a taxa extrema de 30,1%. Quase 1 em cada 3 vegetais vendidos na UE contém mais de um contaminante de agrotóxico. Os efeitos tóxicos combinados destes agrotóxicos não foram avaliados pelas autoridades da UE. O acúmulo de evidências científicas mostra que os agrotóxicos podem ter efeitos sinérgicos ou aditivos quando seus resíduos são combinados, aumentando a toxicidade inerente de cada agrotóxico.

Segundo o relatório da EFSA, a maior frequência de múltiplos resíduos de agrotóxicos foi encontrada em groselhas (85,7% do total de amostras analisadas), lúpulo (81,8%), toranjas (73,1%), uvas passas (72%), amoras (68,4%), uvas de mesa (68,1%), framboesas (66,9%) e morangos (65,4%). 2,8% de todas as 85.000 amostras analisadas continham mais de 5 resíduos diferentes de agrotóxicos em vegetal.

Os efeitos das misturas tóxicas ainda não são contabilizados nos cálculos de segurança da UE, apesar de a legislação de 2006 exigir que a EFSA o faça. A alegação contínua pela EFSA de que vegetais nos supermercados europeus “estão seguros” não está comprovada, diz Hans Muilerman, da PAN Europe.

  

EFSA da UE divulgou os últimos dados das análises de resíduos de agrotóxicos nos alimentos

Os europeus, pelo menos em 2016, segundo as informações oficiais da European Food Safety Authority (EFSA) da União Europeia (UE), consumiram alimentos seguros com relação à contaminação por agrotóxicos.

Obviamente, isso se deve à adequada fiscalização feita na UE traduzida pelo elevado número de amostras (84.657) coletadas pelos Estados-membros, além da expressiva quantidade de agrotóxicos (791) passível de análise.

Segundo a notícia Pesticides in food: latest figures remain steady da EFSA/UE de 25 de julho, os europeus continuam a comer alimentos que são "largamente isentos de resíduos de agrotóxicos ou em níveis dentro dos limites legais" [E no Brasil, como essa questão de saúde pública e segurança alimentar é tratada? (ndAfisa-PR)]; certa de 51% estavam livres de quaisquer resíduos quantificáveis.

A EFSA/UE desenvolveu uma ferramenta gráfica simples (em quatro idiomas) que permite aos usuários checar as principais descobertas por país e produto alimentício   

Principais conclusões da EFSA/UE para 2016:


a) Os países membros analisaram 84.657 amostras para 791 agrotóxicos [E no Brasil? Quantas amostras são feitas? Qual é a quantidade de agrotóxicos passíveis de análise? (ndAfisa-PR)].

b) 96,2% (81.482) das amostras estavam dentro dos limites permitidos pela legislação da UE e 53,3% estavam livres de resíduos quantificáveis.

c) A maioria das amostras testadas (56%) é originária dos estados membros da UE, da Islândia e da Noruega; 26,4% dizem respeito a produtos importados de outros países. Para 6,5% das amostras, a origem dos produtos era desconhecida.

d) Os limites legais foram excedidos em 2,4% das amostras para produtos dos países da UE e do EEE; os limites legais foram excedidos em 7,2% das amostras de países não pertencentes à UE.

e) Das 1.676 amostras de alimentos destinados à lactentes e crianças, 98,1% estavam dentro dos limites permitidos pela legislação da UE; 89,8% das amostras estavam livres de resíduos quantificáveis.

f) Em 2016, foram coletadas 5.495 amostras de alimentos orgânicos, dos quais 98,7% estavam dentro dos limites legais; 83,1% das amostras estavam livres de resíduos quantificáveis.



800 mil pessoas se suicidam no mundo; desse contingente, cerca de 15 a 20% morrem devido ao autoenvenenamento por agrotóxicos

Segundo a notícia Working to reduce global suicide by pesticide ingestion (por prof. Michael Eddleston e dr. Leah Utyashevado) do Pesticide Action Network UK (PAN UK) de 11 de julho de 2018, os agrotóxicos altamente perigosos não só prejudicam a saúde do homem e o meio ambiente, além de contaminarem os alimentos e a água. 

Dos 800 mil indivíduos que morrem de suicídio em todo o mundo a cada ano - uma morte a cada 40 segundos -, cerca de 15 a 20% morrem de autoenvenenamento por agrotóxicos.  Em 1990-2007, os suicídios de agrotóxicos respondiam por 30% de todos os suicídios por ano, compreendendo um número estimado de 300.000 mortes por ano no mundo.

Em países de baixa e média renda, onde os pequenos agricultores usam agrotóxicos e fertilizantes para aumentar a produtividade agrícola, o pronto acesso e a ampla disponibilidade de agrotóxicos altamente perigosos fazem deles uma opção fácil para o autoenvenenamento. Em comparação com os países desenvolvidos, onde os agrotóxicos de uso agrícola só estão disponíveis para trabalhadores licenciados e onde poucas pessoas trabalham na agricultura, [em países de baixa e média renda] eles são vendidos livremente em lojas e armazenados em muitas casas em comunidades rurais em todo o mundo. Ao contrário dos medicamentos de toxicidade relativamente baixa comumente usados para autoenvenenamento, os agrotóxicos altamente perigosos são tipicamente letais se ingeridos. Isso significa que a fatalidade de autoenvenenamento é muito maior nas comunidades agrícolas do que nos países industrializados, resultando em altas taxas de suicídio. 

  

UE continuará a importar produtos vegetais do Brasil depois da aprovação do pacote do veneno?

Segundo a notícia 'EU food chain most stringent in the world': EFSA hails high pesticide residue compliance (por Katy Askew) do Food Navigator de 10-8-2018, a União Europeia (UE) tem a cadeia alimentar "mais rigorosa e controlada" do mundo, disse o chefe de saúde e segurança alimentar do bloco, depois que reguladores de segurança alimentar descobriram que mais de 96% dos alimentos estão dentro dos limites legais para resíduos de agrotóxicos. 

[Relatório anual sobre resíduos de agrotóxicos, The 2016 European Union report on pesticide residues in food] "Este relatório confirma o alto nível de conformidade dos alimentos nas prateleiras da UE. Todos os anos, milhares de produtos alimentares são fiscalizados pelos Estados-Membros para verificar se os limites legais estão a ser respeitados. Devemos aos cidadãos europeus assegurar-se de que a cadeia alimentar da UE não só continua a ser a mais rigorosa e controlada do mundo, mas é uma questão muito séria de continuo melhoramento", afirmou Vytnis Andriukaitis, Comissário da UE para saúde e segurança alimentar.

  

Agrotóxico à base de glifosato: uma provável causa de linfoma não-Hodgkin

Nos EUA, "o linfoma não-Hodgkin (LNH) é um dos cânceres mais comuns nos Estados Unidos, sendo responsável por cerca de 4% de todos os cânceres".

E no Brasil, como andam as estatísticas sobre a evolução da quantidade de linfoma não-Hodgkin? Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, "Por razões ainda desconhecidas, o número de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos".

Como será que o agrotóxico à base de glifosato se insere nessas "razões ainda desconhecidas"? A Superior Court of the State of California for the Country of San Francisco, no caso CGC-16-550128, obviamente, tem as evidências mais do suficientes.

Segundo o alerta Roundup Cancer - Non-Hodgkin Lymphoma do escritório de advocacia norte-americano Baum Hedlund aristei Goldman PC, o agrotóxico à base de glifosato, o ingrediente ativo de vários herbicidas comerciais e várias empresas, foi listado como um provável indutor do câncer chamado linfoma não-Hodgkin pela International Agency for Research on Cancer (IARC), que é o braço de pesquisa sobre o câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A classificação da IARC de 2015 para o agrotóxico glifosato teve como base científica a revisão de vários estudos sobre o seu efeito trabalhadores agrícolas e florestais desde 2001.

Segundo o alerta, "As evidências mostram que as pessoas que foram expostas ao glifosato tiveram maior incidência relatada de linfoma não-Hodgkin do que aquelas que não foram expostas ao herbicida". O relatório da IARC aponta ainda que o glifosato é atualmente usado em 750 produtos comerciais em todo o mundo, e o uso do herbicida "aumentou acentuadamente com o desenvolvimento de variedades de culturas resistentes ao glifosato geneticamente modificadas".


Especialistas da ONU pedem que os países ricos não exportem mais agrotóxicos proibidos aos países pobres

Conforme a notícia UN experts call on rich countries to end export of banned pesticides (por Crispin Dowler) do Unearthed de 9 de julho de 2020, o movimento vem depois que Unearthed e Public Eye revelaram que as maiores indústrias de agrotóxicos do mundo ganham bilhões com exportações perigosas para países pobres.

Três dúzias de especialistas em direitos humanos das Nações Unidas pediram aos países ricos que acabem com a prática "deplorável" de exportar produtos químicos tóxicos e agrotóxicos proibidos para nações mais pobres, as quais não têm "capacidade de controlar riscos".

Um comunicado emitido pelo relator especial da ONU sobre produtos tóxicos, Baskut Tuncak, revelou que em 2019 pelo menos 30 países exportaram agrotóxicos para a América Latina, África e Ásia. Ocorre que estes agrotóxicos são proibidos nos países exportadores para proteção da saúde humana de suas populações e para que o meio ambiente não seja impactado.

Tuncak destacou suas preocupações com a exportação produtos químicos e de agrotóxicos proibidos nos domínios de países exportadores como Dinamarca, Alemanha, Reino Unido Suíça.

Tuncak disse – em uma declaração endossada por 35 de seus colegas especialistas no Conselho de Direitos Humanos da ONU – que as nações mais ricas muitas vezes criam "padrões duplos" para permitir o comércio e o uso de agrotóxicos proibidos em outros países nos quais as regulamentações são menos rigorosas.


Modificado em 20-7-2020 em 20:51

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Nos domínios da União Europeia (UE), posteriormente ao relatório da ONU sobre os agrotóxicos, a proibição aos agrotóxicos neonicotinóides se tornou mais rigorosa. Conforme a notícia Protecting bees: EU set to completely ban outdoor use of pesticides harmful to bees do Daily News da Comissão Europeia de 27 de abril de 2018, os representantes dos Estados-membros do Comitê Permanente apoiaram a proposta da Comissão Europeia de restringir ainda mais a utilização de três agrotóxicos neonicotinoídes — imidaclopride, clotianidina e tiametoxame —, contra os quais uma revisão científica concluiu que seus usos são nocivos às abelhas. Para a Comissão Europeia, a proteção das abelhas é uma questão importante, uma vez que diz respeito à biodiversidade, à produção alimentar e ao meio ambiente.
As restrições acordadas em 27 de abril vão além das medidas já em vigor desde 2013, conforme o Regulamento (UE) 485/2013. O uso externo dos agrotóxicos imidaclopride, clotianidina e tiametoxame será proibido e só poderão ser usados em estufas permanentes sem contato com as abelhas. O Comissário responsável pela Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, congratulou-se com esta votação, sublinhando que "a Comissão propusera estas medidas há meses, com base no parecer científico da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos. Para mim, a proteção das abelhas continua a ser de importância capital, à biodiversidade, à produção de alimentos e ao meio ambiente".
Nas próximas semanas a Comissão Europeia adotará o regulamento que banirá completamente o uso externo dos agrotóxicos neonicotinóides imidaclopride, clotianidina e tiametoxame. Disponíveis em Current status of the neonicotinoids in the EU todas as informações sobre como a União Europeia (UE) regulamenta em seu território o uso de agrotóxicos neonicotinóides.
Sobre a restrição aos agrotóxicos neonicotinóides na UE, leia mais em União Europeia (UE) proibirá totalmente o uso externo de três agrotóxicos neonicotinóides [O uso externo será totalmente proibido e os agrotóxicos neonicotinóides imidaclopride, clotianidina e tiametoxame só poderão ser usados em estufas permanentes sem contato com as abelhas]

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15-7-2020 - Por trás do alimento & Lobby usa pesquisa não concluída para pressionar Anvisa sobre agrotóxico proibido [Produtores de soja e de agrotóxicos financiam pesquisas sobre o paraquate e tentam reverter a proibição antes mesmo de apresentar os resultados. MPF teve que interferir de encontros da indústria na agência reguladora. Na reta final para a proibição de um dos agrotóxicos mais letais do mundo, o paraquate, a indústria aumentou para a potência máxima o lobby em sua defesa no Brasil. Ele passa a ser banido em setembro deste ano, segundo resolução da Anvisa publicada em 2017 e ancorada em evidências de que a exposição ao produto pode gerar mutações genéticas e a doença de Parkinson. Agrotóxico largamente utilizado nas plantações de soja, basta um gole para tirar a vida. Foi criado pela Syngenta, empresa de origem suíça recentemente comprada por um grupo chinês, mas está banido em toda a União Europeia e na China, onde é produzido apenas para exportação. A artilharia em defesa do produto é robusta. Desde sua proibição em 2017, foram mais de vinte reuniões na Anvisa com as maiores multinacionais do setor, como a Syngenta, e representantes dos maiores exportadores do Brasil, como a Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja). A agenda, compilada pela Repórter Brasil e Agência Pública, revela a coincidência entre as reuniões e algumas das principais decisões da agência reguladora. A frente financia pesquisas, ações na justiça, faz lobby nos ministérios e Congresso. Neste momento, os atores estão alinhados em torno de um argumento central: a proibição deve ser adiada até que novos estudos fiquem prontos. Estudos financiados pela indústria que fabrica e lucra com o paraquate. (...)]
15-7-2020 - Repórter Brasil & Linha do Tempo: lobby pelo paraquate na Anvisa [Veja o histórico completo de mudanças sobre o agrotóxico dentro da linha do tempo com as reuniões feitas com diretores da Anvisa de acordo com a agenda oficial da agência. 08/10/15 Consulta públic - Anvisa publica balanço da consulta pública sobre a proibição do paraquate que recebeu mais de 2.800 contribuições. 21/09/17 Proibição do paraquate - Anvisa publica resolução nº 177 que proíbe o Paraquate a partir de 22 de setembro de 2020 e fixa regras de transição para reduzir os riscos da aplicação no período. Entre elas, fica proibido o uso para dessecagem. 05/10/17 Anvisa recebe Syngenta - Representantes da Syngenta se reúnem como o diretor Renato Porto para tratar dos termos da resolução que proíbe o Paraquate. PARTICIPANTES: Valdemar Fischer, diretor-geral da Syngenta América Latina; Laércio Giampani, presidente da empresa no Brasil; e Rafael Arantes, gerente de Assuntos Corporativo. (...)]
13-7-2020 - EcoDebate & Agrotóxicos e Saúde, o veneno à nossa mesa [(...) Devemos nos perguntar qual é o real custo social, ambiental e de saúde desta grande produção 'aditivada' com agroquímicos. Quem arca com as consequências e quem realmente paga por isto? (...) O imenso volume de herbicidas aplicados no Brasil contaminam os solos, os mananciais e até mesmo o aqüífero Guarani. A contaminação dos mananciais e aquíferos também chegará até nós pela água que bebemos e pelos produtos agrícolas irrigados com a água contaminada. Até mesmo os produtos orgânicos podem ser contaminados indiretamente, como é o caso dos antibióticos usados em animais e que são absorvidos pelas hortaliças cultivadas em solo adubado com resíduos animais. A agricultura orgânica é intensa utilizadora da adubação orgânica. Como já havia ocorrido com o tomate, a batata, o figo e o morango, também a uva recebe grandes doses de agrotóxicos. Uma pesquisa da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sobre o efeito de agrotóxicos em vinicultores do Rio Grande do Sul revelou altos índices de intoxicação. A intensa utilização de agrotóxicos no Brasil é ainda mais irresponsável do que nos EUA e na Europa. Um primeiro lugar porque, no Brasil, importamos agrotóxicos proibidos nos próprios países onde são produzidos. Aqui voltou à minha questão inicial: qual é o real custo social, ambiental e de saúde desta grande produção 'aditivada' com agroquímicos? Quem arca com as consequências e quem realmente paga por isto? (...)]
10-7-2020 - The Guardian & Brussels failing to protect bees, says watchdog [EU loopholes allow use of banned pesticides known to be major killers of key species. Bees and other wild pollinators are not being protected from decline by the EU, with loopholes even allowing for the use of banned pesticides known to be major killers of key species. A report from the European court of auditors has found that Brussels’ efforts to prevent the decline of bees, wasps, hoverflies, butterflies, moths, and beetles have been largely ineffective. Just one full-time official within the European commission has been tasked with working on an EU “pollinators initiative” launched with great fanfare two years ago. The number of hours of work dedicated to combating the impact of pesticides equated to a second full-time equivalent, the watchdog has reported. (...)]
9-7-2020 - G1 & Governo autoriza o registro de 21 princípios ativos genéricos usados na formulação de novos agrotóxicos [Produtos serão utilizados como matéria-prima para o desenvolvimento de pesticidas para os agricultores. São 197 registros até agora neste ano. O Ministério da Agricultura liberou nesta quinta-feira (9) o registro de mais 21 agrotóxicos para utilização industrial, ou seja, produtos que serão usados como matéria-prima na elaboração de pesticidas para os agricultores. Já são 197 registros anunciados neste ano (leia mais abaixo).Todos os princípios ativos liberados são genéricos de pesticidas já autorizados no país. Entre os produtos listados, chama atenção a liberação de 6 registros para o dicamba, um herbicida que teve a comercialização suspensa nos Estados Unidos por matar lavouras vizinhas.Este produto está tentando substituir o glifosato (o agrotóxico mais vendido no mundo) na produção da soja transgênica americana. No Brasil, produtores reclamam do pesticida e pedem para que não se use essa tecnologia no país. (...)]
9-7-2020 - Reuters & Brazil OKs agrochemicals with weed killer dicamba, banned in the U.S [Brazil’s Ministry of Agriculture approved several agriculture products that use the chemical dicamba, a weed killer whose use has been blocked by a court in the United States, according to a notice in the government gazette on Thursday. The ministry approved the registry for six dicamba products from Bayer’s Monsanto and several smaller Brazilian companies, according to the notice. (...)]
29-6-2020 - Repórter Brasil & Para combater nuvem de gafanhotos, governo libera mais usos para agrotóxicos [Ministério da Agricultura autorizou a importação de agrotóxicos não aprovados para certas culturas, mas ainda não definiu quais. Inseticidas usados por outros países para combater os gafanhotos também são fatais para abelhas e outros insetos]
24-6-2020 - Brasil de Fato & O que a nuvem de gafanhotos que pode chegar ao Brasil tem a ver com o agronegócio? [Ambientalista alerta para o desequilíbrio ecológico associado ao sumiço dos controles naturais e mudanças climáticas]
24-6-2020 - Sustainable Pulse & Bayer Settles Glyphosate Cancer Lawsuits for $10.9 Billion [Bayer-Monsanto have announced that the company will make a total payment of $10.1 billion to $10.9 billion (€9.1 billion to €9.8 billion) to settle the non-Hodgkin's Lymphoma Roundup litigation in the U.S.. Roundup is the most sold glyphosate-based herbicide in the world. The settlement covers approximately 75% of the current Roundup litigation involving approximately 125,000 filed and unfiled claims overall. Bayer also settled Wednesday the recent dicamba drift litigation for payment of up to $400 million and a portion of the PCB water litigation exposure for payment of approximately $820 million. Bayer-Monsanto will make a payment of $8.8 billion to $9.6 billion to resolve the current Roundup litigation, including an allowance expected to cover unresolved claims, and $1.25 billion to support a separate class agreement to address potential future litigation. The Roundup class agreement will be subject to approval by Judge Vince Chhabria of the U.S. District Court for the Northern District of California. The resolutions were approved unanimously by Bayer's Board of Management and Supervisory Board with input from its Special Litigation Committee. "The Roundup agreements are designed as a constructive and reasonable resolution to a unique litigation," said Kenneth R. Feinberg, court-appointed mediator for the settlement talks. (...)]
24-6-2020 - El País & Bayer aceita pagar 10,9 bilhões de dólares às vítimas do herbicida Roundup [Gigante alemã encerra definitivamente dezenas de milhares de processos pelo pesticida da Monsanto, após passar anos negando que ele cause câncer. A Bayer, gigante alemão do setor químico, aceitou um acordo para pagar 10,9 bilhões de dólares (58 bilhões de reais) para arquivar dezenas de milhares de ações judiciais relativas a casos de câncer supostamente provocados por um de seus pesticidas. A empresa calcula que o acordo afeta 75% dos atuais queixosos, estimados em 125.000, e 95% dos casos que chegariam a julgamento. Em apenas dois anos, as ações contra o herbicida Roundup deixaram de ser uma mera curiosidade em um tribunal de San Francisco para se tornar uma confusão jurídica que ameaçava derrubar o valor de mercado da Bayer. Nesse período, foram se acumulando precedentes que indicavam um risco importante para a Bayer caso ela insistisse em continuar lutando para defender a segurança de seus pesticidas. No centro do caso se encontra o glifosato, o princípio ativo dos pesticidas Roundup e Ranger Pro. O primeiro é o pesticida de uso comum mais vendido do mundo. O glifosato foi desenvolvido pela Monsanto na década de 1970. Não existem provas definitivas de que esse herbicida provoque câncer ―autoridades reguladoras dos EUA e Europa consideram que o produto é seguro, tal como está etiquetado. Entretanto, em 2015 a Organização Mundial da Saúde concluiu que era “provavelmente cancerígeno”. Os júris que já condenaram a Monsanto têm acatado a premissa de que a empresa ocultou os riscos do produto, embora não esteja totalmente provada sua relação direta com o câncer. (...)]


23-6-2020 - Canal Rural & Soja: veto da Tailândia a agrotóxicos pode prejudicar exportação [Para presidente da Aprosoja Brasil, a medida do país asiático deve ser revista, pois é um "tiro no pé"; entenda o impasse. A Tailândia quer vetar a importação de produtos alimentícios com resíduos de agrotóxicos proibidos no país. De acordo com reportagem do Uol, o país asiático adicionou o pesticida paraquat e o inseticida clorpirifós à lista de substâncias mais perigosas em 1º de junho, citando a necessidade de proteger a saúde humana. Com isso, a decisão pode afetar as exportações de soja e trigo do Brasil e dos Estados Unidos, avaliadas em mais de US$ 1 bilhão por ano, e gerar um conflito diplomático. (...)]
23-6-2020 - Notícias Agrícolas & Europa ameaça investimentos no BR em dia que país lança plano para agricultura sustentável [A imprensa internacional deu destaque nesta terça-feira (23) a uma campanha entre investidores contra o Brasil se valendo no discurso do desmatamento da Amazônia. A ameaça foi repercutida por grandes nomes da mídia mundial como o Financial Times, The New York Times, The Washigton Post, Bloomberg, MercoPress. De acordo com os veículos, um documento assinado por 29 empresas, entre elas a maioria europeia, foi enviado a embaixadores brasileiros expressando sua preocupação com o aumento do desmatamento ilegal da Amazônia. Entre as instituições, que gestam um fundo de US$ 3,75 trilhões em investimentos, estão a Legal & General Investment Management Ltd, a Sumitomo Mitsui Trust Asset Management e a NN Investment Partners. Na sequência, imagens dos jornais internacionais mostram as manchetes. (...)]
21-6-2020 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & As abrangentes estratégias F2F e BDS da Comissão Europeia [Através do seu ambicioso Pacto Ecológico Europeu a Comissão almeja na União Europeia (UE) um sistema alimentar saudável e sustentável. Esta não é uma boa notícia para os países exportadores de produtos agrícolas para a UE que dependem fortemente do uso de agrotóxicos]


21-6-2020 - Rede Brasil Atual & Entidades latino-americanas pedem à OEA ações de proteção às abelhas [As 219 entidades querem que a Organização recomende medidas urgentes em relação aos agrotóxicos envolvidos na morte de colmeias]


11-6-2020 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Os Insetos estão em declínio global devido às monoculturas industriais [O uso pesado de agrotóxicos nas monoculturas industriais dizima os insetos polinizadores e ameaça a produção de alimentos — já que 75% dos cultivos agrícolas mais importantes dependem dos insetos polinizadores]
5-6-2020 - Brasil de Fato & Empresas alemãs usam Brasil como "depósito" de agrotóxicos proibidos na Europa [Estudo do Greenpeace reforça denuncia de que pesticidas comercializados por Bayer e Basf exterminam abelhas brasileiras. Enquanto grande parte dos países da União Europeia proíbem a venda de substâncias altamente nocivas à saúde humana e, principalmente, ao meio ambiente, o Brasil se consolida como terreno fértil para o lucro de grandes empresas estrangeiras. É o que evidencia estudo do Greenpeace Alemanha, divulgado nessa sexta-feira (5) em razão do Dia Mundial do Meio Ambiente. Segundo a organização, mais da metade dos agrotóxicos vendidos ao Brasil por multinacionais como Bayer e Basf são classificados como extremamente perigosos no continente europeu. (...) "A maior parte das substâncias usadas aqui estão proibidas lá fora por questão de nocividade. [As empresas] Não têm lugar para vender lá, mas têm um estoque e ainda podem produzir pra vender aqui. Isso é muito lucrativo. O Brasil virou um depósito de lixo tóxico que não pode ser vendido lá, mas pode ser vendido aqui", denuncia. De acordo com Lacôrte, as organizações europeias que são contra a exportação dos venenos, a exemplo do Greenpeace Alemanha, têm usado o conceito do padrão-duplo. "Por que uma criança europeia não pode entrar em contato com o Clorpirifós, que tem impacto na redução do Q.I de crianças, mas uma criança brasileira pode? Qual o risco que eles não podem correr lá, que aqui podemos correr?", questiona a ativista ambienta. "Não existe uso completamente seguro de agrotóxicos. Não existe", reitera.  (...)]
3-6-2020 - Center for Biologicval Diversity & Federal Court Holds Dicamba Pesticide Unlawful, Citing Unprecedented Drift Damage to Millions of Acres [Trump Administration's Approval to Spray Dicamba on Soy, Cotton Rejected by Court. The U.S. Court of Appeals for the 9th Circuit today ruled that the Trump administration wrongly approved Monsanto's pesticide dicamba for use on genetically engineered soy and cotton – a decision that makes the sale and use of the pesticide illegal. The 56-page opinion held the Environmental Protection Agency’s 2018 registration of the dicamba formulas unlawful because it "substantially understated risks that it acknowledged and failed entirely to acknowledge other risks." Over 25 million pounds of the dicamba formulas were set to be sprayed again this summer using the now-unlawful pesticides."Today's decision is a massive win for farmers and the environment," said George Kimbrell of the Center for Food Safety, lead counsel in the case. "It is good to be reminded that corporations like Monsanto and the Trump Administration cannot escape the rule of law, particularly at a time of crisis like this. Their day of reckoning has arrived." (...)]
14-5-2020 - Rede Brasil Atual & Governo Bolsonaro libera mais agrotóxicos e ‘acelera tragédias enquanto agoniza’ [Pesquisadora Larissa Mies Bombardi chama de “oportunismo sem precedente” a ‘MP da Grilagem’ enquanto a covid-19 cresce, sobretudo nos estados sem saneamento básico. Para a pesquisadora Larissa Mies Bombardi, o governo Bolsonaro está aproveitando os olhares centrados na tragédia do novo coronavírus para "tornar lei o que é contestável". Desde março, o Ministério da Agricultura aprovou mais 118 novos agrotóxicos, de acordo com levantamento da Agência Pública com a Repórter Brasil. A pasta ainda analisa a liberação de outro 216 produtos, já que o processo não foi interrompido durante o enfrentamento da maior crise sanitária dos últimos 102 anos. Ao contrário, o governo federal incluiu a atividade no grupo dos "serviços essenciais". No ano passado, 475 agrotóxicos tiveram registro liberado, recorde histórico. Nesta semana, a bancada ruralista – que apoia o governo – tentou passar na Câmara a Medida Provisória 910. Apelidado de MP da grilagem, o projeto altera regras de regularização fundiária que beneficiariam o setor. "Eu diria que isso é um oportunismo sem precedentes. Não é hora da gente discutir isso. É hora da gente cuidar da pandemia", criticou Larissa, professora da Universidade de São Paulo (USP), especialista em agrotóxicos e autora do Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia, em entrevista à Rádio Brasil Atual. (...)”
14-5-2020 – Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) & Sentença garante manutenção de limites para aplicação de agrotóxicos [A fixação de distâncias mínimas para a aplicação de agrotóxicos em áreas do Paraná com cursos d’água (rios, córregos e nascentes), núcleos populacionais, habitações, moradias isoladas, escolas, locais de recreação e culturas suscetíveis a danos foi garantida nesta semana, a partir de sentença judicial favorável a ação ajuizada pelo Ministério Público do Paraná. Com isso, na prática, o estado volta a ter uma faixa de amortecimento de partículas de agrotóxicos derivados das aplicações em lavouras, com consequente redução de danos à vida das pessoas e dos animais e também ao meio ambiente. A sentença favorável à ação civil pública ajuizado pelo MPPR, por meio da regional de Curitiba do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema) e da Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente da Capital, foi concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. Na ação, o Ministério Público pleiteou a declaração de nulidade de resolução conjunta de órgãos do governo estadual que revogava a Resolução 22/1985, da extinta Secretaria de Interior, a qual restringe a aplicação de agrotóxicos no estado. (...)]
13-5-2020 – Repórter Brasil & 118 agrotóxicos são aprovados durante a pandemia, liberação é ‘serviço essencial’ [Entre os novos produtos liberados estão agrotóxicos que serão reavaliados pela Anvisa devido à suspeita de estarem relacionados a casos de câncer e problemas de desenvolvimento. Mesmo durante a quarentena, o Governo Federal continua a aprovar novos agrotóxicos para serem vendidos no mercado brasileiro. Desde março deste ano foram publicados o registro de 118 novos produtos, sendo 84 destinados para agricultores e 34 para a indústria. No mesmo período, as empresas produtoras de pesticidas solicitaram ao Ministério da Agricultura a liberação de mais 216 produtos, que estão sendo avaliados agora pelo governo. O número de aprovações foi maior do que o ocorrido no mesmo período de 2019, quando 80 produtos agrotóxicos tiveram o registro publicado. O ano passado conquistou recorde histórico de aprovações de agrotóxico, com 475 novos produtos sendo liberados. E 2020 segue o mesmo passo, com um total de 150 produtos recebendo registro desde o começo do ano.O processo de avaliação não será interrompido durante o enfrentamento à pandemia do Covid-19. De acordo com a Medida Provisória 926 e o Decreto 10.282, ambas de 20 de março, a prevenção, controle e erradicação de pragas e doenças, bem como as atividades de suporte e disponibilização dos insumos necessários à cadeia produtiva, que incluem os defensivos agrícolas, são consideradas atividades essenciais durante a pandemia e não devem ser interrompidas. (...)]
13-5-2020 – Repórter Brasil & Mistura de agrotóxicos na água continua sem controle, Fiocruz propõe regras mais rígidas [Brasil deveria seguir o padrão europeu para controle de agrotóxicos na água, sugere Fiocruz sobre novas regras do Ministério da Saúde. Fundação propõe número maior de substâncias a serem monitoradas, mais rigidez nos volumes permitidos e um sistema de alerta para a população. Nem todo mundo sabe, mesmo porque esses dados são pouco divulgados, mas a água que sai da nossa torneira pode carregar diversos agrotóxicos. Eles são carregados pelas chuvas e pelos rios para as redes de abastecimento das grandes cidades. São crescentes os estudos sobre os impactos para a saúde humana, já que os agrotóxicos não são barrados pelos filtros caseiros e são poucos os tratamentos disponíveis para as empresas de abastecimento de água. (...) Entre os agrotóxicos encontrados na água do Brasil, há aqueles classificados como "prováveis cancerígenos" pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e outros apontados pela União Europeia como causadores de disfunções endócrinas, como puberdade precoce e problemas reprodutivos. Além de não fixar um parâmetro de controle para a mistura, a revisão das regras também deixou passar a chance de incluir no monitoramento dois dos agrotóxicos mais utilizados no Brasil: o paraquate e o imidacloprido. Devido à sua alta toxicidade e risco à saúde humana, o paraquate está com data marcada para ser proibido, em setembro deste ano. Já o imidacloprido, um dos inseticidas suspeitos pelas mortes das abelhas, foi o agrotóxico mais encontrado nos alimentos testados pela Anvisa entre 2017 e 2018. Para evitar que substâncias assim cheguem também à nossa água, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou hoje documento recomendando mudanças para tornar esse controle mais rígido. "Consideramos a proposta do Ministério da Saúde um avanço em comparação à anterior, mas ela pode ser aprimorada", afirma a pesquisadora em saúde pública Aline Gurgel, vice coordenadora do grupo de trabalho sobre agrotóxicos na Fiocruz. (...)]
28-4-2020 - Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida & Banidos na Europa e bem-vindos no Brasil: novo estudo apresenta incoerências no comércio de agrotóxicos [Lançada nesta terça-feira (28), a publicação "Agrotóxicos Perigosos. Bayer e BASF – um negócio global com dois pesos e duas medidas" traz dados do Brasil e África do Sul (...)]
28-4-2020 - DW & ONGs pressionam Alemanha contra exportação de agrotóxicos proibidos para o Brasil [Relatório alerta para produtos da Bayer e da Basf que são restritos na Europa, mas vendidos em países como o Brasil, onde as duas empresas comercializam ao menos 24 agrotóxicos não permitidos na UE. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo em números absolutos, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e tem uma lista de 2.306 produtos formulados de agrotóxicos registrados para venda, de acordo com dados do sistema Agrofit, do Ministério da Agricultura. Dos 353 princípios ativos liberados no Brasil, quase metade são proibidos na União Europeia (UE). Um novo relatório revela que duas gigantes alemãs, Bayer e Basf, comercializam no Brasil ao menos 24 substâncias não permitidas na União Europeia (UE), sendo 12 delas classificadas como altamente tóxicas pela Pesticide Action Network (Rede de Ação contra Agrotóxicos, PAN na sigla em inglês). O levantamento, elaborado por um grupo de entidades da Alemanha, do Brasil e da África do Sul, foi divulgado nesta terça-feira (28/04), mesmo dia da assembleia anual de acionistas da Bayer, que este ano, pela primeira vez, é realizada online, devido à pandemia de covid-19. (...)]
27-4-2020 - Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida & Mais 16 agrotóxicos registrados hoje [Em meio à pandemia de coronavírus, confusão generalizada no governo federal, caos na saúde pública e colapso econômico, o Ministério da Agricultura segue a marcha do veneno. O Diário Oficial de hoje traz 16 novos registros. Com isso, já chega a 630 novos registros no governo Bolsonaro, sendo 167 só em 2020. Entre os registros de hoje, está o Dicamba, herbicida altamente volátil e que está ligado à nova geração de transgênicos. Nos EUA, aplicações de Dicamba nas lavouras transgênicas devastaram plantações vizinhas. Em fevereiro de 2020, um produtor de pêssegos foi indenizado em 265 milhões de dólares pela Bayer e pela BASF pelas perdas. Ele perdeu completamente um pomar de 400 hectares. Veja a planilha dos registros de agrotóxicos no governo Bolsonaro]
27-4-2020 - G1 & Governo autoriza o registro de 16 princípios ativos genéricos usados na formulação de novos agrotóxicos [Produtos serão utilizados como matéria-prima para o desenvolvimento de pesticidas para os agricultores. São 128 registros até agora neste ano.O Ministério da Agricultura liberou nesta segunda-feira (27) o registro de mais 16 agrotóxicos para utilização industrial, ou seja, produtos que serão usados como matéria-prima na elaboração de pesticidas para os agricultores. Já são 128 registros neste ano.(...)]
23-4-2020 - Agência Publica & Governadores renovam isenção de R$ 6 bi para agrotóxicos em meio à crise [Mesmo com falta de verbas para combater Coronavírus, secretários estaduais renovaram benefício bilionário no comércio de agrotóxicos; MT, SP e RS deixam de arrecadar 3 bi por ano. (...) Em meio a uma pandemia que gera demandas econômicas urgentes para os cofres públicos, governadores de todo o país decidiram prorrogar uma isenção fiscal que beneficia a venda de agrotóxicos. O acordo permite a desoneração de 30% a 60% do ICMS nas comercializações interestaduais de pesticidas e outros insumos agropecuários, o que significa que os governos estaduais deixam de arrecadar – e as empresas deixaram de pagar – mais de R$ 6,2 bilhões por ano, de acordo com estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Com esse valor, os estados poderiam comprar mais de 90 mil respiradores mecânicos, no valor de US$ 13 mil cada, como os que o Ministério da Saúde comprou no começo do mês. Ou, caso decidissem investir em testes rápidos, poderiam adquirir mais de 82 milhões de testes, no valor de R$ 75 cada. A decisão de prorrogar o benefício até o final de 2020 foi publicada na edição de ontem (23 de abril) do Diário Oficial da União. Para ser renovada, a medida precisava ser aprovada por unanimidade entre todos os secretários de Fazenda dos 26 Estados e do Distrito Federal, o que ocorreu. A isenção é regulada por um convênio construído dentro do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). (...)]


5-4-2020 - Bob Fernandes & Agro & Tóxico - Agroexportação: O Brasil perde R$ bilhões [Brasil abriu mão de sua soberania e de bilhões para incentivar o modelo agroexportador]

  
3-4-2020 – Rede Brasil Atual & Anvisa tentou mudar decisão sobre agrotóxico altamente venenoso [Na surdina, em meio à crise da covid-19, agência queria mudar resolução que proíbe o paraquate no Brasil em setembro. Produto é extremamente tóxico. Em meio à crise causada pela covid-19, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretendia fazer mudanças na resolução que estabelece cronograma de proibição do agrotóxico paraquate. Usado em diversas lavouras, especialmente na soja, pelo baixo custo, é classificado como extremamente tóxico à saúde humana. Ataca de maneira grave todos os tecidos do organismo. A intoxicação pode se dar por inalação ou ingestão. Para se ter ideia da periculosidade, a ingestão acidental de uma quantidade equivalente a uma colher de café é fatal. Provoca ainda mutações genéticas e degeneração no sistema nervoso central. Proibido em vários países, na União Europeia inclusive, deverá ser proibido no Brasil em 22 de setembro. Por meio da Resolução 177, de 21 de setembro de 2017, a Anvisa deu três anos de prazo para a liquidação dos estoques do veneno no país. No entanto, em tempo de liberação geral desses produtos no país – mais de 600 desde janeiro de 2019, muitos deles altamente tóxicos e proibidos em outros países – houve a tentativa de alterações nessa resolução, muito provavelmente para estender o prazo para as vendas de paraquate no país. De acordo com o Ministério Público Federal em Dourados (MS), a Anvisa havia marcado reunião deliberativa com esse objetivo para o último dia 31. E sem divulgar previamente a minuta da proposta de alteração no site da agência, como é costume – o que para o MPF constitui ilegalidade. (...)]
3-4-2020 - G1 & Governo libera o registro de 44 agrotóxicos genéricos e 2 biológicos inéditos para uso dos agricultores [Dos genéricos, 27 são pesticidas químicos e 17 são produtos biológicos, normalmente utilizados na produção orgânica. São 112 registros no ano. O Ministério da Agricultura publicou nesta sexta-feira (3) a liberação de mais 46 agrotóxicos para o uso dos agricultores. Na semana passada, o governo havia autorizado outros 18 pesticidas para que a indústria possa formular novos produtos. Na soma, são 112 novas autorizações neste ano. (...)]
2-4-2020 - Ministério Público Federal (MPF) & MPF impede deliberação da Anvisa sobre agrotóxico letal, sem fundamentos científicos, durante a pandemia da covid-19 [Ação do MPF impediu mudança de norma que proíbe o produto Paraquate no país. "Um pequeno gole de Paraquate pode matar, o Paraquate pode causar Mal de Parkinson e mutações genéticas. Evite ao máximo o contato com o produto". O agrotóxico Paraquate é utilizado na secagem do pé de soja, o que facilita a colheita. Ele é tão perigoso que, junto com o produto, há um termo que o comprador assina, em que assume os riscos do uso. Por isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) agendou a proibição do Paraquate em todo o país para 22 de setembro deste ano. Estarão proibidas a produção, a importação, a comercialização e a utilização de produtos técnicos e formulados à base do ingrediente ativo Paraquate. No entanto, a Anvisa tentou mudar a própria Resolução RDC n. 177/2017, que proibiu o Paraquate, e marcou reunião deliberativa para essa quarta-feira (31), com este objetivo. A minuta da proposta sequer foi divulgada no site da Anvisa, como é costume. A Procuradoria da República em Dourados (MS) acusou ilegalidade na tentativa, que só poderia ser realizada com a apresentação de "novas evidências científicas que excluam o potencial mutagênico do Paraquate em células germinativas", o que deveria ser comprovado com a apresentação de “estudos de mutagenicidade e estudos de biomonitoramento." (...)]
2-4-2020 - Repórter Brasil & Com esquizofrenia e epilepsia, agricultor mostra evidências sobre o efeito de agrotóxico em sua saúde [Pelos efeitos do Round Up, feito à base de glifosato, Monsanto perdeu processo em primeira instância, mas recorreu e foi absolvida. Sebastião Bernardo da Silva mostra dez laudos médicos indicando que suas doenças são sequelas da exposição ao agrotóxico. Depois de passar cinco anos aplicando o glifosato em sua pequena lavoura de café, o agricultor Sebastião Bernardo da Silva desenvolveu um quadro de epilepsia e esquizofrenia que, segundo perícias feitas por um neurocirurgião, foi consequência à exposição ao agrotóxico. Com laudos médicos atestando que suas doenças eram sequelas da intoxicação, o pequeno agricultor obteve uma rara conquista judicial contra a gigante Monsanto em 2009. Mas sua vitória durou pouco. A empresa recorreu e ganhou em segunda e em terceira instância com argumento de que o caso estava prescrito. Hoje, aos 68 anos de idade, Sebastião mora em Vitória, capital do Espírito Santo, longe das terras que cultivou durante quatro décadas. Aposentado e sofrendo com um delicado quadro de saúde, ele manda um recado para outros produtores que seguem aplicando o glifosato: "Não usaria de novo nem que me pagassem. Quando não mata a pessoa na hora, ele mata aos poucos", afirma. (...)] 
1-4-2020 - Consultor Jurídico (Conjur) & Lewandowski suspende portaria que permitia registro automático de agrotóxicos [(...) Portaria problemática - Dentre outros pontos, a portaria estabelece prazos para aprovação de agrotóxicos e fertilizantes. Caso o prazo estabelecido seja ultrapassado, haveria a aprovação tácita. O prazo para a manifestação da autoridade sobre o registro de fertilizantes é de 180 dias. Para aprovação automática de agrotóxicos e afins, o prazo é de 60 dias. Lewandowski já havia sinalizado seu entendimento contra a portaria. Em seu voto, citou pesquisas científicas recentes com conclusões "absolutamente alarmantes": "todos os casos notificados no Ministério da Saúde, entre os anos de 2007 a 2014, somados, contabilizaram mais de 25 mil intoxicações por defensivos agrícolas, o que representa uma média de 3.215 por ano ou oito intoxicações diárias", apontou. Na decisão desta quarta, o ministro diz que "situações excepcionais exigem soluções excepcionais". "Placitar uma liberação indiscriminada, tal como se pretende por meio da portaria impugnada, a meu ver, contribuiria para aumentar ainda mais o caos que se instaurou em nosso sistema público de saúde, já altamente sobrecarregado com a pandemia que grassa sem controle." Clique aqui para ler o voto de Lewandowski Clique aqui para ler a decisão ADPF 656]
1-4-2020 - Sputnik & Autorização automática para uso de agrotóxicos é 'sabotagem da saúde pública', diz especialista [O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, suspendeu nesta quarta-feira uma portaria do Ministério da Agricultura que previa a liberação tácita do uso de agrotóxicos antes de serem feitos estudos técnicos sobre os riscos à saúde. Lewandowski declarou que "não é possível admitir-se a liberação tácita de agrotóxicos e produtos químicos sem uma análise aprofundada, de cada caso, por parte das autoridades de vigilância ambiental e sanitária". "Placitar uma liberação indiscriminada, tal como se pretende por meio da portaria impugnada, a meu ver, contribuiria para aumentar ainda mais o caos que se instaurou em nosso sistema público de saúde, já altamente sobrecarregado com a pandemia que grassa sem controle", disse o ministro. O ambientalista e diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, em entrevista à Sputnik Brasil, disse que o enfraquecimento no controle de novos agrotóxicos e fertilizantes se deve a uma "lógica de mercado muito cruel e perversa" para poder baixar os preços desses produtos. (...)] 
11-3-2020 & Instituto Humanitas Unisinos (IHU) & Aprovação automática de agrotóxicos em 60 dias visa aumentar o lucro e a produtividade. Entrevista especial com Wanderlei Pignati [Segundo o médico, política de liberação de agrotóxicos está voltada para o desenvolvimento econômico e desconsidera as implicações dessas substâncias na saúde] (...) Wanderlei Pignati – Mais uma vez o Mapa está passando por cima da lei. A Lei dos Agrotóxicos, nº 7.802/89, ou a própria regulamentação, Decreto 4.074, de 2002, determinam que o registro, a autorização e a modificação de um agrotóxico, isto é, se ele pode ser utilizado em uma planta ou em outra, depende do parecer dos três ministérios: o Ministério da Saúde, via Anvisa, o Ministério do Meio Ambiente, via Ibama e o Ministério da Agricultura, através da Secretaria de Defesa Agropecuária. Portanto, essa portaria está extrapolando a lei, assim como extrapolou-se a lei entre o ano passado e este ano, autorizando-se a liberação de mais de 500 tipos de agrotóxicos somente com parecer do Mapa. Quem determinou este prazo de 60 dias? A lei não determina prazo de 60 dias; é o Mapa que está dando este prazo. Além de extrapolar a lei, o Mapa está estabelecendo um prazo para que o agrotóxico seja vendido no comércio independentemente de ser cancerígeno, neurotóxico, causar problemas de imunidade, problemas em animais, como estamos observando no caso das abelhas no Rio Grande do Sul, problemas para os micro-organismos do solo etc. Isso é um crime ambiental e um crime em relação à saúde humana. (...)]
10-3-2020 - Rede Brasil Atual & Atacado por Bolsonaro, meio ambiente pode ser vítima também do Congresso [Licenciamento ambiental, Fundão Salles, grilagem de terras e Pacote do Veneno são temas de projetos de lei e medidas provisórias que aguardam votação. (...) Agrotóxicos - PL 6.299/2002 – mais conhecido como PL ou Pacote do Veneno está pronto para votação desde 2018. Entre as alterações, retira o Ibama, do Meio Ambiente, e a Anvisa, do Ministério da Saúde, do processo de liberação desses produtos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) teria prerrogativa exclusiva. Além disso flexibiliza o grau de toxicidade, introduz o termo pesticida em substituição a agrotóxico, que passa a ser banido. Há também o PL 6.670/2016, que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pnara). Desestimula economicamente o uso desses produtos e promove sistemas de produção sem químicos e transgênicos. Mas este projeto não é de interesse do agronegócio que financia a poderosa bancada ruralista. (...)]
9-3-2020 - G1 & Mulheres Sem Terra ocupam Ministério da Agricultura em protesto contra liberação de agrotóxicos [Grupo está na capital para Jornada Nacional de Lutas. G1 aguarda posicionamento do governo federal]
9-3-2020 - Brasil de Fato & Mulheres do MST ocupam Ministério da Agricultura em Brasília [A ação visa denunciar as políticas do governo Bolsonaro em relação à economia, terra e agricultura (...) "Enfurecidas, em luta, em defesa dos nossos territórios. da nossa biodiversidade, dos direitos conquistados pela classe trabalhadora, denunciamos a aliança mortífera e destrutiva entre o governo Bolsonaro e o capital internacional imperialista que tem produzido violência", gritaram as mulheres sem terra ao ocuparem o prédio na Esplanada dos Ministérios. "O objetivo dessa ação de ocupação  é denunciar o projeto de morte que está por trás desse órgão federal. Hoje o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] está subordinado ao Ministério da Agricultura e este ministério é o maior responsável pelo envenenamento de toda a população brasileira. Os agrotóxicos estão sendo jogados na mesa do povo e nós viemos aqui denunciar isso", explica Kelly Mafort da coordenação nacional do MST. Segundo o Ministério da Agricultura, foram liberados 474 agrotóxicos em 2019, a maior liberação dos últimos 15 anos. (...)]
7-3-2020 - A Gazeta & Aposentado mostra pilha gigante de remédios após contaminação por agrotóxico no ES [Sebastião Bernardo da Silva diz já ter tomado mais de 100 mil comprimidos para tratar doenças desde 1997. Ele deixou a lavoura, em Boa Esperança, e passou a morar em Vitória]


6-3-2020 – OutrasPalavras & Indústria de venenos usa STF para crescer [Por meio de "litigância estratégica", empresas tentam derrubar leis municipais e estaduais para ampliar uso de agrotóxicos. De 64 casos, ganharam 19. Leia também: uma impressionante investigação sobre violência obstétrica na América Latina (...) RUIM PARA A SAÚDE, BOM PARA AS EMPRESAS - Desde a década 90, empresas e entidades de classe recorrem ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar ou flexibilizar leis aprovadas em municípios e estados com o objetivo de proteger o meio ambiente e a saúde humana do uso dos agrotóxicos. O projeto Por trás do alimento, tocado pela Agência Pública e Repórter Brasilfoi atrás desses processos judiciais e descobriu 64 ações do gênero. E uma empresa multinacional, a Corteva Agriscience (por aqui ainda conhecida pelo nome antigo, Dow Agrosciences) foi responsável pela maioria delas: 34. Esse tipo de iniciativa é conhecido no meio jurídico como litigância estratégica – usada também por outros atores, como ONGs, para avançar em questões de direitos humanos, por exemplo. "Essas empresas atuam no sentido contrário, com o objetivo de provocar o judiciário para rever, deslegitimar e invalidar conquistas sociais, reduzindo assim o campo de debate, que deveria estar na sociedade, e passa para uma cúpula muito específica", contextualizou Talita Furtado, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, à reportagem. (...)]


6-3-2020 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & O agrotóxico glifosato no Paraná [Mais de 42.700 pessoas entraram com ações judiciais nos tribunais dos EUA nas quais alegam que a exposição ao glifosato fez com que desenvolvessem linfoma não-Hodgkin e que seu fabricante teria "encoberto" este risco; não obstante, o Governo Ratinho Junior mantém 74 cadastros que autorizam o comércio e uso de 74 agrotóxicos à base de glifosato]


5-3-2020 – Repórter Brasil & Antiga Dow é campeã em acionar Justiça para flexibilizar controle de agrotóxicos [Levantamento inédito de ações no STF mostra que a empresa americana, que hoje se chama Corteva Agriscience, foi parte em 36 das 64 ações sobre agrotóxicos (...) Em Mamborê,  na região de Campo Mourão, a Lei municipal 41/1997 buscava limitar o uso da substância no perímetro urbano. Mas a Dow agiu rápido, impetrando mais de 50 processos na justiça estadual que argumentavam não ser de competência municipal legislar sobre questões do meio ambiente. Depois de ganhar na primeira e segunda instâncias, em 2004, a empresa foi autorizada a utilizar, comercializar e distribuir o herbicida. Quatro anos depois, o Ministério Público do Paraná levou o caso para o STF e, em março de 2011, o ministro Ricardo Lewandowski acompanhou a decisão estadual e liberou o comércio de vez, argumentando que não pode um município "restringir ou ampliar aquilo que foi estabelecido nas normas editadas pelos demais entes, sob pena de violação do próprio princípio federativo." (...)]
5-3-2020 – Agência Pública & Antiga Dow Agrosciences é campeã em acionar Justiça para flexibilizar controle de agrotóxicos [Levantamento inédito de ações no STF mostra que a empresa americana, que hoje se chama Corteva Agriscience, foi parte em 36 das 64 ações sobre agrotóxico (...) Com ações iniciadas, principalmente, na região sul do país, a Dow vem conseguindo a flexibilização de leis que proíbem ou restringem o uso da molécula 2,4-D, o segundo ingrediente ativo mais vendida em 2018, conforme dados do Ibama. A Dow possui oito produtos a base dessa substância, sendo que 60% são classificados pela Anvisa como muito ou altamente perigosos ao meio ambiente. Foi o que aconteceu em relação a três municípios no Paraná – Barbosa Ferraz, Itambé e Mamborê – e em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. Em todos os casos, as autoridades municipais haviam aprovado leis que proibiam ou restringiam o uso da molécula 2,4-D. Foram 36 ações em que a Dow foi parte do processo entre os anos de 2006 e 2019. Em 19 processos (53%), o STF julgou que limitar o comércio ou aplicação de agrotóxicos seria constitucional, e em 17 (47%) decidiu pela inconstitucionalidade das normas]
5-3-2020 – Por trás do alimento & Antiga Dow Agrosciences é campeã em acionar Justiça para flexibilizar controle de agrotóxicos [Levantamento inédito de ações no STF mostra que a empresa americana, que hoje se chama Corteva Agriscience, foi parte em 36 das 64 ações sobre agrotóxicos (...) Sétima empresa do setor com maior número de registros de produtos agrotóxicos no país – 97 ao todo – a Dow Agrosciences Industrial LTDA, subsidiária do grupo americano Corteva Agriscience, ex-Dow Agrosciences, recorre constantemente à Justiça para flexibilizar leis que procuram controlar o uso de pesticidas. É o que revela um levantamento feito pela Agência Pública e Repórter Brasil com base nos processos do Supremo Tribunal Federal. Dentre as 64 ações sobre o tema identificadas no STF desde os anos 1990, a Dow é responsável por 36, ou seja, 56%. Conhecida como "litigância estratégica", a tática utilizada pela Dow no Brasil é conhecida no mercado como uma maneira de alterar a jurisprudência e criar precedentes para beneficiar a indústria. O docente da Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutor em Direito, Nestor Santiago, explica que a estratégia, embora seja muito utilizada na área de direitos humanos – neste caso, o objetivo é avançar teses que beneficiam comunidades – hoje também é uma realidade em setores como o agronegócio e construção civil . "Por se tratar de uma estratégia de advocacy, e que utiliza-se inclusive de lobby perante o Legislativo e o Judiciário, a litigância estratégica tem que contar com uma estratégia de comunicação muito efetiva, a fim de angariar apoio e empatia da sociedade", explica Santiago. (...)]
4-3-2020 – Rede Brasil Atual & Agrotóxicos: Pacote do Veneno avança no governo Bolsonaro [Liberação de 551 novos produtos, rebaixamento da toxicidade e a recente adoção da aprovação automática. Tudo indica o desmonte da legislação e o congelamento de uma política de redução do uso e de taxação de agrotóxicos conforme a periculosidade (...) Chefiado pela ministra Tereza Cristina – a "musa do veneno" –, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (2) a liberação de mais 14 agrotóxicos. A lista traz ainda dois outros produtos de ação biológica, totalizando 16 defensivos, como preferem os ruralistas. Desde que Jair Bolsonaro e sua ministra tomaram posse, já foram liberados um total de 551. É como se a cada dia de governo eles dessem sinal verde para a comercialização de mais de um novo produto. "Esses 16 são um prenúncio de que vão aprovar muito veneno novo em 2020", avalia Marcos Pedlowski, professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que criou uma espécie de observatório da liberação de agrotóxicos no atual governo. Outra avaliação é que a maioria dos produtores favorecidos pela liberação, muitos vinculados à associação CropLife, têm como fabricante primária uma empresa localizada na China. "Este fato reforça a relação direta entre Brasil e China no circuito mundial dos agrotóxicos e na grande circulação de commodities agrícolas. O problema é que as commodities brasileiras valem sempre menos que os agrotóxicos chineses, deixando ainda mais evidente quem sai ganhando ou perdendo nessa parceira envenenada", diz. (...)]
2-3-2020 – Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida & Nota sobre a "aprovação tácita" de agrotóxicos
1-3-2020 - Folha de S.Paulo & Brasil tem importação recorde de agrotóxicos no primeiro ano de Bolsonaro [Defensivos de fora representam mais da metade do volume vendido no mercado interno; alguns são proibidos nos seus países de origem]
29-2-2020 - El País & Governo encurta prazo para aprovar agrotóxicos e provoca desconfiança até no setor agrícola [Especialistas e defensores do uso de químicos na agricultura criticam medida do Ministério da Agricultura, que aprovará qualquer registro que não seja analisado no prazo de 60 dias (...) A medida, que passará a valer a partir do dia primeiro de abril, agiliza o processo de registros de defensores agrícolas, mas preocupa especialistas e até integrantes do próprio setor dedicado aos agrotóxicos. (...) A preocupação com o prazo se dá por conta da complexidade das análises feitas por Anvisa e Ibama. Os processos tocados pelos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, que acontecem simultaneamente, são mais demorados que a etapa final, que cabe ao Ministério da Agricultura. "Os analistas desses órgãos avaliam um conjunto muito grande de dados, com milhares de páginas para cada produto. O processo é inevitavelmente moroso pela quantidade de informação", diz o toxicologista Claud Goellner. "É um trabalho de grande responsabilidade feito por pessoas que têm muito conhecimento", completa ele. Se o prazo limite afetar as análises dos órgãos ambiental e toxicológico, a medida preocupa os especialistas. "A Anvisa definiu um prazo de quatro anos por produto a ser analisado, a secretaria colocou 60 dias e o Ibama não fixou nada. Não há harmonia entre os órgãos", pontua Mentel, que defende uma regulamentação melhor do processo. "É preocupante que o agrotóxico seja aprovado se estourar os 60 dias mesmo sem um parecer dos órgãos que fazem o registro, porque eles precisam ser ouvidos. E não está claro em lugar nenhum quanto tempo Anvisa e Ibama precisam para que o estudo seja bem feito" (...)]
29-2-2020 - Século Diário & STF arquiva ação contra lei municipal que proíbe pulverização aérea de venenos [Prefeito Lauro Vieira e Padre Romário comemoram: 'Vitória da saúde da população de Boa Esperança'. "Vitória da saúde e da qualidade de vida da população”, exulta o prefeito de Boa Esperança, Lauro Vieira (PSDB). "Foi uma vitória grandiosa, que vai abrir precedentes no Estado e no país", celebra o padre Romário Hastenreiter. O motivo da comemoração dos dois importantes personagens do município, localizado no nordeste do Estado, é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de arquivar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 529, impetrada em julho de 2018 pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), para questionar a legalidade da Lei nº 1.649, que, sancionada em dezembro de 2017, proibiu a pulverização aérea de agrotóxicos em todo o município. Com o arquivamento deliberado pelo relator da Ação, ministro Gilmar Mendes, e publicado no Diário Oficial da União na última quarta-feira (27), não há mais como recorrer no processo. "A lei vale. O município tem poder de legislar sobre isso. O sindicato dos aeroviários não tem poder pra gerir essa questão", reafirma o pároco. Em seu despacho, Gilmar Mendes cita, entre as fontes de informação para sua decisão, a Procuradoria Geral da República (MPF), que emitiu parecer contrário ao pedido do Sindag, pedindo pelo arquivamento da Ação. "Verifico que a presente arguição não preenche os requisitos para seu conhecimento, uma vez que o sindicato requerente não possui legitimidade para sua proposição", afirma o ministro. (...)" 
29-2-2020 - Rede Brasil Atual & Agrotóxicos: Governo ouviu fabricantes antes de instituir liberação automática [Representantes do Ministério da Agricultura e dos fabricantes de agrotóxicos se encontraram três vezes em um mês. No terceiro foi assinada a Portaria 43. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou nesta quinta-feira (27) mais uma dessas medidas que levaram o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) a recuar. Trata-se da Portaria 43, que na prática autoriza, de maneira automática, a comercialização de novos agrotóxicos e outros itens após 60 dias na fila de aprovação, independente de terem sido avaliados ou não. Embora não faça menção à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também participam do processo de liberação de agrotóxicos, e só entre em vigor em 1º de abril – permitindo muita pressão pela sua derrubada –, o fato é que a portaria sinaliza mais uma investida das indústrias, com aval do governo. "O MAPA, sozinho, não pode liberar e eles sabem disso. Na verdade estão forçando a barra. E isso provoca uma pressão indevida, que faz parte da tática desse governo", disse o professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em Campos dos Goytacazes (RJ), Marcos Pedlowski. O objetivo, segundo Pedlowski, é “escancarar as portas de entrada para agrotóxicos perigosos no Brasil”. "A portaria equivale a um cheque branco para que as multinacionais que produzem venenos agrícolas destinem ao Brasil todos os produtos para os quais os mercados estão sendo fechados em outras partes do mundo", destacou. (...)]
28-2-2020 - Brasil de Fato & Governo publica portaria que estabelece registro automático para agrotóxicos [Segundo especialistas, medida tende a ser preparação para a aprovação do "pacote do veneno" na Câmara. (...) A portaria não cita mudanças nas análises para liberação de agrotóxicos feitas pelo Ibama e pela Anvisa, necessárias na lei atual. Isso significa que o efeito prático da nova regra, isoladamente, é incerto, de acordo com Alan Tygel, da Campanha Permanente contra Agrotóxicos e Pela Vida. "O decreto não pode ser mais forte que a lei. Enquanto a lei de agrotóxicos atual, 7.802, estiver válida, esse decreto realmente fica um pouco difícil de entender o que ele consegue fazer. Porque, pela lei atual, o Ministério da Agricultura não aprova sozinho", explica. Tygel diz acreditar que a portaria tende a ser uma preparação para a aprovação do projeto de lei 6.299, a nova lei de agrotóxicos, conhecida como "pacote do veneno", que tramita na Câmara dos Deputados. "O que a gente chegou à conclusão é que seria já uma preparação para uma outra lei. Com a lei atual, não tem tanto sentido", diz. O engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, também membro da Campanha Permanente, é outro que considera que a portaria é um indicativo de que o governo está contando com a aprovação das novas regras para os agroquímicos no país. Tanto projeto de lei quanto portaria atrofiam o poder de Ibama e Anvisa e centralizam o poder de decisão nas aprovações ao Ministério da Agricultura. Melgarejo questiona a capacidade estrutural da pasta de atender à demanda de análises. (...)]
28-2-2020 - OutrasPalvras & O "libera geral" dos agrotóxicos se intensifica [Sem aumentar capacidade de análise, Ministério da Agricultura determina liberação automática de venenos caso avaliação tarde até 60 dias. LIBERA GERAL - Se já estamos assustados com o ritmo alucinante da liberação de novos agrotóxicos durante o governo Bolsonaro, parece que podemos esperar mais: uma portaria publicada ontem pelo Ministério da Agricultura determinou a "aprovação tácita" pela Secretaria de Defesa Agropecuária se a avaliação dos agrotóxicos não for feita em um prazo de 60 dias. (...)]
28-2-2020 - G1 & Governo autoriza o registro de 32 agrotóxicos genéricos para uso industrial  [Produtos serão utilizados como matéria-prima para o desenvolvimento de pesticidas para os agricultores. São os primeiros registros de 2020. Veja a lista. (...) O Ministério da Agricultura liberou nesta sexta-feira (28) o registro de mais 32 agrotóxicos para utilização industrial, ou seja, produtos que serão usados como matéria-prima na elaboração de pesticidas para os agricultores. São os primeiros registros de 2020. (...) O G1 checou a lista divulgada pelo Ministério da Agricultura para verificar se os princípios ativos liberados possuem autorização na União Europeia e nos Estados Unidos. 2 registros do fungicida Azoxistrobina: Autorizado na UE e em reavaliação nos EUA; 1 registro do fungicida Clorotalonil: UE não renovou o registro do produto, que deve sair do mercado em maio de 2020 porque ele causa risco de contaminação do lençol freático e pode matar peixes e anfíbios. Nos EUA, está em reavaliação; 6 registros do inseticida Metoxifenozida: em reavaliação nos EUA e liberado na UE; 1 registro do herbicida Mesotriona: em reavaliação nos EUA e liberado na UE; 8 registros do inseticida Fipronil: liberado com restrições na UE por conta do risco de morte de abelas. Em reavaliação nos EUA; 2 registros do herbicida Metribuzim: em reavaliação nos EUA e liberado na UE; 1 registro do hormônio vegetal Ácido giberélico: em reavaliação nos EUA e liberado na UE; 1 registro do inseticida Indoxacarbe: em reavaliação nos EUA e liberado na UE; 1 registro do hormônio vegetal Cinetina: sem registro encontrado na UE e nos EUA; 2 registros do herbicida Indaziflam: sem registro na UE e registrado nos EUA; 7 registros do herbicida S-Metolacloro: em reavaliação nos EUA e liberado na UE. (...)]
27-2-2020 - Folha de S.Paulo & Ministério da Agricultura dá licença a agrotóxicos que não forem analisados em 60 dias [O número de produtos liberados no Brasil em 2019 foi o maior dos últimos 14 anos]
23-2-2020 - BBC & Brasil é principal mercado de agrotóxicos 'altamente perigosos', diz ONG [Aproximadamente um terço da receita das principais fabricantes de agrotóxicos do mundo vem de produtos classificados como "altamente perigosos" — que têm como destino, em sua maioria, países emergentes, como Brasil e Índia, e países pobres. Essa foi a conclusão de um levantamento feito pela Unearthed, organização jornalística independente financiada pelo Greenpeace, em parceria com a ONG suíça Public Eye. Em 2018, as vendas desse tipo de pesticida renderam cerca de US$ 4,8 bilhões às cinco maiores companhias do setor. "Quase metade (41%) dos principais produtos das gigantes agroquímicas Basf, Bayer, Corteva, FMC e Syngenta contêm pelo menos um pesticida altamente perigoso (HHP, sigla em inglês para highly hazardous pesticides)", afirma a publicação. As vendas dessas mercadorias, por sua vez, representaram 35% da receita das cinco multinacionais, segundo a Unhearted. Mais de dois terços das vendas foram feitas a países de renda média e baixa, sendo o Brasil o principal mercado. "O Brasil compra mais pesticida do que qualquer outro país", diz a publicação. "A aprovação de novos produtos pesticidas por reguladores brasileiros, incluindo os que contêm HHPs, cresceram nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro." (...)]
22-2-2020 - Carta Campinas & Incentivo de R$ 10 bilhões para a indústria do agrotóxico está na pauta do STF [Não ao incentivo de veneno no prato da população brasileira. (...) De acordo com estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) são R$ 10 bilhões que o governo deixa de receber da indústria do veneno, valor que poderia estar relacionado a mais recursos para saúde, como no tratamento de câncer que, em 2017, o valor que deixou de ser arrecadado equivale a duas vezes os investimentos do SUS, e a promoção do meio ambiente. Recomendado como sendo inconstitucional pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e dezenas de entidades, os incentivos fiscais favorecendo a indústria coloca veneno no prato da população. Há dados concretos no exterior, e também no Brasil, da relação do uso de agrotóxicos com o aumento de más-formações genéticas de crianças, com conjunto de tipos de câncer, seja de pele, hematológicos que agridem fortemente células importantes para a produção do sangue, cânceres do trato gastrointestinal. Esse incentivo, nada mais é que um apoio do Estado para que a indústria dos agrotóxicos se dissemine no país. Somado a isso, há também a liberação de centenas de tipos de agrotóxicos, mais de 400, envenenando o prato de comida do povo brasileiro e atacando o meio ambiente. (...)]
21-2-2020 - Terra de Direitos & Fortemente presente na pauta dos diferentes poderes, agrotóxicos terá centralidade em 2020 [Medidas legislativas e reorganização administrativa, ação de inconstitucionalidade e resistência popular evidenciam campo em disputa. (...) Sob atual comando de Teresa Cristina (DEM-MS), ruralista ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Mapa tem usado dos seus expedientes para avanço do registro de insumos químicos. Em um ano de governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o Ministério liberou a marca recorde de 503 registros de agrotóxicos. Somada à liberação dos registros, a nova classificação dos agrotóxicos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), implementada ao final de julho do último ano, confere ainda maior risco ao meio ambiente e à população na medida em que recategoriza muitos agrotóxicos como de menor toxidade, entre outras medidas de flexibilização. Com a reclassificação da Anvisa, por exemplo, apenas 43 dos 698 agrotóxicos são divulgados como “extremamente tóxicos". Ainda que a adoção de uma política de Estado em benefício dos agrotóxicos já reúna diversos feitos, a substituição em fevereiro de Carlos Ramos Venâncio do cargo de coordenador do setor de registro de agrotóxicos, ocupado agora pelo agrônomo Bruno Cavalheiro Breitenbach, pelo Ministério, evidencia novos movimentos institucionais em torno da pauta. O assento ocupado por Bruno é central no processo de liberação de registros de agrotóxicos, por exemplo. Atento à implementação de uma política de estímulo e flexibilização das regras para agrotóxicos que um conjunto de organizações sociais realizou, em dezembro último, uma denúncia ao relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para implicações da gestão e eliminação ambientalmente racional de substâncias e resíduos perigosos, Baskut Tuncak. O relator deve apresentar uma devolutiva ao pais em setembro do vigente ano. (...)]
20-2-2020 - The Guardian & Firms making billions from 'highly hazardous' pesticides, analysis finds [Use of harmful chemicals is higher in poorer nations, according to data analysed by Unearthed. The world’s biggest pesticide companies make billions of dollars a year from chemicals found by independent authorities to pose high hazards to human health or the environment, according to an analysis by campaigners. The research also found a higher proportion of these highly hazardous pesticides (HHPs) in the companies' sales in poorer nations than in rich ones. In India, 59% of sales were of HHPs in contrast to just 11% in the UK, according to the analysis. The data from Phillips McDougall, the leading agribusiness analysts, are from buyer surveys focused on the most popular products in the 43 nations that buy the most pesticides. It was obtained and analysed by Unearthed, a journalism group funded by Greenpeace UK, and the Swiss NGO Public Eye. (...)]
20-2-2020 – Unearthed &  Revealed: The pesticide giants making billions on toxic and bee-harming chemicals [Groundbreaking joint investigation reveals enormous sales of 'highly hazardous pesticides' by leading members of the CropLife International lobby group. The world’s five biggest pesticide manufacturers are making more than a third of their income from leading products selling chemicals that pose serious hazards to human health and the environment, a joint investigation by Unearthed and Public Eye has found.  Analysis of a huge database of 2018’s top-selling "crop protection products" has revealed the world’s leading agrochemical companies made more than 35% of their sales from pesticides classed as "highly hazardous" to people, animals or ecosystems. The investigation identified billions of dollars of income for agrochemical giants BASF, Bayer, Corteva, FMC and Syngenta from chemicals found by regulatory authorities to pose health hazards like cancer or reproductive failure. It also found more than a billion dollars of their sales came from chemicals – some now banned in European markets – that are highly toxic to bees. Over two thirds of these sales were made in low- and middle-income countries like Brazil and India. By far the most valuable markets for the highly hazardous pesticides sold by these companies were the commodity crops soya and corn, grown in large part to provide animal feed for the meat industry. (...)"] 
15-2-2020 - Brasil de Fato & Indústria dos agrotóxicos paga 0,9% de ICMS e zero de IPI, Pis e Cofins [Em 2016, setor faturou R$ 33 bi e pagou R$ 1 bi de ICMS; Agrotóxicos têm regimes especiais aduaneiros e dedução no IR]
14-2-2020 - Metrópoles & Agrotóxicos: o Brasil ultrapassa todos os limites de segurança [Governo federal age como um motorista que devia ser parado: comete todas as infrações quanto ao uso, a liberação e o consumo de agrotóxicos. (...) Ao longo de 2019, o governo federal aprovou 475 registros de agrotóxicos, contra 450 no ano anterior. Dos 10 agrotóxicos mais utilizados no Brasil, três são proibidos na União Europeia! (...) Isso está acontecendo porque interessa aos grandes produtores rurais. Visa lucro para alguns, mesmo em detrimento de uma política nacional que atenderia melhor aos propósitos do país! (...)]


13-2-2020 - Correio Braziliense & Brasil pode 'processar' UE por reduzir permissão de agrotóxico glifosato [Diretor do Itamaraty afirmou que UE avalia reduzir de forma drástica a quantidade aceitável de glisofato nos produtos, o que inviabilizaria produção brasileira] 
12-2-2020 - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) & Insustentável peso da isenção fiscal a agrotóxicos [Nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco – divulga o relatório "Uma política de  Incentivo fiscal a agrotóxicos no Brasil é injustificável e insustentável". O documento sistematiza uma vasta literatura em Saúde Coletiva e Economia que mostra como não se justifica o atual grau de subsídio direto e indireto que o Estado brasileiro concede à indústria de química fina e ao agronegócio ao isentar tais venenos em mais de 60% da carga tributária e será apresentado no retorno do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5553) no Supremo Tribunal Federal na próxima quarta-feira, 19 de fevereiro. Liderado por Wagner Lopes Soares (docente PPGPDS/UFRRJ); Lucas Neves da Cunha (mestre pela PPGPDS/UFRRJ) e Marcelo Firpo S. Porto (ENSP/Fiocruz – GTSA/Abrasco), avalizado pelo Grupo Temático Saúde e Ambiente (GTSA/Abrasco) e com apoio do Instituto Ibirapitanga, o relatório destaca que a redução ou mesmo eliminação de impostos e contribuições sociais só são mecanismos benéficos de políticas públicas se analisados em conjunto a uma ampla cadeia de situações. No caso dos agrotóxicos, para além de toda a enorme e consolidada produção científica de seus malefícios, tal mecanismo nunca levou em consideração as possíveis doenças, mortes e degradação ambiental relacionadas ao uso dos venenos, fazendo a política pública caminhar justamente no sentido contrário de um desenvolvimento sustentável, saudável e justo. "No caso dos agrotóxicos, as isenções fiscais muitas vezes se perpetuam e são renovadas quase que automaticamente. Este é o caso do acordo 100/1997 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que reduz a base do ICMS, o principal tributo sobre mercadorias e serviços, em 60% e que vem sido renovado pelo menos 17 vezes desde que foi promulgado", traz o documento, que não encontrou nenhum estudo nacional ou internacional que justifique cientificamente a importância de tal isenção. Em compensação, os autores encontraram diversos estudos que analisam os custos sociais associados ao uso dos agrotóxicos, podendo variar entre US$ 11 e 89 milhões considerando apenas o custo de intoxicação aguda. O total de benefícios fiscais concedidos aos agrotóxicos em 2017 se aproxima de R$ 10 bilhões, sendo que o tributo responsável pelo maior montante desonerado foi o ICMS, com 63,1% do total; seguido do IPI, com 16,5%; das contribuições sociais Pis/Pasep e Cofins, com 15,6% e; por último e com o menor montante, o imposto de importação, com 4,8%. O total desses benefícios representa quase quatro vezes a verba do Ministério do Meio Ambiente, como aponta matéria produzida pelas agências Repórter Brasil e Pública, com base no documento. (...)"
12-2-2020 - Repórter Brasil & 'Bolsa-agrotóxico' inclui isenções de impostos que somam R$ 10 bilhões ao ano [Gigantes do setor de pesticidas também recebem milhões em verbas públicas para incentivo à pesquisa e por meio do BNDES; STF julga na semana que vem se benefícios fiscais ao setor são constitucionais ou não]

  
12-2-2020 - Por trás do Alimento & 'Bolsa-agrotóxico': empresas recebem isenções de impostos de R$ 10 bilhões ao ano [Gigantes do setor de pesticidas também recebem milhões em verbas públicas para incentivo à pesquisa e por meio do BNDES; STF julga na semana que vem se benefícios fiscais ao setor são constitucionais ou não]
12-2-2020 - Globo Rural & Governo seguirá com política de liberar agrotóxicos, diz ministra da Agricultura [Tereza Cristina se posicionou a favor da exploração agropecuária em terras indígenas e contra o "imposto do pecado" sugerido por Paulo Guedes] 


16-1-2020 - Le gouvernement luxembourgeois & Luxembourg, le premier pays de l'Union européenne à interdire l'utilisation du glyphosate [Le Grand-Duché de Luxembourg est en phase de devenir le premier pays à interdire l'utilisation de la substance active glyphosate présente dans un certain nombre d'herbicides]


16-1-2020 - Food Navigator & 'Much higher' herbicide residues found in glyphosateresistant soybeans: 'Glyphosate should not be in the food chain' [Researchers in Europe are concerned about the increased levels of herbicide residues found in harvested plants and food products, which they associate with the use of glyphosate-resistant soybeans]


16-1-2020 - Agência Pública & Agência Pública & Um em cada 5 agrotóxicos liberados no último ano é extremamente tóxico [Primeiro ano do governo Bolsonaro teve aprovação recorde de novos pesticidas; empresa chinesa Adama foi a que teve o maior número de produtos liberados. O primeiro ano do governo Bolsonaro bateu o recorde histórico no número de agrotóxicos aprovados. Em 12 meses, foi publicada no Diário Oficial da União a aprovação de 503 registros, 53 a mais do que em 2018. De acordo com o Ministério da Agricultura, o primeiro ato de aprovações, com 28 produtos, publicado em 10 de janeiro de 2019, contava com produtos aprovados ainda no governo Temer, mas divulgados apenas no governo Bolsonaro. Mesmo sem contar esses, o recorde é do atual governo: foram 475 contra 450 no ano anterior. A primeira lista continha permissão para comercialização do ingrediente ativo inédito Sulfoxaflor, fatal para abelhas. Em agosto, o governo Bolsonaro liberou os seis primeiros produtos à base de Sulfoxaflor para entrar no mercado. Todos eles são produzidos pela empresa americana Dow AgroSciences, agora chamada de Corteva. Durante o decorrer do ano, outros 26 pesticidas inéditos foram aprovados. Entre eles, Florpirauxifen-benzil, Fluopiram e o Dinotefuran. (...)]
16-1-2020 - Instituto Humanitas Unisinos (IHU) & Glifosato: o julgamento contra Monsanto é adiado enquanto as ações da Bayer afundam [Um esperado julgamento envolvendo uma mulher que teve câncer por causa do uso de Roundup, que deveria começar o final de janeiro de 2020 na área de St. Louis, foi retirado do calendário, segundo um funcionário da corte. Assim publica em seu artigo a jornalista Carey Gillam, no portal U.S. Right to Know. (...)]
14-1-2020 - U. S. Right to Know & Anticipation Builds For Settlement of Roundup Cancer Claims [Anticipation is building around the belief that there could soon be an announcement of at least a partial settlement of U.S. lawsuits pitting thousands of U.S. cancer patients against Monsanto Co. over allegations the company hid the health risks of its Roundup herbicides. Investors in Bayer AG, the German company that bought Monsanto in 2018,  are keeping a close eye on the status of three trials currently still on the docket to get underway this month. Six trials were initially set to take place in January, but three have recently been "postponed." Sources say the postponements are part of the process of obtaining an overall settlement with several plaintiffs' attorneys who have large numbers of cases pending. (...)]
13-1-2020 - Zero Biocidas & Glifosato: Posponen juicio contra Monsanto mientras las acciones de Bayer se hunden [Un muy esperado juicio de una enferma de cáncer a causa del uso de Roundup, que debería comenzar a fines de enero de 2020 en el área de St. Louis fue retirado del calendario, según un funcionario de la corte. Así lo publica en su articulo la periodista Carey Gillam en el medio U.S. Right to Know". El juicio, que enfrentaría a una mujer de 50 años, que padece cáncer, llamada Sharlean Gordon contra el fabricante del Roundup, Monsanto Co., debía comenzar el 27 de enero en el condado de St. Louis y se transmitiría al público. Hay gran expectativa por este caso porque los abogados de Gordon planearon poner al ex CEO de Monsanto, Hugh Grant, en el estrado. St. Louis fue el hogar de la sede corporativa de Monsanto hasta que la compañía fue comprada por Bayer AG de Alemania en junio de 2018. (...)]
11-1-2020 - Sputnik News & Perigo! Agrotóxicos invadem Brasil, segundo especialista [O governo precisa equilibrar o interesse da indústria com a atuação dos órgãos reguladores, alega especialista, consultado pela Sputnik Brasil. O número de licenças de defensivos agrícolas registrado em 2019 é o mais expressivo desde 2005, de acordo com monitoramento feito pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, quando começou a série histórica. Segundo o Greenpeace, desses produtos, 22 contêm ingredientes ativos que têm seu uso proibido na União Europeia. Além disso, 25 constam na lista dos produtos extrema ou altamente tóxicos à saúde humana. Sob o governo Bolsonaro, o Brasil bateu recorde do número de agrotóxicos liberados, com 467 licenças em 2019. Segundo a pesquisa da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - 23% dos alimentos analisados têm resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido ou proibidos para a cultura. O governo Bolsonaro afrouxou deliberadamente o controle sobre os agrotóxicos no Brasil? Isso pode repercutir no mercado externo? Quais são os riscos para a saúde da população? Segundo Carlos Canejo, professor de Engenharia Ambiental na Universidade Veiga de Almeida, é necessário que as regras sobre o uso de agrotóxicos sejam mais rígidas. (...)]
11-1-2010 - Brasil de Fato & Pesticida da Syngenta contamina a água dos brasileiros [Agrotóxico proibido na União Europeia é importado massivamente no Brasil e se encontra na água para consumo humano. A multinacional Syngenta, com sede em Basileia, exportou 37 toneladas de profenofós para o Brasil em 2018. A ONG investigativa suíça Public Eye vê isso como um negócio "imoral" - esse inseticida, proibido na Suíça desde 2005, é amplamente utilizado no Brasil para o controle de pragas de cebolas, milho, soja, café, tomate, algodão, feijão, batata, entre outros.A Public Eye publicou ontem seu relatório com base nos dados obtidos do Departamento Federal do Meio Ambiente. Se a venda deste produto no estrangeiro não for proibida, a ONG denuncia este "comércio imoral" e apela ao Parlamento para que "ponha fim a essas exportações tóxicas". (...)]
10-1-2020 - Swissinfo & Pesticida da Syngenta contamina a água dos brasileiros [A multinacional Syngenta, com sede em Basileia, exportou 37 toneladas de profenofós para o Brasil em 2018. A ONG investigativa suíça Public Eye vê isso como um negócio "imoral" - esse inseticida, proibido na Suíça desde 2005, é amplamente utilizado no Brasil para o controle de pragas de cebolas, milho, soja, café, tomate, algodão, feijão, batata, entre outros. A Public Eye publicou ontem seu relatórioLink externo com base nos dados obtidos do Departamento Federal do Meio Ambiente. Se a venda deste produto no estrangeiro não for proibida, a ONG denuncia este "comércio imoral" e apela ao Parlamento para que "ponha fim a essas exportações tóxicas". (...)]
9-1-2020 - Public Eye & Exportations toxiques: un pesticide de Syngenta interdit en Suisse pollue l'eau potable au Brésil [En 2018, 37 tonnes de profénofos ont été exportées depuis la Suisse vers le Brésil, comme le montrent les documents obtenus par Public Eye. Ce dangereux insecticide vendu par Syngenta est interdit sur le sol helvétique depuis 2005. Au Brésil, le profénofos est l'une des substances les plus fréquemment détectées dans l’eau potable. (...)]
Jan-2020 - Hypebess & Alemanha vai banir o glifosato em 3 anos para salvar abelhas [Com o objetivo de acabar com as pragas e, consequentemente, aumentar a produtividade, a agricultura mundial não somente aumentou o uso de pesticidas químicos, como deixou as fórmulas mais fortes. No entanto, estes agentes químicos são extramamente nocivos à nossa saúde, e estão matando as abelhas – consideradas os animais mais importantes do mundo. Por isto, a Alemanha decidiu banir completamente o glifosato até 2023. (...)]
s/d - Pesticide Action Network UK (PAN UK) & The Cocktail Effect [UK citizens and the natural environment are being exposed to potentially harmful mixtures of pesticides. These mixtures appear in our food, water and soil and can affect the health of both humans and wildlife. There is a growing body of evidence that pesticides can become more harmful when combined, a phenomenon known as the 'cocktail effect'. Despite this, the regulatory system designed to protect us from pesticides looks at individual chemicals and safety assessments are only carried out for one pesticide at a time. This not only ignores the potential risks to human health associated with pesticide mixtures found on one item (an apple, for example) but also those contained in an entire dish or days' worth of food. The system also ignores the cocktail effect when it comes to environmental protection, failing to monitor or limit the sum total of pesticide residues to which the environment and wildlife are exposed. (...)]


3-1-2020 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Agrotóxicos: Mercosul X União Europeia (UE) [Brasil & liberado: acefatoatrazina e paraquate; UE & proibido: acefatoatrazina e paraquate]


1-1-2020 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Agrotóxico paraquate: extremamente tóxico; um gole pode matar e sem antídoto ou tratamento eficaz [Mesmo assim, o governo do Paraná realizou o cadastramento de treze marcas comerciais de agrotóxicos à base do ingrediente ativo paraquate tidas como "aptas para comércio e uso no estado"]


30-12-2019 - RFI & Jornal francês volta a denunciar uso abusivo de agrotóxicos no Brasil [O uso excessivo de agrotóxicos no Brasil continua em destaque na imprensa francesa. Na quarta reportagem de uma série dedicada ao desmatamento na Amazônia, o jornal regional Ouest France relata nesta segunda-feira (30) resultados de estudos científicos apontando o envolvimento do herbicida glifosato em abortos espontâneos e no aumento da mortalidade de recém-nascidos em áreas que concentram 80% da produção de soja no centro-oeste e sul do Brasil. Jornal de maior tiragem da França, Ouest France cita a pesquisa publicada em fevereiro passado por Mateus Dias, Rudi Rocha e Rodrigo R. Soares, das universidades de Princeton (EUA), São Paulo e Columbia (EUA). O estudo colheu dados de áreas de cultura de variedades de soja geneticamente modificadas, fabricadas pela Monsanto, nas quais também foi associado um herbicida à base de glifosato, explica o diário. (...) "No Paraná, de 3.723 casos de intoxicação recenseados no período de 2007-2014, 1.631 foram por tentativa de suicídio, ou seja, 40% do total. As mesmas proporções são encontradas nos estados de São Paulo (844 tentativas) e Minas Gerais (957). Pior ainda em Pernambuco, onde ocorreram 1.145 tentativas de suicídio num total de 1.545 intoxicações. (...) O fato de dispor de produtos agrícolas tóxicos facilita o suicídio. É um veneno ao alcance das mãos."  (...)]


21-12-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Estudo de resíduos de agrotóxicos em alimentos: governo do Paraná foi o único que não participou do PARA ["Os técnicos da Anvisa coletaram mais de 4.600 amostras de alimentos em supermercados de quase todos os estados brasileiros entre agosto de 2017 e junho de 2018." (El País)]


21-12-2019 - El País & O Brasil precisa de mais regulação e fiscalização de agrotóxicos, não menos [Relatório da Anvisa traz informações preocupantes sobre alimentos comprados e consumidos pela população brasileira. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou no dia 11 de dezembro um relatório com informações preocupantes sobre alimentos comprados e consumidos todos os dias pela população brasileira. Os técnicos da Anvisa coletaram mais de 4.600 amostras de alimentos em supermercados de quase todos os estados brasileiros entre agosto de 2017 e junho de 2018 (somente o estado do Paraná optou por não participar do estudo). Eles testaram 14 alimentos populares entre os brasileiros: abacaxi, alface, arroz, alho, batata doce, beterraba, cenoura, chuchu, goiaba, laranja, manga, pimentão, tomate e uva. (...)]


18-12-2019 - Terra de Direitos & PR: Após reivindicação, agricultores são admitidos em ação sobre distância mínima para aplicação de agrotóxico [Decisão também reconhece a participação de comunidades quilombolas e organizações sociais na Ação Civil Pública (...) Em fevereiro deste ano o coletivo protocolou um pedido de amicus curiae para participação da Ação Civil Pública (ACP) de mesmo objeto. O uso do recurso jurídico permite que a sociedade participe de debates de matérias de interesse público e é uma via utilizada pelo grupo para romper com a decisão unilateral do governo do Paraná que resultou na Resolução Conjunta 01/2018. (...) Decisão unilateral — Às vésperas do encerramento do mandato da governadora Cida Borghetti (PP), em 12 de dezembro do ano passado, a medida assinada pela Casa Civil, Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e da Agricultura e do Abastecimento (Seab), além do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, considerou apenas a decisão do setor interessado na revogação da Resolução nº 22/1985, norma que estabelecia o mínimo de 250 metros de distância de mananciais de captação de água, núcleos populacionais, escolas, entre outros, para aplicação terrestre de agrotóxicos e ainda garantia a distância mínima de pulverização aérea de 500 metros, esta última também prevista por normativa federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Federação da Agricultura do Paraná (Faep), articulação estadual de vínculo com o agronegócio, foi a solicitante da revogação da norma e também a única entidade com manifestação considerada pelo Grupo de Trabalho instituído (Portaria nº 187/2017) para rever a resolução. Com argumento de que a normativa fixada nos anos 80 "está desatualizada" e em nome da "modernização", a resolução que fixava distância mínima foi revogada. Com isso, o estado passou a ter um vazio na regulamentação sobre o tema. “A partir deste momento os órgãos públicos não tinham o suporte jurídico mínimo para poder aplicar penalidade para aqueles que promovem pulverização próximo destes locais”, aponta o promotor Alexandre Gaio, coordenador regional do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do Ministério Público (CAOP - MA). O vazio normativo só não permaneceu porque a 3ª Vara da Fazenda Pública acolheu, em decisão liminar no início de fevereiro de 2019, a ação Civil pública movida pelo Ministério Público para manutenção da Resolução 22/85. Isto significa que, até que a 3ª Vara confirme a decisão em sentença, o estado deve respeitar as distâncias de uso de agrotóxicos próximo a rios, mananciais, casas e escolas, entre outros. (...)]


19-12-2019 - Greenpeace & 2019, o ano mais tóxico do Brasil [Liberação de 467 novos agrotóxicos foi recorde este ano. Em 2020, seguiremos lutando por uma agricultura saudável de verdade. Sua participação é fundamental. O ano de 2019 se encerra como o mais tóxico em mais de uma década e um trágico capítulo para a agricultura brasileira e para a população. Em apenas 12 meses, foram aprovados 467 novos agrotóxicos, que vão parar no nosso prato, contaminar trabalhadores rurais, o solo e a água que bebemos e destruir a biodiversidade. Se, em 2018, pressionávamos parlamentares para que não votassem em favor de absurdos como o Pacote do Veneno, em 2019 essa situação mudou bruscamente. Com o governo de Jair Bolsonaro, vivemos a experiência amarga de agrotóxicos serem empurrados goela abaixo da população, sem consulta, sem debate, apenas com canetadas feitas diretamente por Tereza Cristina, a Ministra do Veneno que milita em favor de agrotóxicos já há bastante tempo. Listamos neste blog os maiores retrocessos cometidos pelo governo Bolsonaro em 2019 e alguns graves acontecimentos que reforçam a importância de investirmos em uma agricultura sem veneno. (...)]


19-12-2019 - Repórter Brasil & Empresas estrangeiras desovam no Brasil agrotóxico proibido em seus próprios países [Anvisa decidiu em 2017 proibir o paraquate por risco de provocar Parkinson. Mas desde então, ritmo de importação só aumentou, e restrições foram afrouxadas por pressão de empresas de agrotóxicos. Ele começou com febre e coceira. Depois ficou suando frio, teve diarréia, a pressão caiu. Corremos pro hospital. A pele dele então ficou toda queimada e foi soltando do corpo. Mal consigo lembrar”, conta emocionado o produtor de leite paranaense José Quintino sobre o filho Júlio, que morreu em 2016 em Cascavel (PR) quando tinha 22 anos. "Veio médico de tudo que é parte, mas já não tinha jeito. Aos poucos, ele parou de respirar. Falaram que o pulmão dele tava inteiro queimado." Confirmada como causa da morte, a insuficiência pulmonar foi provocada por intoxicação aguda por agrotóxico. "O paraquate queimou o pulmão dele. Foi queimando a pele, as mucosas orais e nasais, indo até os alvéolos [pulmonares]. Esse é um agrotóxico de ação secante, seca e queima as folhas, faz o mesmo com a pele, as mucosas, o pulmão", afirmou a médica epidemiologista Lilimar Mori, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Paraná e uma das responsáveis por confirmar que o agrotóxico foi a causa da morte de Júlio, contaminado ao descarregar cascas de soja com paraquate. Foi por causa dos riscos de intoxicação aguda do produto que envenenou Júlio, assim como sua relação com doenças como Parkinson, mutações genéticas e depressão, que a Anvisa decidiu em 2017 banir o paraquate, usado na dessecação de plantações para antecipar a colheita. A partir de setembro de 2020, nenhum litro do agrotóxico deve ser usado em solo brasileiro. Apesar das evidências dos riscos, a resolução da Anvisa não fixou metas de redução de uso, de finalização de estoques e nem de importação do paraquate até sua completa suspensão. Sem esse limite, o ritmo de importação do agrotóxico só aumentou desde o início do processo de banimento, conforme apuraram Repórter Brasil e Agência Pública. E essa brecha abriu espaço para um processo que os pesquisadores chamam de "desova", porque quase que a totalidade do paraquate usado aqui vem de países onde seu uso está proibido.(...)]


16-12-2019 - Repórter Brasil & Agrotóxico mais encontrado em frutas e verduras no Brasil é fatal para abelhas [Sem polinizadoras, produção de lavouras fica prejudicada; estudo da Anvisa que analisou que mais da metade das 4 mil amostras de 14 alimentos vegetais no país contém agrotóxico (...) Resultados 'alarmantes' - A pedido da Agência Pública e da Repórter Brasil, especialistas de organizações que estudam o tema dos agrotóxicos analisaram o relatório, disponibilizado no site da Anvisa, e afirmaram que os resultados são alarmantes, ao contrário do que fez parecer o tom otimista da divulgação oficial do relatório. Para Melgarejo, da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o relatório acende um alerta. "O número de 23% dos produtos apresentarem agrotóxico acima do permitido é assustador. E os 27% com veneno abaixo do limite não traz tranquilidade”, diz. “Nas definições de limites aceitáveis, é tido como base uma pessoa adulta de 50 quilos. Mas estamos alimentando crianças e bebês com esses mesmos alimentos. Estar abaixo do limite considerado seguro para um adulto de 50 quilos não significa dizer que é seguro para um bebê ou criança." (...)] 
10-12-2019 - Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida & Novo PARA: Roupa bonita para um conteúdo altamente tóxico [(...) Apesar do aspecto técnico da publicação, o release divulgado no site da Anvisa é extremamente otimista. O título da matéria crava: "Estudo: alimentos vegetais são seguros". Outras frases como "Os resultados não apontaram um potencial risco crônico para o consumidor", ou "As inconformidades não implicam, necessariamente, risco ao consumidor" já dão o tom de uma peça de propaganda política para um relatório que, lido atentamente, traz grandes preocupações para a sociedade. Listamos algumas delas: Dos 499 ingredientes ativos registrados na Anvisa, foram avaliados no máximo 270 substâncias em cada cultura. Nos perguntamos: como é possível autorizar um agrotóxicos e não monitorá-lo?. De acordo com o relatório, 51% do alimentos continham resíduos dos agrotóxicos analisados. Consideramos muito grave o fato de que mais da metade dos alimentos consumidos pela população esteja envenenado. Em relação ao relatório de 2013-2015, houve um aumento de 17% no percentual de amostras irregulares, ou seja, amostras com mais agrotóxicos do que o permitido, ou com agrotóxicos não permitidos. Esse aumento é coerente com o aumento do uso de agrotóxicos no período (4% entre 2015 e 2017, segundo Ibama) e com o aumento no registro de intoxicações (14% entre 2015 e 2017, segundo Ministério da Saúde). Este aumento não é mencionado no relatório, fato que confirma uma interpretação por parte da Anvisa que tende a ocultar os riscos. Segundo o relatório, 0,89% das amostras representa risco agudo. Ainda que o método para este cálculo seja bastante questionável, isto significa que, no mínimo de cada cem alimentos que comemos, 1 deles pode causar intoxicações agudas por conta dos agrotóxicos: dores de cabeça, enjoo, vômito, falta de ar… Este percentual não é baixo, e representa um grave perigo à população. Na maioria destas amostras, foi encontrado o carbofurano, produto já banido no Brasil por se mostrar teratogênico e mutagênico, e por provocar danos ao aparelho reprodutor. Em 0,9% dos casos, foram encontrados agrotóxicos não permitidos no Brasil. Novamente, 1 em cada 100 amostras possui produtos já considerados perigosos demais para a saúde, e seguem sendo usados na agricultura. Isto revela que a política do governo de minimizar a prevenção e apostar na fiscalização é inadequada e pouco responsável. Não foram incluídos nesta edição produtos processados, o que leva à impressão de que os resíduos de agrotóxicos estão presentes apenas em produtos in natura. Além disto representar um equívoco, induz a população a pensar que é mais saudável comer um salgadinho do que uma fruta, o que contribui ainda mais para os baixos índices de ingestão de frutas legumes e verduras observados no Brasil. Em um contexto de uso crescente de agrotóxicos ano a ano, e também de aumento sistemático das intoxicações por agrotóxicos registradas, é lamentável ver a Agência que deveria garantir a segurança alimentar da população minimizando resultados gravíssimos sobre as condições da comida servida ao povo brasileiro. (...)]
  

3-12-2019 - Terra de Direitos & Diante da perseguição à sociedade civil, articulação denuncia para ONU o grave quadro de uso dos agrotóxicos [Em dossiê entregue ao relator do organismo internacional, coletivo detalha a adoção de projeto pelo Estado em favor dos venenos]


27-11-2019 - G1 & Liberação de agrotóxicos em 2019 é 'desproporcional' à de anos anteriores, diz especialista [O mestre e doutor em ecotoxicologia e biociência Rhaul de Oliveira afirmou ao blog ser "muito desproporcional" a liberação de agrotóxicos pelo governo em 2019 se comparada à de anos anteriores. Nesta quarta-feira (27), o Ministério da Agricultura liberou o registro de mais 2 agrotóxicos. Já está chegando ao final do ano de 2019. É um aumento muito desproporcional se comparado com os outros anos. Neste momento, se acelera a liberação de produtos até para beneficiar a agricultura porque com mais tipos de agrotóxicos existe mais competitividade, uma lógica de mercado”, afirma Rhaul de Oliveira. O mestre e doutor pela Universidade de Aveiro (Portugal) afirma aguardar, diante do aumento das liberações de agrotóxicos, o governo ampliar também o monitoramento de como essas substâncias tem afetado o meio ambiente e a saúde humana. (...)] 
25-11-2019 - Correio do Povo & Larp indica danos de agrotóxico 2,4-D em 100% de análises feitas até agora no RS [Um total de 76 amostras de culturas que podem sofrer danos do herbicida tinham sinais do produto químico]


25-11-2019 -  Gaúcha ZH & Pelo segundo ano, laudos confirmam danos causados pelo agrotóxico 2,4-D no RS [Análises foram concluídas até agora em 76 amostras coletadas em produções de frutas, todas com resultado positivo para a presença do herbicida usado nas lavouras de soja]
25-11-2019 - G1 & Aplicação irregular de herbicida é constatada em dezenas de lavouras do RS, diz secretaria [Todas as 76 amostras colhidas tiveram resultado positivo de pesticida 2,4-D. Casos de deriva — quando o pesticida atinge outras áreas por aplicação errada — ocorreram em 52 propriedades]
23-11-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Agrotóxico glifosato: trigo é flagrado com resíduo 100 vezes mais que o permitido [Sem considerar os eventuais níveis de resíduos adicionais ocultados (nos rótulos dos agrotóxicos) como "inocentes ingredientes inertes" (AMPAPOEA etc.) presentes na formulação comercial dos agrotóxicos à base de glifosato. Esse é o "alimento seguro" destinado à população?]


23-11-2019 - U. S. Right to Know & Roundup (Glyphosate) Cancer Cases: Key Documents & Analysis [Approximately 42,700 people have filed suit against Monsanto Company alleging that exposure to Roundup herbicide caused them or their loved ones to develop non-Hodgkin lymphoma, and that Monsanto covered up the risks, according to Monsanto’s German owner Bayer AG. As part of the discovery process, Monsanto has had to turn over millions of pages of its internal records. We are posting these Monsanto Papers and other court records here. (Monsanto was purchased by Bayer AG in 2018]
22-11-2019 - Outras Palavras & Agronegócio: uma década de avanço devastador [Expansão da atividade engoliu 2 milhões de postos de trabalho e matou mais de 7 mil, por contato direto com agrotóxicos. Conflito por terras se agravou. E perda de biodiversidade resultará em mudanças climáticas irreversíveis. Agrotóxicos. Outra constatação revelada pelo censo é o aumento no uso de agrotóxicos: atualmente, pelo menos 1,6 milhão de estabelecimentos agropecuários fazem uso de pesticidas em suas lavouras, número 20% maior do que em 2006. (...)] 
18-11-2019 - Jornal do Campus & "Defensivos" agrícolas beneficiam poucos e prejudicam muitos [Produtividade brasileira cresce com aumento adequado de área plantada, não com venenos. Embora o uso de agrotóxicos tenha aumentado no mundo inteiro, no Brasil esse aumento foi maior do que em qualquer outro lugar. E segundo Larissa Bombardi, professora do Departamento de Geografia (FFLCH-USP), isso não se refletiu na produtividade: "Se a gente olha a produção de soja, ela tem crescido em função do aumento da área, e não da produtividade." Hoje, o plantio de soja no Brasil ocupa um território equivalente ao da Alemanha. (...)] 
17-11-2019 - Jornal do Campus & Agrotóxico é estopim para polêmica no Instituto Butantan ["O governo associa a toxicidade do agrotóxico com mortalidade. O que eu estou dizendo é: mortalidade não é suficiente. Viver com anomalia não é um bom critério.” Em estudo encomendado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pesquisadora Mônica Lopes-Ferreira concluiu que não existe uma dose segura para o uso de agrotóxicos. A constatação custou caro: rechaçamento do Instituto Butantan, instituição onde ela trabalha há 30 anos. A pesquisa era uma demanda urgente do Ministério da Saúde. Mônica recebeu 10 dos agrotóxicos mais utilizados no Brasil, em dosagens consideradas "ideais" pela Organização Mundial da Saúde. Ela deveria testá-los em aquários com peixes-zebra, animais com genoma 70% semelhante ao do ser humano. Resultado? Mesmo em doses mil vezes menores, quando não levaram à morte, os pesticidas causaram anomalias. Tudo fazia parte de um projeto mais abrangente, financiado pelo Ministério da Saúde, que busca avaliar a relação entre cianobactérias, cianotoxinas e pesticidas com microcefalia, e a presença disso na água. O agrotóxico é um potencializador de cianotoxinas, e como diz Mônica, "se cianotoxinas estão causando anomalias, a gente pode estar com um grande problema." (...)]
17-11-2019 - RT & Advierten que el "apocalipsis de los insectos" afectaría a todo el planeta [La caída en el número de estas especies aún puede ser revertida, en especial, controlando el uso de insecticidas y reconvirtiendo jardines y parques. Un informe realizado por un eminente ecologista británico advirtió sobre el "inadvertido apocalipsis de los insectos", que podría tener graves consecuencias para los humanos y para todo el planeta. Según se indica, desde la década de 1970 la destrucción de los ambientes naturales y el creciente uso de pesticidas provocaron que 40 % del millón de especies de insectos conocidas estén en riesgo de extinción. Sobre la situación del Reino Unido, el profesor Dave Goulson, de la Universidad de Sussex (Reino Unido), alertó sobre este riesgo, pero también aseguró que la tendencia se puede revertir. En cuanto a las especies extintas, detalló que en el último siglo desaparecieron 23 tipos de abejas y avispas, lo que se contrapone con uno de los principales causantes de su declive, como son los pesticidas, cuyo uso se duplicó en los últimos 25 años (...)] 
14-11-2019 - Hypeness & Quem foi o camponês símbolo da luta contra agrotóxicos morto por doença provocada por veneno [Se a vida do camponês argentino Fabián Amaranto Tomasi tornou-se de absoluta dedicação contra os agrotóxicos e seus terríveis efeitos sobre nossa saúde em seu país e no mundo, sua morte é hoje símbolo dessa mesma luta. Falecido aos 52 anos em setembro do ano passado, vítima direta do mal que os agrotóxicos podem provocar, Fabián trabalhou por quase dez anos para Molina & Cia. SRL, empresa de pulverização aérea de agrotóxicos e, quando começou a perceber os efeitos do real envenenamento que viria a tirar sua vida, foi que sua luta final começou, conforme conta a tocante matéria do site Pública. (...)]
14-11-2019 - Rede Peperi & Trigo contaminado com glifosato é encontrado em silos no RS [Um enorme estoque de trigo contaminado com agrotóxicos proibidos ou em níveis acima do permitido por lei foi encontrado em um silo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e em outro armazém que pertence à empresa gaúcha Unnilodi, mas que presta serviços à estatal. Ao todo são 2.850 toneladas estocadas em Ponta Grossa, no Paraná, e Marau, no Rio Grande do Sul. A descoberta foi feita pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) durante uma pesquisa para analisar perdas qualitativas e quantitativas na fase de armazenamento do grão. Pesquisadores identificaram quantidades de glifosato 100 vezes acima do limite seguro para o consumo humano. (...)]
14-11-2019 - Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) & "Será que estamos nos alimentando com resíduos de glifosato nos alimentos que produzimos?" – entrevista com Antonio Andrioli [Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) encontraram quantidades de glifosato cem vezes acima do limite seguro para consumo humano no estoque de trigo em um silo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e em um armazém da empresa gaúcha Unnilodi, que presta serviços à estatal. Segundo matéria da Rede Peperi, a equipe monitorou os dois estoques, de fevereiro a novembro de 2018. De acordo com a autora do estudo, o problema foi “pontual”. Mas o cebiano Antonio Inácio Andrioli, doutor com tese sobre soja transgênica pela Universidade de Osnabrück (Alemanha), alerta que o problema pode ser maior. "A matéria é importante por isso: aponta um problema que está velado na opinião pública", afirma. O trigo contaminado é oriundo de Pato Branco (PR) e seria de vários produtores cujos nomes não foram revelados. Ainda segundo a matéria, os grãos foram adquiridos pela Conab entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. Segundo apurou a reportagem, boa parte dos grãos continua armazenada nos silos. São 1.650 toneladas em Marau (RS) e uma outra parte estocada em Ponta Grossa (PR). Em nota à reportagem, a Conab informou que o trigo contaminado com glifosato se encontra apenas no armazém de Marau. "Em uma das amostras retiradas do estoque em Marau os pesquisadores registraram concentração de 5,206 mg/kg de glifosato. O limite máximo de resíduo permitido é de 0,05 mg/kg, valor 100 vezes inferior",  aponta o repórter no texto. (...)]
11-11-2019 & Por trás do alimento & Esse camponês argentino lutou até a morte contra os estragos causados pelos agrotóxicos [Durante mais de uma década, Fabián Amaranto conviveu com doença neurológica causada por pesticidas e virou símbolo de movimento contra veneno]
3-11-2019 - NSC Total & "Não existe dose segura de agrotóxico", diz médico sobre o uso de defensivos em SC [Saúde dos agricultores é afetada no contato com produtos tóxicos na atividade rural]
1-11-2019 - GaúchaZH & Após adoção de normas no RS, aplicação do herbicida 2,4-D tem 22 casos de suspeita de deriva [Início da safra de soja deixa fruticultores divididos entre esperança de redução de danos e apreensão de novas contaminações do agrotóxico]
1-11-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Brasil: agrotóxicos à base de glifosato deixaram de ser extremamente tóxicos [Agrotóxicos à base de glifosato: nos EUA, segundo a atualização mais recente dos Monsanto Papers da U. S. Rignt to Know (USRTK), aproximadamente 42.700 pessoas ingressaram ações judiciais; a alegação dos queixosos é que a exposição à formulação comercial do agrotóxico Roundup fez com que eles ou seus entes queridos desenvolvessem linfoma não-Hodgkin]


1-11-2019 - Congresso em Foco & A fragilidade na capacitação dos produtores rurais para uso de agrotóxicos [O Brasil está assistindo a um recorde na liberação de agrotóxicos desde o início do ano. Até o momento, já foram 382 substâncias liberadas pelo governo federal. Ao mesmo tempo em que o Ministério da Agricultura tem acelerado o processo de liberação, o IBGE divulgou uma pesquisa informando que 63% dos produtores rurais que declaram fazer uso de defensivos não receberam nenhuma orientação técnica sobre o produto. Um dado muito preocupante, pois a tendência é que eles tenham sérios problemas de saúde. (...)]
1-11-2019 & Diario de Pernambuco & 63% dos produtores rurais usam agrotóxico sem conhecimento a respeito [Durante audiência pública que presidiu na Câmara dos Deputados nesta semana, o deputado federal Felipe Carreras informou aos ministros da Saúde, Luiz Mandetta, e da Agricultura, Tereza Cristina, dados divulgados pelo IBGE segundo os quais 63% dos produtores rurais que utilizam agrotóxicos no País não possuem capacitação técnica nem conhecimento para o manejo dos produtos. É mais um alerta sobre a utilização de defensivos no Brasil. (...)]
1-11-2019 - Globo Rural & Resíduos de agrotóxicos em alimentos estão dentro do limite permitido, diz Tereza Cristina [Segundo ministra da Agricultura, 97% de todas as amostras analisadas em 2018 pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos estavam dentro da conformidade]
31-10-2019 - El País & Anvisa retira alerta de consumo para produtos que podem até "corroer a córnea" [Levantamento inédito mostra que 93 produtos com glifosato tiveram classificação reduzida sob Governo Bolsonaro – ao mesmo tempo que o cerco ao pesticida se fecha no mundo]
31-10-2019 - Brasil de Fato & Glifosato deixa de ser considerado "extremamente tóxico" após mudança da Anvisa [Levantamento inédito mostra que 93 produtos com glifosato tiveram classificação reduzida pelo governo Bolsonaro]
31-10-2019 - Agência Pública & Glifosato deixa de ser considerado "extremamente tóxico" após mudança da Anvisa [Levantamento inédito mostra que 93 produtos com glifosato tiveram classificação reduzida pelo governo Bolsonaro – ao mesmo tempo que o cerco ao pesticida se fecha no mundo]

  
30-10-2019 - Correio Braziliense & "Fere a Constituição" diz procuradora-chefe do MPT/DF sobre agrotóxicos [Em entrevista ao CB.Poder desta quarta-feira (30/10), Valesca de Morais, procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho do DF e Tocantins, criticou o excesso de pesticidas liberados apenas em 2019. Mais de 380 agrotóxicos foram liberados no Brasil nos primeiros 10 meses de 2019, segundo dados do Ministério da Agricultura. Desse total, 57 foram registrados no início do mês. Os números, que já se aproximam do total de agrotóxicos liberados no ano passado inteiro (450), acabaram reacendendo a discussão do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o uso desses produtos. Em entrevista ao CB.Poder desta quarta-feira (30/10), programa do Correio em parceria com a TV Brasília, a procuradora-chefe do MPT do DF e Tocantins, Valesca de Morais, afirmou que a liberação "indiscriminada" dos pesticidas fere frontalmente a Constituição Federal. Ela também discorreu sobre o papel exercido pelo órgão para conter a grande quantidade de registros e sobre a situação atual do trabalho infantil no DF. (...)] 
28-10-2019 - U. S. Right to Know (USRTK) & An Unappetizing Analysis from the FDA [Last month the Food & Drug Administration published its latest annual analysis of the levels of pesticide residues that contaminate the fruits and veggies and other foods we Americans routinely put on our dinner plates. The fresh data adds to growing consumer concern and scientific debate over how pesticide residues in food may contribute – or not – to illness, disease and reproductive problems.Over 55 pages of data, charts and graphs, the FDA’s “Pesticide Residue Monitoring Program” report also provides a rather unappetizing example of the degree to which U.S. farmers have come to rely on synthetic insecticides, fungicides and herbicides in growing our food. We learn, for instance, in reading the latest report, that traces of pesticides were found in 84 percent of domestic samples of fruits, and 53 percent of vegetables, as well as 42 percent of grains and 73 percent of food samples simply listed as "other." (...)]
25-10-2019 - G1 & Justiça determina que Instituto Butantan suspenda punição a pesquisadora que atestou que não há dose segura de agrotóxicos [Para juiz, Comissão de Ética da instituição ignorou o devido processo legal quando qualificou comportamento de pesquisadora como 'infração grave'. Instituto Butantan disse que toda pesquisa que faça uso de animais vertebrados deve ser submetida à comissão para evitar o 'sofrimento excessivo'] 
25-10-2019 - Agência IBGE Notícias & Número de estabelecimentos que usam agrotóxicos sobe 20,4% [O número de estabelecimentos que admitiram usar agrotóxicos aumentou 20,4% nos últimos 11 anos. Os dados são do Censo Agropecuário 2017, divulgado hoje pelo IBGE, que também mostrou o elevado número de analfabetos que aplicaram esse tipo de produto no campo. De acordo com a pesquisa, 15,6% dos produtores que utilizaram agrotóxicos não sabiam ler e escrever e, destes, 89% declararam não ter recebido qualquer tipo de orientação técnica (...)]


25-10-2019 - Portal DBO & Agrotóxicos: Cresce número de produtores sem orientação técnica [Censo Agropecuário aponta que 15,6% dos produtores que utilizaram defensivos não sabiam ler e escrever. O Censo Agropecuário divulgado nesta sexta-feita, 25 de outubro, pelo IBGE revela um dado alarmante: dos 1,7 milhão de produtores rurais que declararam fazer uso de defensivos em suas lavouras, 63% afirmaram não ter recebido nenhuma orientação técnica sobre o uso do produto. O percentual supera os 56% de produtores sem orientação técnica registrado no Censo de 1995, quando 1,4 milhão de produtores assumiram usar o produto. (...)]
21-10-2019 - Brasil de Fato & Produção de fumo: tragédia humanitária no Sul do Brasil [Seis multinacionais controlam a produção de cigarros no mundo. Todas têm operações no Brasil. Para obter tabaco, matéria prima do seu produto, atuam em 619 cidades nos três estados da região Sul brasileira. Fazem do país o maior exportador mundial de fumo]
17-10-2019 - Hypeness & Florianópolis é primeira cidade brasileira a banir agrotóxicos de suas lavouras por lei [Mais do que uma melhoria, o controle no uso de agrotóxicos na produção agrícola, pecuária ou extrativista é uma necessidade urgente – para nossa saúde e a saúde do meio-ambiente. Na contramão da atual (e trágica) tendência federal de liberar ainda mais o uso de pesticidas e outros venenos na produção brasileira, através de uma lei já aprovada e sancionada, Florianópolis irá se tornar o primeiro município brasileiro "livre de agrotóxicos" – ou, em suma, na qual o armazenamento e aplicação de pesticidas de qualquer tipo passa a ser um crime passível de multa.  (...)]
14-10-2019 - A Pública & Como Florianópolis se tornou o primeiro município brasileiro livre de agrotóxicos [Lei aprovada por unanimidade na Câmara Municipal torna crime aplicar e armazenar pesticidas na capital catarinense]
14-10-2019 - O Tempo & Agrotóxicos tiveram isenção fiscal de R$ 2,07 bilhões só em 2018 [Isso significa que indústria deixou de pagar, por dia, R$ 5,5 milhões aos cofres públicos; para entidades, produtores orgânicos ficam prejudicados]
14-10-2019 - Repórter Brasil & Como Florianópolis se tornou a primeira cidade brasileira a banir uso de agrotóxico [Lei aprovada por unanimidade na Câmara Municipal torna crime aplicar e armazenar pesticidas na capital catarinense]
10-10-2019 - Instituto Humanitas Unisinos (IHU) & 267 tipos de agrotóxicos foram detectados na água da Região Metropolitana de Porto Alegre [Aproximadamente 30% dos 267 agrotóxicos detectados nas águas da região metropolitana estão concentrados em Porto Alegre, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Estes dados foram coletados no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), publicizados pela plataforma Por Trás do Alimento, uma parceria entre a Agência Pública e Repórter Brasil. Até outubro deste ano foram liberados 382 pesticidas e no ano passado 450 substâncias tóxicas foram registradas, segundo acompanhamento feito pela Folha de São Paulo. Dados que necessitam integrar as análises e debates sobre a alimentação, oportunizadas pelo Dia Mundial da Alimentação a ser relembrado no próximo 16 de outubro. (...)]
10-10-2019 - O Paraná & Contrabando: Quadrilhas intensificam distribuição de agrotóxicos [Entre produtos registrados e clandestinos, região consome 27 quilos de veneno/ano por habitante]


3-10-2019 - Sputnik & Governo autoriza mais 57 agrotóxicos e total de liberações chega a 382 neste ano [O Ministério da Agricultura anunciou nesta quinta-feira (3) a autorização de mais 57 agrotóxicos, chegando ao total de 382 liberações de agrotóxicos desde o começo deste ano. Desde o início da série histórica em 2005, este é o maior nível de registros. (...)"] 


21-9-2019 - El País & As empresas que servem de "barriga de aluguel" dos agrotóxicos [Levantamento inédito revela que 75 empresas transferiram permissões de venda de 326 produtos agrotóxicos; processo é legal mas pode servir para "especulação"]
20-9-2019 - Brasil de Fato & "Bayer Monsanto é morte": mulheres do MST protestam em frente à sede da empresa em SP [Ação faz parte de mobilização mundial em defesa do clima, da Amazônia e contra os agrotóxicos]
20-9-2019 - ​El País​ & Metade das aves mais comuns da Europa e da América do Norte desapareceram [Estudo com dados dos últimos 50 anos sobre 529 espécies de aves do Canadá e EUA mostra que há quase três bilhões de pássaros a menos que em 1970.​ (...) Não há uma causa única para o desaparecimento maciço dos pássaros. Os autores do estudo da América do Norte apontam a deterioração do hábitat, a pressão direta dos seres humanos e o avanço e intensificação da agricultura. Um recente estudo espanhol relacionava o desaparecimento de práticas agrícolas tradicionais, como o alqueive, com a redução das populações de aves das pradarias. Também a sofisticação dos inseticidas está deixando as espécies insetívoras sem alimentos. Outras causas apontadas poderiam ser o desmatamento nas zonas tropicais ou os transtornos causados pela mudança climática, em especial entre as aves que fazem ninhos mais ao norte​. (...)]  
20-9-2019 - GaúchaZH & "Agrotóxicos: o centauro e o mito da dose pra cavalo" ["Fora do espaço lúdico, Fernanda Sández descreve, em 'La Argentina Fumigada', a relação entre os agrotóxicos e as enfermidades de um país envenenado"]
19-9-2019 - Rede Brasil Atual & Para pesquisadora, 'Brasil se coloca em situação degradante' com liberação acelerada de agrotóxicos [Governo Bolsonaro liberou mais 63 agrotóxicos nesta semana. Ao todo, foram 325 novos registros em 2019]


19-9-2019 - Folha de S.Paulo & 30% dos ingredientes de agrotóxicos liberados neste ano são barrados na UE [Folha comparou 325 produtos registrados no Brasil em 2019 com União Europeia, EUA, Índia, Argentina, Canadá e Austrália]
18-9-2019 - Brasil de Fato & Liberação de agrotóxicos atende interesses do mercado, diz especialista em agronomia [Leonardo Melgarejo afirma que a medida ignora saúde da população; governo federal já autorizou 325 venenos neste ano]
17-9-2019 - O Eco & Governo libera mais 63 registros de agrotóxicos e total chega a 353 em 2019 [O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta terça-feira (17) o registro de 63 novos agrotóxicos. Desde o início do ano foram liberados 353 novas autorizações de agrotóxicos, o equivalente a 1,4 registros por dia. Dos 63 produtos registrados nesta terça-feira, 15 são extremamente tóxicos à saúde humana (classe I), 10 é altamente tóxico (classe II), 30 são medianamente tóxicos (classe III), 2 são pouco tóxicos (classe IX) e 6 seguem o perfil toxicológico do produto técnico de referência. Em relação aos riscos ao meio ambiente, 3 deles são altamente perigosos ao meio ambiente, 44 são muito perigosos ao meio ambiente e 16 são perigosos ao meio ambiente. Não houve nenhum registro de agrotóxico classificado como pouco tóxico dessa vez. Com a publicação do ato, esses produtos passam a ter a comercialização permitida no Brasil. Atualmente existem 2.709 produtos agrotóxicos comercializados no país. (...)]
17-9-2019 - BBC News Brasil & O agrotóxico que matou 50 milhões de abelhas em Santa Catarina em um só mês​ [Uma investigação em Santa Catarina revelou que cerca de 50 milhões de abelhas morreram envenenadas por agrotóxicos em janeiro deste ano]
​17-9-2019 - Por trás do agrotóxico & ​Exclusivo: as empresas que servem de "barriga de aluguel" dos agrotóxicos [Levantamento inédito revela que 75 empresas transferiram permissões de venda de 326 produtos agrotóxicos; processo é legal mas pode servir para "especulação"]
17-9-2019 - G1 & Governo autoriza mais 63 agrotóxicos, sendo 7 novos; total de registros em 2019 chega a 325 [Ritmo de liberação no ano segue sendo o mais alto da série histórica]
16-9-2-19 - G1 & ​Em Campinas, especialistas debatem incidência de câncer infantil por contato com agrotóxico​ [Pesquisadores de diferentes países apresentaram dados sobre a contaminação que é provocada, muitas vezes, pelo contato dos pais com substâncias que podem ser passadas aos filhos​]
​16-9-2019 - Câmara dos Deputados & Regras sobre liberação de agrotóxicos geram polêmica em debate na Câmara [Ministério da Agricultura defendeu facilidade no registro, enquanto ambientalistas pediram criação de uma política nacional de redução dos agrotóxicos] ​


10-9-2019 - DW Documental & La fusión y sus consecuencias [Un año después de adquirir Monsanto, Bayer se ve afectado por la imagen negativa de esta. La empresa de Leverkusen también es responsable de los problemas jurídicos del pasado y de los miles de demandas pendientes del gigante estadounidense. Desde hace mucho tiempo, el Roundup, un herbicida que contiene glifosato y que Monsanto vende en todo el mundo, es sospechoso de causar cáncer. Un tribunal de California acaba de conceder más de dos mil millones de dólares por daños y perjuicios a una pareja. El año pasado, el precio de las acciones de Bayer se redujo a la mitad y las consecuencias se dejan sentir en la misma empresa: en los próximos años se suprimirán unos 12.000 puestos de trabajo en todo el mundo, una gran parte de ellos en Alemania. El Consejo de Administración del promotor de la fusión, el director general Werner Baumann, se encuentra cada vez más presionado. Recientemente, los accionistas incluso se negaron a aprobar las acciones del consejo directivo. Bayer está en medio de su mayor crisis.El reportaje traza los efectos de la fusión y sigue nuevas huellas de los posibles riesgos para la salud del glifosato. ¿Cómo intentó Monsanto influir en los políticos, los científicos y la opinión pública en el pasado? ¿Los estadounidenses negaron y minimizaron amenazas conocidas internamente? ¿Y Bayer se distancia realmente de estas prácticas?]


10-9-2019 - The Intercept Brasil & Monsanto orquestrou o esforço do Partido Repúblicano para intimidar pesquisadores [Em 2015, um dos grupos de pesquisa sobre câncer da OMC, a IARC, classificou o glifosato, um ingrediente ativo do herbicida Roundup, como um “provável carcinógeno”, desencadeando um debate global sobre o herbicida mais popular do mundo.Nos últimos quatro anos, os congressistas republicanos criticaram e pressionaram para retirar os fundos da IARC, lançando sua defesa sobre o produto químico em uma missão em nome de pequenos fazendeiros norte-americanos. O deputado republicano Frank Lucas, de Oklahoma, escreveu que sua indignação com a pesquisa sobre o câncer é em nome dos “agricultores e fabricantes de alimentos que dependem de métodos agrícolas tradicionais para produzir a comida que abastece a América – e o mundo”. Mas, de acordo com um conjunto recente de documentos, o ataque político à IARC foi roteirizado em parte pela Monsanto, o conglomerado químico e de sementes de St. Louis que produz o Roundup e cultivos resistentes a ele (...)"]
15-9-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Agrotóxicos: estudo escocês revela a escala de suicídios por envenenamentos auto-infligidos intencionalmente [Desde 1960, cerca de 15 milhões de pessoas em todo o mundo se suicidaram por envenenamentos auto-inflingidos intencionalmente por agrotóxicos, alerta o estudo escocês How many premature deaths from pesticide suicide have occurred since the agricultural Green Revolution?]


13-9-2019 - Correio Braziliense & Pesticidas ameaçam pássaros selvagens, aponta estudo [Produto químico muito usado em lavouras interfere em hábitos cruciais para aves, como a reprodução e a alimentação. Animais expostos a doses altas têm o apetite comprometido e chegam a perder 6% do peso corporal em apenas seis horas]
12-9-2019 - Rede Brasil Atual & Liberação de agrotóxicos pode agravar taxas de suicídio no meio rural [Especialistas alertam que a frequência de exposição a determinados agrotóxicos pode levar a quadros de depressão grave, que têm como ponta a tentativa de suicídio. OMS alerta que 20% dessas mortes são por auto-envenenamento]
11-9-2019 - G1 & Depressão afeta fumicultores do Sul que são expostos diariamente à planta e a agrotóxicos [Clarissa Levy e Manoela Bonaldo integraram a terceira edição do Globo Lab Profissão Repórter, laboratório que percorreu o Brasil em busca de jovens talentos do audiovisual]
10-9-2019 - The Intercept Brasil & Monsanto orquestrou o esforço do Partido Repúblicano para intimidar pesquisadores [ Em 2015, um dos grupos de pesquisa sobre câncer da OMS, a IARC, classificou o glifosato, um ingrediente ativo do herbicida Roundup, como um "provável carcinógeno", desencadeando um debate global sobre o herbicida mais popular do mundo. Nos últimos quatro anos, os congressistas republicanos criticaram e pressionaram para retirar os fundos da IARC, lançando sua defesa sobre o produto químico em uma missão em nome de pequenos fazendeiros norte-americanos. O deputado republicano Frank Lucas, de  Oklahoma, escreveu que sua indignação com a pesquisa sobre o câncer é em nome dos "agricultores e fabricantes de alimentos que dependem de métodos agrícolas tradicionais para produzir a comida que abastece a América – e o mundo". Mas, de acordo com um conjunto recente de documentos, o ataque político à IARC foi roteirizado em parte pela Monsanto, o conglomerado químico e de sementes de St. Louis que produz o Roundup e cultivos resistentes a ele. (...)"]
10-9-2019 - Casa e Jardim & Pesquisa aponta que consumo de agrotóxicos reduz a atividade cerebral em adolescentes​ [​Entre os adolescentes que são expostos a uma alimentação com pesticidas, as funções cognitivas são debilitadas, segundo um estudo da Universidade de Berkeley, na Califórnia. ​O debate é universal: o uso de pesticidas e agrotóxicos nos alimentos faz mal à saúde, mas ainda há quem defenda a aplicação. A favor dos orgânicos, um estudo da Universidade de Berkeley, na Califórnia, afirma que estes ingredientes podem desencadear diversas consequências cerebrais, principalmente em adolescentes. De acordo com os resultados, o cérebro das crianças expostas a pesticidades passa a funcionar de forma diferente do que o de quem consome apenas orgânicos. Publicado na revista National Academy of Sciences, os pesquisadores estudaram imagens detalhadas do funcionamento do cérebro de adolescentes de 15 a 17 anos ao realizar funções cognitivas de compreensão ou atenção. Os resultados apontam que os jovens expostos a agrotóxicos têm o fluxo sanguíneo mais lento, a flexibilidade cognitiva menor e a memória visual reduzida. ​(...)"​]
9-9-2019 - BBC News Brasil & Como uso de agrotóxicos sem orientação e proteção põe agricultores brasileiros em risco [Pesquisas recentes sobre a saúde dos agricultores familiares brasileiros têm chamado a atenção para a prevalência de problemas respiratórios, hormonais, reprodutivos e de alguns tipos de câncer possivelmente associados à exposição aos agrotóxicos] 
5-9-2019 - Ecodebate & Como funciona o processo de liberação dos agrotóxicos no Brasil [No dia 18 de julho, marco dos 200 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro, o país já havia liberado mais agrotóxicos do que a União Europeia em um período de oito anos. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), responsável pelo registro dos pesticidas, até aquele momento, 262 produtos receberam sinal verde para uso nas lavouras brasileiras. O número supera o total dos anos de 2015 (139), 2014 (148), 2013 (110), 2012 (168), 2011 (146) e 2010 (104). E já chega bem próximo ao total de 2016, quando foram liberados 277 produtos, dando início a uma “escalada” dos agrotóxicos no Brasil] 
4-9-2019 - DW & Alemanha quer banir o glifosato até 2023 [Proibição faz parte de um programa para a proteção de insetos. A partir de 2020, medidas para redução sistemática do herbicida devem ser aplicadas. Alemanha será o segundo país europeu a restringir a substância]
2-9-2019 - Brasil de Fato & Em ofício, CNA e ruralistas atacam liberação de agrotóxico que mata lavouras [Herbicida produzido pela Monsanto prejudica várias culturas e só funciona em variedade de soja vendida por ela mesma. A velocidade e a inconsequência com que o governo Jair Bolsonaro (PSL) tem liberado o uso de agrotóxicos no país já começa a incomodar o próprio agronegócio – em tese, um dos principais beneficiários de tal política.​ Em ofício protocolado no Ministério da Agricultura na última sexta-feira (30), ao qual o Brasil de Fato teve acesso, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) manifestam “preocupação com o futuro de toda a agricultura brasileira”, devido à liberação, em 22 de agosto, do herbicida dicamba. Segundo os produtores, apenas uma variedade de soja geneticamente modificada é tolerante ao dicamba. Todas as demais seriam negativamente afetadas pelo produto, que, segundo o documento enviado ao Ministério, é altamente volátil (evapora e se espalha) em temperaturas acima de 29 graus. Além da soja, o dicamba mataria também lavouras de algodão, batata, café, cítricos, feijão, leguminosas, tomate, uva e milho, entre outras. De acordo com a Associação Brasileira dos Defensivos Genéticos (Aenda), apenas três grandes companhias multinacionais produzem herbicidas à base de dicamba, entre elas a Bayer-Monsanto. Não por acaso, é a mesma Bayer-Monsanto que detém a tecnologia para produção de sementes resistentes ao dicamba – chamada de Intacta 2 Xtend – e está programando seu lançamento comercial no Brasil para 2021. A semente já foi "apresentada" a produtores Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia num grande evento denominado Gigantes da Soja, realizado entre o fim de 2018 e começo de 2019. (...)]
1-9-2019 - Brasil de Fato & "Podemos ter 500 tipos de agrotóxicos na água que bebemos", diz pesquisador [O tema foi abordado durante a 18ª Jornada da Agroecologia, conduzido pelo Observatório do Uso de Agrotóxicos]
1-9-2019 - Rede Brasil Atual & Agronegócio concentra as maiores taxas de suicídio entre trabalhadores [Entre 2007 e 2015, casos de trabalhadores da agropecuária que tiraram a própria vida cresceu o dobro da média nacional. Exposição aos agrotóxicos é considerada a principal causa. O agronegócio é o setor econômico que concentra as maiores taxas de suicídio entre trabalhadores. De 2007 a 2015 foram registrados 77.373 suicídios, cerca de 8.597 por ano. Corresponde a uma mortalidade anual de 8,9 por 100.000 indivíduos em 2007, e de 10,5 em 2015. O dado consta da edição de agosto do Boletim Epidemiológico do Centro Colaborador da Vigilância dos Agravos à Saúde do Trabalhador do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA)]
1-9-2019 - Bem Paraná & Paraná é o líder do país em intoxicações por agrotóxico [A cada 20 horas, um caso de intoxicação por agrotóxico agrícola é registrado no Paraná. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2017 (último ano com dados disponíveis) um total de 4.785 paranaenses tiveram intoxicação confirmada. Dentre todas essas ocorrências, 347 terminaram em morte. Esses números colocam coloca o Paraná como o principal destaque (negativo) do país em termos de internações e óbitos por intoxicação com agrotóxico agrícola. Com relação às internações, São Paulo (4.024), Minas Gerais (3.235), Pernambuco (2.860) e Santa Catarina (1.827) aparecem na sequência do Paraná. Já com relação aos óbitos, o estado é seguido por Pernambuco (342), São Paulo (232), Minas Gerais (166) e Ceará (158). Os dados, alarmantes, não chegam a surpreender. Isso porque o Paraná, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), é o terceiro maior consumidor de agrotóxicos do Brasil, consumo este que tem crescido. Em 2016 e 2017, por exemplo, foram consumidos um total de 92.160,5 e 92.398,0 toneladas de agrotóxicos, respectivamente. Já no ano passado, o consumo total chegou a 92.904,3 toneladas. (...)]
1-9-2019 - Correio Braziliense & Intoxicação por agrotóxicos aumenta com liberação de produtos pelo governo [Em ritmo acelerado, substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente são validadas para que o agronegócio proteja as lavouras]
31-8-2019 - ​A Tribuna ​& MPT, MPF e MPE: Ação visa proibir uso do glifosato em MT [O Ministério Público do Trabalho (MPT-MT), Ministério Público Federal (MPF-MT) e o Ministério Público Estadual (MP-MT) ajuizaram uma ação civil pública em face da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e da Associação Mato-grossense do Algodão (Ampa) para proibir que produtores rurais do Estado de Mato Grosso utilizem qualquer agrotóxico que contenha o princípio ativo glifosato. A ação, conforme os seus proponentes, procura resguardar a saúde da coletividade de trabalhadores rurais expostos aos agrotóxicos, com efeitos que se desdobram para resguardar, também, o meio ambiente natural e a saúde coletiva.​ A ação foi ajuizada sob a modalidade coletiva passiva, em que entidades representativas são colocadas no polo passivo para defender os interesses da coletividade demandada, que no caso é composta pelos produtores rurais de Mato Grosso]
30-8-2019 - Terra de Direitos & "Temos um governo que é uma representação corporativa dos agrotóxicos", diz pesquisador [rofessor universitário e médico Wanderlei Pignati destaca o vínculo entre empresas e governo em favor dos agrotóxicos]
30-8-2019 - Plural & Em dez anos, número de intoxicação por agrotóxico dobra no país [A cada 73 minutos uma pessoa intoxicada por agrotóxico no país. Dados do DataSus, base de informação do Ministério da Saúde, registraram 54 mil casos de contaminação por agrotóxico em dez anos no Brasil]
29-8-2019 - Brasil de Fato & Venda de agrotóxicos altamente perigosos é mais intensa em países pobres, diz estudo [Pesquisa da ONG suíça Public Eye foi lançada nesta quinta-feira durante a 18ª Jornada de Agroecologia, em Curitiba (PR)]
29-8-2019 - Terra de Direitos & "Ministério da Agricultura atua como se o PL do veneno já estivesse aprovado", destaca especialista [Debate anterior à Jornada de Agroecologia do Paraná reforça que liberação recorde de registros agrotóxicos intensifica vulnerabilidade ambiental e da saúde]
28-8-2019 - Rede Brasil Atual & Santa Catarina quer implementar Tributação Verde e retirar isenção fiscal de agrotóxicos [Governador cria medida provisória para retirar ou diminuir os incentivos fiscais sobre substâncias nocivas. Pesquisadora da USP defende que modelo deveria ser adotado por todos os entes federativos]
27-8-2019 - AH & O agro não é pop: a mentira da Revolução Verde [Em 2019, o Brasil completa 12 anos liderando o ranking de maior consumidor de agrotóxicos do planeta]
26-8-2019 - Agência Pública & Agrotóxico foi usado "como agente laranja" em comunidades indígenas, diz procurador [Em entrevista, membro do MPF explica que Justiça livrou fazendeiro e empresa que pulverizaram pesticida sobre índios Guyra Kambi’y no MS, apesar de um vídeo comprovar o ataque]


26-8-2019 - Brasil de Fato & Mudanças na regulação de agrotóxicos são um retrocesso de 40 anos, diz pesquisador [Pioneiro da agroecologia, o professor da USP Adilson Dias Paschoal relança livro clássico sobre agrotóxicos. A liberação de agrotóxicos como vem sendo feita hoje no Brasil é um retrocesso de 40 anos. A opinião é de um dos maiores especialistas sobre o tema, o professor e pesquisador Adilson Dias Paschoal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP). Há quatro décadas, Adilson lançou um livro que serviria de base para a proibição de elementos como o DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano, um inseticida de baixo custo) e a elaboração de todas as legislações estaduais sobre o uso de agrotóxicos. Na obra, ele demonstrava que, ao contrário da argumentação da indústria – sustentada até hoje pelo agronegócio –, a utilização de agroquímicos nas lavouras favorece o aumento de pragas, que se tornam mais resistentes e demandam novos produtos num ciclo interminável. (...)]
26-8-2019 - Por trás do alimento & Agrotóxico foi usado "como agente laranja" em comunidades indígenas, diz procurador [Em entrevista, membro do MPF explica que Justiça livrou fazendeiro e empresa que pulverizaram pesticida sobre índios Guyra Kambi'y no MS, apesar de um vídeo comprovar o ataque]
22-8-2019 - Reuters & French mayors ban glyphosate weedkiller, defying government [Some 20 French mayors have banned glyphosate from their municipalities, defying the government, which is now taking legal action to impose national legislation which allows the controversial weedkiller's continued use for now]
22-8-2019 - Agência Pública & Com aprovação de mais agrotóxicos, apicultores temem novo extermínio de abelhas [Última leva de aprovações do governo Bolsonaro incluiu seis produtos com Sulfoxaflor; pesticida é apontado como causador de morte de enxames]
17-8-2019 - H2FOZ & Paraguai é 1º pais condenado pela ONU por morte causada por agrotóxicos [O Comitê de Direitos Humanos da ONU condenou o Paraguai por violação de direitos humanos com conotações ambientais, pela morte do agricultor Rubén Portillo pelo uso massivo de agrotóxicos] 
16-8-2019 - Brasil de Fato & Juiz compara uso de agrotóxico a combate à dengue e livra fazendeiro de multa [MPF pedia R$ 286 mil para indenizar comunidade indígena atingida por veneno pulverizado a mando de Cleto Spessato] 
16-8-2019 - Exame & Governador do PSL decide taxar agrotóxicos em SC e agronegócio reage [Carlos Moisés defendeu o fim da isenção de ICMS para defensivos agrícolas; em carta aberta, federação afirma que decisão leva "pânico ao campo"]
16-8-2019 - Brasil de Fato & Mudança na categorização dos agrotóxicos é revoltante, por Alexandre Padilha [É como se o paciente estivesse com febre e, em vez de tentar ajudá-lo, o enfermeiro jogasse o termômetro fora]
15-8-2019 - Rede Brasil Atual &  Governo desqualifica pesquisa sobre agrotóxicos. "Estamos no obscurantismo", diz Larissa Bombardi [Membros da Anvisa e do Ministério da Agricultura põe em dúvida estudo que mostra não haver dose segura para os 10 agrotóxicos mais usado no país]
14-8-2019 - G1 RS & MP encaminha pedido de suspensão de inseticida que causou mortandade de abelhas no RS [Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente pede restrição do uso do inseticida Fipronil, na modalidade foliar. Inquérito apurou que, em 32 municípios gaúchos, em torno de 400 milhões de abelhas morreram entre outubro do ano passado e março deste ano. A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre encaminhou, nesta quarta-feira (14), um pedido para que o governo avalie a possibilidade de restrição do uso do inseticida Fipronil, na modalidade foliar. O agrotóxico é responsável pela mortandade de milhões de abelhas no estado este ano. O Ministério Público pediu a suspensão provisória do registro do produto no Cadastro Estadual de Registro de Agrotóxicos. O ofício foi encaminhado à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e às Secretarias da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, e de Meio Ambiente e Infraestrutura. (...)]
14-8-2019 - Sul 21 & MP pede suspensão de inseticida responsável pela morte de abelhas no RS [Nesta quarta-feira (14), o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP-RS) encaminhou um despacho solicitando que a modalidade foliar do inseticida fipronil, agrotóxico relacionado à morte de abelhas em colmeias gaúchas, tenha uso suspenso no Estado. O produto foi apontado pelo Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) como um dos três inseticidas responsáveis por dizimar 40% de 480 colmeias do interior do Estado em outubro de 2018. Ainda, o fipronil também é visto pela Câmara Setorial de Abelhas, produtos e serviços da Secretaria Estadual de Agricultura como responsável por cerca de 80% das mortes desses insetos entre o final de 2018 e o início de 2019. No despacho, o MP-RS afirma que "parece não haver dúvida de que o produto, na versão foliar, notadamente pelo mau uso, é uma causa importante da mortandade de abelhas no Estado" e que, por isso, "impõe-se avançar na limitação da sua comercialização e uso, especialmente às vésperas do início da safra". Além da modalidade foliar, ou seja, com aplicação nas folhas, o fipronil também é utilizado na agricultura de outras formas, sendo aplicado no solo, em tratamento de semente e por meio de irrigações. O inseticida é usado para combater insetos como cupins e formigas, mas por atuar no sistema nervoso central dos insetos, acaba matando também as abelhas. (...)]
13-8-2019 - Bahia Notícias & Agrotóxicos são 'afronta a saúde' e tornam nocivos alimentos que deveriam ser benéficos [O debate sobre o impacto negativo do uso de agrotóxicos para a saúde humana foi aquecido nas últimas semanas, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no final de julho, um novo marco regulatório para avaliação dos riscos vinculados a esses produtos] 
13-8-2019 - Rede Brasil Atual & Liberação de agrotóxicos pode provocar boicote a produtos e prejudicar exportações [Professor da USP alerta para impacto que pode sensibilizar compradores de produtos do país, em especial em mercados importantes como os da Europa. Representante do agronegócio já mostra preocupação com postura do governo]
13-8-2019 - Brasil de Fato & Monsanto operou esquema de monitoramento para desacreditar repórteres, diz jornal [Principal alvo foi Carey Gilliam, repórter da agência de notícias Reuters; jornalista escreveu livro denunciando empresa]
11-8-2019 - NaTelinha & Após crítica, "Zorra" volta a zombar de agronegócio Programa não se intimidou com o repúdio de Deputado e Associação [O "Zorra" não abaixou a cabeça para Associação dos Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina (AMAP) e o Deputado Federal Sanderson (PSL-RS) e voltou a satirizar o posicionamento deles sobre a sátira do "Sítio do Pica-Pau com Sequelas" na noite do último sábado (10). A esquete foi batizada de "Deputado Agrotóxico e o 'Sítio do Picapau com Sequela'". A história apresenta o político numa bancada cercado de assessores e pessoas ligadas ao setor rural, usando da influência para detonar o humor praticado pelo programa humorístico da Globo. (...)]


11-8-2019 - Revista Fórum & Cultura Hacker – Episódio: o agrotóxico nosso de cada dia [Dadoscope: A liberação dos novos agrotóxicos pelo D.O.U traz outros campos interessantes de serem trabalhados, principalmente os que tratam dos produtos químicos e do risco ambiental (...) Apresentando o Robotox - A primeira visita hacker do Dadoscope é ao Robotox. Trata-se de um robô do twitter que avisa toda vez que um novo agrotóxico é liberado no Diário Oficial da União (D.O.U). Esse é um projeto em conjunto da Agência Pública e da Repórter Brasil. A rotina do robô de todo dia buscar identificar se há novos agrotóxicos liberados inspirou o título do nosso artigo. Esse é o nosso primeiro hack sobre o Robotox. (...)]


10-8-2019 – Hypeness & Monsanto pagou o Google para 'esconder' notícias negativas, diz jornal [Gigante dos agrotóxicos e acusada de contribuir para o aumento de casos de câncer, a Monsanto pagou o Google para omitir notícias negativas a seu respeito. Segundo o  The Guardian, a companhia mirou jornalistas, ativistas e até o cantor Neil Young]


9-8-2019 - The Guardian & I'm a journalist. Monsanto built a step-by-step strategy to destroy my reputation [Company records show an action plan that includes promoting certain search results and targeting book reviews. As a journalist who has covered corporate America for more than 30 years, very little shocks me about the propaganda tactics companies often deploy. I know the pressure companies can and do bring to bear when trying to effect positive coverage and limit reporting they deem negative about their business practices and products. But when I recently received close to 50 pages of internal Monsanto communications about the company’s plans to target me and my reputation, I was shocked. (...)]
9-8-2019 - CartaCapital & Congresso recebe 160 mil assinaturas contra liberação de agrotóxicos [Três abaixo-assinados foram entregues ao coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista e ao líder da oposição na Câmara dos Deputados Uma mobilização nacional que diz 'não' ao uso excessivo de agrotóxicos na agricultura brasileira chegou ao Congresso Nacional na última terça-feira (6). A antropóloga e educadora ambiental Leticia Antonioli entregou três abaixo-assinados, com mais de 160 mil apoiadores, ao coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), e ao líder da oposição na Câmara e ex-coordenador da Frente, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). A entrega das petições abertas na plataforma Change.org chamou atenção para o ritmo acelerado de aprovação de pesticidas no país e a quantidade recorde de substâncias registradas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) desde janeiro: 262. As milhares de assinaturas reunidas simbolizam a mobilização popular em torno do assunto e, segundo Leticia, têm o objetivo de frear a escalada crescente de agrotóxicos na agricultura brasileira.  (...)"]
8-8-2019 - The Guardian & Revealed: how Monsanto's 'intelligence center' targeted journalists and activists [Internal documents show how the company worked to discredit critics and investigated singer Neil Young. Monsanto operated a “fusion center” to monitor and discredit journalists and activists, and targeted a reporter who wrote a critical book on the company, documents reveal. The agrochemical corporation also investigated the singer Neil Young and wrote an internal memo on his social media activity and music. The records reviewed by the Guardian show Monsanto adopted a multi-pronged strategy to target Carey Gillam, a Reuters journalist who investigated the company’s weedkiller and its links to cancer. Monsanto, now owned by the German pharmaceutical corporation Bayer, also monitored a not-for-profit food research organization through its “intelligence fusion center”, a term that the FBI and other law enforcement agencies use for operations focused on surveillance and terrorism. The documents, mostly from 2015 to 2017, were disclosed as part of an ongoing court battle on the health hazards of the company’s Roundup weedkiller. They show: (...)]


7-8-2019 - Sputnik & Veneno no prato: que consequências o uso abundante de agrotóxicos pode trazer para o Brasil? [(...) Segundo o professor de Economia Ecológica Fábio Maia Sobral, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o cenário que se apresenta no setor alimentício representa um "suicídio ambiental" para o Brasil, na medida em que o amplo emprego de variados agrotóxicos implicaria na redução de agentes polinizadores e, no médio ou longo prazo, no desaparecimento da capacidade de produção da agricultura brasileira. Em entrevista à Sputnik Brasil, o especialista afirma que, além do custo ambiental, o uso indiscriminado desses produtos pode, sim, trazer enormes riscos para a saúde da população, "o que significa que o que é ganho nos balanços das fazendas, das empresas agrícolas, é perdido pelo sistema de saúde através dos males causados". E, fora isso, é preciso destacar também a possibilidade de o Brasil ser alvo de barreiras impostas por outros países a seus produtos. (...)]
7-8-2019 - Super Interessante & O Brasil é o país que mais usa agrotóxicos. Se alguém negar isso, desconfie [Dados de consumo por hectare, que têm frequentado o noticiário e supostamente colocam o País em 7o. lugar, são enganosos; entenda por quê. Em agosto de 2018 a SUPER publicou uma reportagem de capa, chamada O País do Agrotóxico, em que o jornalista Ricardo Lacerda e eu investigamos profundamente o tema: mostramos por que o Brasil é o país que mais usa agrotóxicos, revelamos quais são os reais riscos à saúde de agricultores e consumidores, apontamos as mudanças que vinham sendo feitas para afrouxar os mecanismos regulatórios e permitir o aumento no uso de pesticidas no País. Se você ainda não leu a matéria, e não sabe direito o quanto se preocupar (as verduras que você come estão mesmo te envenenando?) ou o que fazer (é possível ou não retirar os agrotóxicos dos alimentos?), leia. Vai entender o assunto de uma vez por todas, com dados e explicações que não se encontra nas notícias do dia a dia, e tirar conclusões definitivas a respeito. ​(...)]​


6-8-2019 - Brasil de Fato & Agrotóxicos: 44% dos princípios ativos liberados no Brasil são proibidos na Europa [Estudo evidencia discordância quanto ao uso de venenos; impasse pode prejudicar acordo comercial entre UE e Mercosul]
6-8-2019 - Correio do Povo & Brasil vai aprovar mais agrotóxicos para "entrar na modernidade", diz Tereza Cristina [Ministra afirmou que é necessário tomar cuidado para não "aterrorizar" os consumidores brasileiros acerca dos defensivos]
6-8-2019 - Sputnik & Ministra da Agricultura diz temer que críticas à liberação de agrotóxicos gerem guerra comercial [A ministra da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta terça-feira (6), que teme que as autorizações dadas pelo governo para o registro de agrotóxicos no país se transformem em uma "guerra comercial" no âmbito internacional]
6-8-2019 - Folha de S.Paulo & 'Nenhum consumidor brasileiro está sendo intoxicado', diz ministra da Agricultura sobre agrotóxicos​ [Nova classificação reduziu número de defensivos na categoria dos extremamente tóxicos]
5-8-2019 - NaTelinha & "Zorra" faz sátira e recebe nota de repúdio de produtores agrícolas: "Terrorismo" Programa criticou uso de produtos químicos e AMAP não gostou [A Associação dos Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina (AMAP) divulgou na manhã desta segunda-feira (05) nota de repúdio contra um quadro do humorístico “Zorra” exibido no último sábado (03), na Globo, que satirizou o uso de defensivos agrícolas (...)]


4-8-2019 - G1 & Mais de 40 fiscais serão destacados para fiscalizar a aplicação de agrotóxicos em lavouras no RS [Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural vai atuar nas regiões da Campanha, Central e Campos de Cima da Serra. Locais foram escolhidos devido à predominância de culturas sensíveis como a uva, a maçã e a oliva]
3-8-2019 - O Dia & Pesquisa indica que não há dose segura de agrotóxico [Pesquisadores testaram diferentes concentrações dos pesticidas, desde as doses mínimas indicadas até concentrações equivalentes a 1/30 dessas dosagens. Uma análise de dez agrotóxicos de largo uso no País revela que os pesticidas são extremamente tóxicos ao meio ambiente e à vida em qualquer concentração - mesmo quando utilizados em dosagens equivalentes a até um trigésimo do recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Encomendado pelo Ministério da Saúde e realizado pelo Instituto Butantã, o estudo comprova que não existe dose mínima totalmente não letal para os defensivos usados na agricultura brasileira. "Não existem quantidades seguras", diz a imunologista Mônica Lopes-Ferreira, diretora do Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada, responsável pela pesquisa. "Se (os agrotóxicos) não matam, causam anomalias. Nenhum peixe testado se manteve saudável." (...) ]


2-8-2019 - Brasil de Fato & Número de agrotóxicos que Anvisa considera "extremamente tóxicos" cai de 34% para 2% [Novo marco regulatório é "forma de enganar a sociedade", segundo pesquisador; mudança também impacta rótulo dos produtos. A nova classificação de agrotóxicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada esta semana no Diário Oficial da União, provocou uma redução drástica do número de produtos considerados "extremamente tóxicos" no Brasil. Nos últimos estudos divulgados antes da mudança no método de sistematização, 800 agrotóxicos, em média, pertenciam a essa categoria, em um universo de cerca de 2300 – aproximadamente 34,7%. A nova tabela, divulgada pela Agência nesta quinta (1º), classifica apenas 43 como "extremamente tóxicos", o que equivale a 2,2% dos 1924 produtos analisados. A sistematização dos produtos, até então regulada por uma legislação de 1989 que previa a existência de quatro categorias segundo o nível de perigo oferecido pelos venenos, passou a ter cinco divisões, com novos critérios. As novas normas também permitem que produtos  antes considerados "altamente tóxicos", que provocam irritação severa na pele, passem para a categoria de toxicidade moderada, enquanto os "pouco tóxicos" – com risco de irritação leve na pele e nos olhos, por exemplo – fiquem liberados de classificação. Com isso, eles não apresentarão advertências no rótulo para o consumidor. (...)]


2-8-2019 - GaúchaZH & Saiba o que muda com as novas classificações de agrotóxicos no Brasil [Em vigor desde quarta-feira (31), marco regulatório da Anvisa para agroquímicos segue modelo internacional na comunicação sobre os produtos, mas gera críticas. (...) Crítica em relação a efeitos de longo prazo — A adoção do modelo GHS na classificação de agrotóxicos é "complicada", pois leva em conta, principalmente, os efeitos agudos causados pela exposição ao produto, não reforçando a atenção às complicações no longo prazo, considera Marcelo Arbo, professor de toxicologia da Faculdade de Farmácia da UFRGS. Ele afirma que a nova identificação pode passar a ideia equivocada de que determinado produto é menos nocivo por não causar problemas de saúde imediatos: — No caso dos agrotóxicos, principalmente esses mais novos, o problema é que muitos agudamente não têm efeito muito tóxico. Não vão provocar consequência grave. Mas a longo prazo, com exposição continuada, o que vai acontecer com o trabalhador que aplica esse produto com toxicidade bem pronunciada? — questiona."]
1-8-2019 - Jornal da Universidade/Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) & Agrotóxicos recebem R$14 bi de subsídios [Subsídios para os agrotóxicos podem superar R$ 14,53 bilhões por ano, o que equivale a R$ 70 por habitante. Desde janeiro, 290 novos produtos foram autorizados pelo governo federal]
1-8-2019 - Rede Brasil Atual & 'Marco regulatório para agrotóxicos é o PL do Veneno na prática', diz pesquisadora [Entre as mudanças previstas pela Anvisa está o afrouxamento na classificação dos agrotóxicos. O governo Bolsonaro publicou no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (31), o marco regulatório para Agrotóxicos. A medida, que afrouxa critérios para avaliação e classificação destes produtos químicos, é criticada por especialistas. De acordo com Larissa Mies Bombardi, professora do Departamento de Geografia da USP e autora do Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil, o marco faz valer, na prática, o Projeto de Lei 6299/02, o chamado PL do Veneno. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, ela explica que o governo Bolsonaro executa um projeto que ainda não foi apreciado no Congresso Nacional. "O Executivo está passando por cima do Legislativo e implantando princípios que estão no PL que não foi votado. É uma vergonha esse marco regulatório, que nos deixa mais vulneráveis. Se antes havia algum cuidado, hoje, só a morte é considerada para saber se a substância é tóxica", criticou. Com a promulgação do marco, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o afrouxamento dos critérios para avaliação e classificação dos agrotóxicos. As novas regras anunciadas estabelecem o uso de métodos alternativos à experimentação animal. E retiram exigências que a agência afirma serem "redundantes" e "cientificamente desnecessárias" para a tomada de decisão regulatória. "A Agência argumenta que a mudança é necessária pois a portaria que regulamentava era antiga. No entanto, o critério que será adotado para classificar um produto como “extremamente tóxico” é o efeito agudo, ou seja, só se levar o sujeito à morte", explica Larissa. (...)]
1-8-2019 - El País & Um terço dos agrotóxicos usados no Brasil inclui alguma substância proibida pela UE [O Governo do presidente Jair Bolsonaro acelerou a aprovação de 262 novos tipos de pesticidas desde que assumiu o poder. (...) O Brasil, uma potência agrícola, é um dos países que mais usam agrotóxicos. A especialista explica que o aumento ocorre porque a superfície cultivada se expandiu, mas também porque os agricultores estão usando mais pesticidas por hectare. Ela observa também que a fiscalização sobre os efeitos na agricultura é deficiente e inexistente ao final da cadeia, quando chega ao consumidor. Os ingredientes mais destacados entre os usados no Brasil e proibidos na União Europeia são o acefato e a atracina, vetados ali há mais de 15 anos. (...)]
1-8-2019 - Por trás do alimento & Cegueira e corrosão da pele: novas regras para agrotóxicos aumentam riscos para trabalhador [Para especialistas, mudança em rótulo de pesticida que não apresenta risco de morte pode fazer agricultor acreditar que eles são menos perigosos. As novas regras anunciadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre classificação de agrotóxicos parecem, à primeira vista, apenas uma adaptação ao padrão internacional. Mas, na prática, especialistas e defensores dos direitos dos trabalhadores rurais afirmam que a medida vai colocar sob risco ainda maior a saúde de quem lida diretamente com a aplicação dos pesticidas. Isso porque a principal alteração do Marco Regulatório acontece na hora de classificar os produtos mais perigosos, ou seja, das classes "altamente tóxicos" e "extremamente tóxicos". Se antes os que causavam problemas como úlceras, corrosão dérmica e na córnea e até cegueira entravam nessas categorias, agora só vão fazer parte delas os que apresentarem risco de morte por ingestão ou contato. Assim, mais de 500 dos 800 produtos agrotóxicos hoje considerados altamente tóxicos vão passar para as classes menos perigosas, o que deve aumentar a produção e o consumo desse tipo de pesticida. Além disso, eles terão menos alertas no rótulo, ou seja, perdem a tarja vermelha e a caveira que chamava atenção sobre o risco mesmo para agricultores de baixa escolaridade. (...)]



31-7-2019 - Sputnik & Recorde de agrotóxicos no Brasil é risco para acordo Mercosul-UE, diz pesquisadora [O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem batido recordes de liberação de agrotóxicos. Até este mês foram 262 pesticidas liberados como parte de uma política de favorecimento ao agronegócio. A política ambiental do governo segue a mesma premissa e bate recordes de desmatamento, além de questionar publicamente dados de institutos que monitoram o avanço das motosserras no Brasil. Essa postura tem levantado preocupações fora do Brasil e pode interferir em acordos econômicos, como o recém fechado acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Para comentar a questão, a Sputnik Brasil conversou com Helena Margarido Moreira, pesquisadora em Relações Internacionais e Política Ambiental e professora da Universidade Anhembi Morumbi. Para a pesquisadora, a política ambiental e de liberação dos agrotóxicos do atual governo é "alarmante" e "preocupante". Ela também alerta que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia pode incluir barreiras em relação aos pesticidas. A pesquisadora se refere a uma cláusula incluída no acordo nomeada de "princípio de precaução", que tem gerado preocupações entre os produtores brasileiros. (...)]
26-7-2019 - National Geographic & Liberação recorde reacende debate sobre uso de agrotóxicos no Brasil. Entenda [Já foram 290 produtos liberados em 2019, 41% deles de extrema ou alta toxicidade e 32% banidos na União Europeia. Ritmo de registros é o maior na última década. Especialistas discutem riscos à saúde pública e ao meio ambiente e defendem alternativas. Na última segunda-feira (22/7), o governo aprovou a entrada de mais 51 agrotóxicos no mercado brasileiro, 17 deles são extremamente tóxicos. Já foram liberados 290 pesticidas desde 1º de janeiro. Trata-se do maior ritmo de liberação de agrotóxicos na última década para o período de 1º de janeiro a 22 de julho. O volume superou a taxa de 2018, então a mais alta para o mesmo intervalo de tempo com 229 dos 422 novos produtos liberados no ano. Outras 559 solicitações de registro já foram acatadas pelo governo. (...) "Não existiu um grande concurso público ou o deslocamento de pessoas para aprimorar esse e outros processos dentro da agência", alerta Marina Lacôrte, coordenadora da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil. “Acelerar esse tipo de liberação é uma decisão política. (...)"]
30-7-2019 - RFI & Bayer já soma mais de 18 mil processos nos Estados Unidos pela venda do glifosato [O grupo químico alemão Bayer enfrenta 18,4 mil ações nos Estados Unidos contra o herbicida glifosato, de sua subsidiária Monsanto. Um volume de processos que segue aumentando constantemente, "envenenando" a integração do grupo norte-americano comprado no ano passado]
30-7-2019 - Plural & Em dez anos, número de intoxicação por agrotóxico dobra no país [A cada 73 minutos uma pessoa intoxicada por agrotóxico no país. Dados do DataSus, base de informação do Ministério da Saúde, registraram 54 mil casos de contaminação por agrotóxico em dez anos no Brasil]
28-7-2019 - Poder 360 & Agrotóxicos são potentes venenos, escreve Althen Teixeira Filho [Discussão sobre impacto foi superada. Malefícios já estão comprovados. Agrotóxicos são venenos, pensados e elaborados com o propósito único de lesar organismos! De forma mais direta e clara: são biocidas que matam células, sejam elas animais, vegetais, fungos, bactérias ou fauna edáfica! Refletindo nessa lógica, responde-se ao Sr. Graziano, sempre lastreado em fatos e argumentos científicos, evitando-se interpretações numéricas controversas, ideologias, visões economicistas ou tergiversações. O campo acadêmico e científico apresenta discordâncias, obviamente, mas os embates travados, mesmo no calor da disputa de ideias, devem ser sempre respeitosos e possíveis “agressividades de argumentos” jamais podem alcançar a órbita da pessoalidade. (...)]
28-7-2019 - O Tempo & Agrotóxico causa rombo nos gastos com saúde e com licenças médicas [A cada dia, 26 pessoas são intoxicadas por defensivos agrícolas no Brasil, o que representa mais de uma por hora; mesmo assim, 2019 é marcado por um ritmo recorde na aprovação de novos defensivos agrícolas]
26-7-2019 - G1 & Anvisa 'não tinha boa vontade' para liberar agrotóxicos, diz ministra da Agricultura [Ministério aprovou na segunda (22) o registro de mais 51 agrotóxicos e na terça-feira (23) a Anvisa definiu um novo marco regulatório para avaliação e classificação toxicológica dos produtos (...) O Ministério da Agricultura aprovou na segunda-feira (22) o registro de mais 51 agrotóxicos, totalizando 262 neste ano. O ritmo de liberação de novos pesticidas é o mais alto já visto para o período (...)]
25-7-2019 - Folha de S.Paulo & Novo marco de agrotóxicos não atende padrão internacional de riscos [Anvisa diz que novas regras se aplicam à comunicação do perigo, mas não à avaliação de risco]
24-7-2019 - Nexo & As novas regras para classificar agrotóxicos. E a liberação recorde [Marco regulatório aprovado pela Anvisa muda a classificação toxicológica dos produtos e como ela é apresentada em embalagens e rótulos]
24-7-2019 - Brasil de Fato & Ameaça não está apenas nas lavouras: veneno está nos alimentos e na água das cidades [A avaliação é de Leonardo Melgarejo, engenheiro agrônomo e membro da Campanha Contra Agrotóxicos (...) "As pessoas acreditam que apenas quem está aplicando o veneno nas lavouras está ameaçado. Esta é uma percepção errada porque não só os estudos estão demonstrando que boa parte dos venenos vão parar nos alimentos, mas também, e principalmente, porque tudo aquilo que você joga no campo vai parar na água. E as águas que chegam nas grandes cidades carregam resíduos destes venenos", explica Leonardo Melgarejo, que é engenheiro agrônomo e membro da campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida. (...)]
24-7-2019 - Jornal GGN & Política dos agrotóxicos coloca em risco vida de brasileiros e acordo com União Europeia; entenda [Coordenadora de Atlas Geográfico sobre agrotóxicos aponta que um terço dos pesticidas liberados por Bolsonaro são proibidos em países europeus e, ainda, que a cada dois dias e meio uma pessoa morre no Brasil intoxicada por esses produtos]


24-7-2019 - Brasil de Fato & Nova classificação de agrotóxicos é "forma de enganar a sociedade", diz pesquisador  [Metodologia muda rótulo dos produtos; Greenpeace aponta que sistematização confunde consumidores (...) Especialista no tema, o engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, diz que a nova metodologia impõe riscos à saúde humana porque os pesticidas têm reconhecida ligação com diferentes tipos de males. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em média, 193 mil mortes registradas ao ano no planeta podem ter relação com o uso de agrotóxicos e outros produtos químicos.  "A informação de risco agora privilegia os casos de morte. Sobrevalorizar um veneno porque ele causa morte e deixar de lado preocupações de longo prazo, como câncer, cegueira, problemas de raciocínio e no sistema nervoso central, para nós, é uma forma de enganar a sociedade. Vai minimizar o cuidado que as pessoas vão ter com venenos que não causam a morte, mas que trazem dramas que, para uma família, são tão relevantes quanto a perda de um parente", reflete. (...) "Seria racional que nós tivéssemos um modelo semelhante, mas, na comunidade econômica europeia, pelo que sabemos, são proibidos vários dos produtos que são autorizados aqui. Seria de se esperar que uma reclassificação que compatibilizasse a realidade brasileira com a europeia retirasse do mercado esses produtos. No entanto, não há nenhuma sinalização nesse sentido", pondera Melgarejo, acrescentando que mais de 30% dos venenos que circulam nacionalmente são rejeitados por esses países. (...)]   
24-7-2019 - Huffpost & Nova regra da Anvisa permite que agrotóxico extremamente tóxico seja classificado como moderado [Segundo especialistas ouvidos pelo HuffPost, novo marco regulatório omite riscos à saúde humana. Para agência, mudança fortalece a comercialização de produtos nacionais no exterior. (...) Risco maior. Mas, para especialistas, as mudanças significam maiores riscos a agricultores e até mesmo aos consumidores. "O que a gente tem assistido é um grande movimento de flexibilização das regras para agrotóxicos, desde aceleração de aprovações [de novos pesticidas] até adoção desse padrão internacional, que na verdade, são apenas diretrizes", criticou Marina Lacorte, coordenadora da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace. Lacorte acusa o governo de usar tais normas internacionais a favor da bancada ruralista, no intuito de flexibilizar regras e classificações atuais e de "omitir" os verdadeiros riscos aos consumidores. Ela ressalta que foram aprovados e usados no Brasil agrotóxicos classificados como cancerígenos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), que é respeitada e seguida pelo formato agora adotado pela agência brasileira. "Ou seja, [o governo] adota a classificação que lhe convém. É realmente contraditório", completa. (...)]


24-7-2019 - G1 & Entenda o que muda na classificação dos agrotóxicos pela Anvisa [Pesticidas considerados altamente tóxicos poderão ser rotulados de forma mais branda, o que é criticado por ambientalistas. Agência diz que país está adotando padrão internacional e que 'régua mais baixa' pode ajudar a diminuir nível de toxidade de futuros produtos]
24-7-2019 - Poder 360 & Questão dos agrotóxicos exige debate qualificado, escreve Larissa Bombardi [Dados devem considerar 1 conjunto de fatores. Brasil é líder em consumo de agrotóxicos. População segue subnutrida e intoxicada]
24-7-2019 - Folha de S.Paulo & 78% dos brasileiros acham que agrotóxicos são inseguros [Para 72% dos entrevistados, alimentos produzidos no Brasil têm mais agrotóxicos do que deveriam, aponta Datafolha]


23-7-2019 - Folha de S.Paulo & Anvisa adota risco de morte como único critério para classificar agrotóxicos [Nova regra da agência dispensa irritação de olhos e pele e vai reclassificar agrotóxicos muito tóxicos em categorias mais baixas]
23-7-2019 - RT & El Gobierno brasileño aprueba el uso de 51 agrotóxicos y bate récord de liberación de pesticidas [El Ministerio de Agricultura indica que en siete meses se han liberado 262 productos. Greenpeace denuncia que se trata del mayor volumen registrado en la historia del país]


23-7-2019 - DW & Anvisa aprova mudança na classificação de agrotóxicos [Brasil adota padrão internacional usado por mais de 50 países. Modelo deixa de lado resultados toxicológicos de irritação dos olhos e da pele e usa o risco de morte como único critério para classificar tais produtos. Ao jornal Folha de S. Paulo, o gerente de avaliação de segurança toxicológica da Anvisa, Caio Almeida, afirmou que, ao incluir resultados toxicológicos de irritação dos olhos e da pele, o antigo método fazia com que grande parte de agrotóxicos acabasse classificada como extremamente tóxica. O padrão internacional não elimina, porém, os estudos toxicológicos de irritação dos olhos e da pele. O GHS prevê que esses testes sejam utilizados para alertas que devem ser feitos nos rótulos e bulas dos produtos sobre riscos à saúde, tornando assim as advertências mais claras (...)]
23-7-2019 - Rede Brasil Atual & Anvisa afrouxa critérios para avaliação e classificação de agrotóxicos [Imprecisas quanto ao conceito de perigo, novas regras não ampliam cautelas e desprezam efeitos das substâncias sobre a saúde, inclusive quando combinadas. (...) Vice-presidente da regional sul da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o agrônomo Leonardo Melgarejo avalia que os critérios só estariam sendo atualizados caso ampliassem as cautelas, o que implica na retirada do mercado de vários produtos. E não há qualquer sinalização nesse sentido. "Uma atualização efetiva deveria considerar os efeitos crônicos das substâncias, isoladamente, e também os efeitos sinérgicos resultantes da combinação de agrotóxicos, o que necessariamente ocorre na água e nos organismos que os absorvem", afirma. Melgarejo também tem críticas em relação às mudanças na rotulagem. A comunicação dos perigos à vida e à saúde humana, e da classificação toxicológica, com o estabelecimento de categorias e faixas de cores – que a agência considera uma evolução –, para ele é a transmissão de conceitos imprecisos e sem clareza. "Não está clara a consideração de perigos." (...)]
22-7-2019 - Brasil de Fato & Por que os agrotóxicos fazem mal para saúde e o consumo só aumenta? [Problemas neurológicos, câncer, desregulação hormonal, contaminação do leite materno e até óbitos são alguns dos males. Você sabia que em 2017 o Paraná ocupou a posição de terceiro maior consumidor de agrotóxicos? E ainda, segundo dados do Ministério da Saúde, de 2007 a 2014 foram 34.147 notificações de intoxicação por agrotóxico registradas no Brasil? E que um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos, segundo análises de amostras coletadas em todos os 26 estados do Brasil pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa? (...)]
21-7-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Cientistas independentes alertam que o agrotóxico clorpirifós causa danos cognitivos em crianças ["Quanto vale a saúde do seu filho? A resposta vinda da administração da Agência de Proteção Ambiental dos EUA é: não muito." (Carey Gillam)]


21-7-2019 - The Guardian & Neurotoxins on your kid's broccoli: that's life under Trump (por ) [In the choice between big chemical corporations and ordinary citizens, the Environmental Protection Agency has made clear where its allegiances lie]


23-7-2019 - Agência Pública & A pedido de multinacionais do agrotóxico, governo americano treina polícia brasileira [Embaixada americana não informou custos do treinamento que ocorreu em Foz do Iguaçu e incluiu palestra de empresas para policiais, fiscais e agentes ambientais]
22-7-2019 - Rede Brasil Atual & Governo libera mais 51 agrotóxicos; um deles ameaça abelhas polinizadoras [Chega a 290 o total de produtos liberados em 205 dias de governo Bolsonaro]
19-7-2019 - Rede Brasil Atual & Entusiastas do agronegócio criticam Atlas que denunciou na Europa uso abusivo de agrotóxicos ["Toda a vez em que a pesquisa científica vai na contramão do interesse econômico há uma reação parecida como essa", responde autora da pesquisa, Larissa Mies Bombardi.Em entrevista à Rádio Brasil Atual, a pesquisadora Larissa Mies Bombardi rebateu os ataques que tem sofrido por parte de entusiastas do agronegócio. Nesta semana, seu trabalho à frente do Atlas de Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia foi considerado uma tentativa de “assassinar a moderna agronomia” pelo engenheiro agrônomo e doutor em Administração, Francisco Graziano. Ex-secretário de Meio Ambiente no governo de José Serra (PSDB), em São Paulo, Xico descreveu, em sua coluna no site jornalístico Poder 360, que a docente do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) "imputa os agrotóxicos a encarnação do mal sobre a terra". "Essa é uma resposta clássica da indústria, digamos assim, quando a ciência aponta os malefícios que alguns produtos trazem. É evidente que toda a vez em que a pesquisa científica vai na contramão do interesse econômico há uma reação parecida como essa", responde Larissa também em referência ao AgroSaber, plataforma ligada a entidades do agronegócio que vem se opondo ao Atlas.À jornalista Marilu Cabañas, a pesquisadora lembra, no entanto, que os ataques contra seu estudo, considerado uma ruptura na violência silenciosa promovida pelo uso de agrotóxicos no campo brasileiro e feito apoiado em dados públicos, não foram levantados à toa]
18-7-2019 - Brasil de Fato & Em 200 dias, Brasil liberou mais agrotóxicos que a União Europeia em oito anos [Governo Bolsonaro autorizou comércio de 239 substâncias; ritmo é tão acelerado que ruralistas abandonaram o PL do Veneno]


13-7-2019 - G1 & Cereais matinais vendidos nos EUA têm níveis de glifosato acima do permitido, diz ONG [De acordo com a ONG Environmental Work Group, os alimentos comercializados por 20 marcas apresentaram níveis 5 vezes acima do considerado seguro]
12-7-2019 - Hoje em dia & Abelhas estão morrendo no Brasil e produção de alimentos pode ser afetada; entenda [Há cerca de dez anos, bastava abrir um refrigerante para surgirem abelhas ao redor. Hoje, é praticamente questão de sorte se deparar com o inseto zumbizando por aí. Essa percepção, comum nos centros urbanos, é reflexo do que tem acontecido no campo, onde a atuação do inseto é primordial para a polinização e produção dos alimentos. De acordo com especialistas no assunto, cerca de 70% das culturas agrícolas do Brasil dependem, em algum grau, das abelhas. O cultivo, com a redução desses insetos, torna-se mais difícil e a produção, menor (...)]
10-7-2019 - Rede Brasil Atual & Para explicar apoio ao setor, debate sobre 'farra dos agrotóxicos' deverá incluir Cade e Receita Federal [Fórum Nacional contra os Impactos dos Agrotóxicos quer saber as razões para a concentração da atividade e para as perdas do país com subsídios tributários]
9-7-2019 - CartaCapital & Mais de 111 mil brasileiros foram afetados por venenos em 10 anos – a maior parte decorrente do uso de agrotóxicos [O cenário da liberação dos agrotóxicos no Brasil pode ser visto, antes de qualquer análise, em números. Assusta que, em menos de seis meses de governo Bolsonaro, já sejam quase 300 as novas autorizações para a utilização de produtos químicos nas lavouras brasileiras. Há quem diga que os números não mentem, mas é fato que eles precisam de contexto (...)]
9-7-2019 - GaúchaZH & Estados Unidos devem banir agrotóxico que é um dos mais vendidos do Brasil [Produto é comercializado no Brasil desde a década de 1980]
8-7-2019 - Suno & Brasil e outros países pediram à União Europeia que reavalie regras sobre pesticidas [Os Estados Unidos e outros 15 países, incluindo o Brasil, enviaram um comunicado à Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmando que as regras da União Europeia sobre pesticidas prejudica a subsistência em todo o mundo. "Ao implementar essas medidas, parece que a União Europeia está tentando unilateralmente impor suas própria abordagens regulatórias doméstica para seus parceiros comercias", disseram os países] 
8-7-2019 - Correio do Estado & Ministra revela que critérios de liberação foram criados há 30 anos [Tereza Cristina chamou propaganda contrária de Fake News]
5-7-2019 - G1 & Governo do RS publica instruções normativas para controle do uso de agrotóxico hormonal [Regulamentações fazem parte das medidas adotadas para solucionar problemas causados pela aplicação do herbicida 2.4-D em 22 municípios, em acordo firmado com o Ministério Público. Empresas terão que criar um fundo orçamentário de R$ 6 milhões para garantir o controle]
4-7-2019 - Galileu & Agrotóxicos aumentam chances de depressão em adolescentes, mostra estudo [Participantes de estudo apresentaram redução de enzima que está presente em estruturas neurais e influencia as sinapses no cérebro. Um novo estudo relacionou o desenvolvimento de depressão em adolescentes com a exposição a pesticidas. Foram analisados 529 jovens com idades entre 11 e 17 anos que vivem na região dos Andes, no Equador, sendo que alguns jovens trabalhavam em lavouras locais. Para testar os níveis de exposição das crianças, a equipe de pesquisa mediu os níveis da enzima acetilcolinesterase (AChE) no sangue, inibida justamente pela toxicidade de alguns agrotóxicos. De acordo com os especialistas, essa enzima está presente em estruturas neurais e influencia as sinapses no cérebro. (...)]
2-7-2019 - DW & "Há um ciclo de envenenamento por agrotóxicos entre Brasil e Europa" [Acordo de livre-comércio entre Mercosul e UE levanta questão sobre os impactos para os consumidores. Segundo pesquisadora da USP, químicos exportados da Europa para o Brasil já retornam ao prato dos europeus. (...) Até o fim, o protecionismo agropecuário europeu foi um obstáculo. Sobretudo o Brasil conta que vai dispor de um novo mercado para soja, laranjas e carne bovina. No entanto, para os consumidores europeus, essa não é necessariamente uma boa notícia, adverte Larissa Mies Bombardi, professora e pesquisadora do Laboratório de Geografia Agrária da Universidade de São Paulo (USP). Em 2017, Bombardi publicou um estudo mostrando que 30% dos agrotóxicos permitidos no Brasil não tinham mais registro aprovado na União Europeia UE, incluindo dois dos dez mais vendidos. Além disso, sua pesquisa mostrou as diferenças entre os limites de resíduos de agrotóxicos permitidos em alimentos e na água nos dois locais. Há a perspectiva de que, através do acordo Mercosul-UE, os consumidores da União Europeia recebam de volta, em alimento, aquilo que os conglomerados químicos europeus exportaram até então na forma de agrotóxicos. (...)]
1-7-2019 - Greenpeace & Um privilégio tóxico e perigoso [Facilidades dadas a agrotóxicos colocam o Brasil na corda bamba. Enquanto os cofres públicos deixam de arrecadar bilhões de reais com dispensas de impostos para esses venenos, os gastos com saúde pública só aumentam]
1-7-2019 - Jornal da USP & Lançado na Europa mapa do envenenamento de alimentos no Brasil [Em exposição crônica aos agrotóxicos, brasileiro corre mais risco de morte e desenvolvimento de doenças. Um ousado trabalho de geografia que mapeou o nível de envenenamento dos alimentos produzidos no Brasil foi lançado em maio, em Berlim, na Alemanha, país que contraditoriamente sedia as maiores empresas agroquímicas do mundo. Quem estava presente no lançamento do atlas Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia ficou perplexo com a informação sobre o elevado índice de resíduos agrotóxicos permitidos em alimentos, na água potável, e que, potencialmente, contamina o solo, provoca doenças e mata pessoas. A obra, que já foi publicada no Brasil, é de autoria da geógrafa Larissa Mies Bombardi, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. (...)]
28-6-2019 - Brasil de Fato & Entidades buscam apoio para derrubar isenção fiscal a agrotóxicos no Brasil [Ação tramitando no STF desde 2016 lembra que produtos provocam danos à saúde e ao meio ambiente]
27-6-2019 - RFI & Ao liberar agrotóxicos, Brasil vai na contramão da tendência mundial, diz Le Monde [O jornal Le Monde que chegou às bancas na tarde dessa quinta-feira (27) traz uma reportagem de meia página sobre o Brasil. O artigo alerta, com preocupação, para o possível impacto na saúde da população com a liberação de mais de 200 agrotóxicos pelo governo brasileiro, desde janeiro. (...) "Essa corrida pelos agrotóxicos, na contramão da tendência mundial, preocupa ainda mais no caso do Brasil, que já é considerado desde 2008 o maior consumidor mundial de produtos químicos na agricultura", analisa Le Monde. O vespertino aponta que, em 2017, o Instituto Nacional do Câncer concluiu que cada brasileiro consumia, em média, cerca de 5 quilos de agrotóxicos por ano. O uso em massa desses produtos, frequentemente pulverizados nas plantações, se acelerou após a autorização da agricultura transgênica no Brasil desde o início dos anos 2000, assinala o texto. "As consequências a longo prazo podem ser dramáticas", se preocupa Le Monde, que lista o aumento de casos de câncer e de malformação congênita, que já começam a ser associados ao contato da população com os agrotóxicos]
27-6-2019 - RFI & Contestado na Europa e nos EUA, agrotóxico que reduz QI de crianças é liberado no Brasil [Segundo especialistas, ele deixa traços nos alimentos e, no organismo humano, causa danos como distúrbios hormonais, deficiência mental irreversível nos fetos e diminuição de até 2,5 pontos de QI (quociente de inteligência) das crianças. O clorpirifós é um agrotóxico que surgiu para substituir o devastador DDT na agricultura e é usado há mais de 50 anos – mas é cada vez mais contestado pelos efeitos nocivos à saúde e ao meio ambiente]


27-6-2019 - O Globo & Brasil tem mais de 30 fórmulas inéditas de agrotóxicos na fila para regulamentação [Diretor-executivo da Andef afirma que lentidão na liberação pelo governo prejudica setor do agronegócio, mas ritmo de autorizações preocupa ambientalistas]
26-6-2019 - Le Monde & La dangereuse course aux pesticides du Brésil [Le gouvernement Bolsonaro a homologué 239 pesticides depuis son entrée en fonctions en janvier. En Suède, une chaîne de magasins qui a décidé de boycotter les produits agricoles brésiliens a suscité une vague de soutien sur les réseaux sociaux]
26-6-2019 - Terra de Direitos & Entenda porque a isenção fiscal de agrotóxicos é o "incentivo" que mais desfavorece o Brasil [No momento em que o governo justifica o desequilíbrio nas contas públicas para promover contingenciamento em áreas como Educação, os cofres públicos deixam de arrecadar bilhões por ano com a isenção de impostos de venenos agrícolas]
26-6-2019 - El País & Afinal, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo? [Não existem dados recentes que comparam consumo em diferentes países; segundo pesquisa da FAO, Brasil foi campeão em gastos com agrotóxicos em 2013, mas o sétimo na comparação com a área plantada]
25-6-2019 - DW & "Decisão de Bolsonaro sobre agrotóxicos é política" [Em entrevista, coordenadora de força-tarefa do Greenpeace classifica como extremamente preocupante ritmo de liberação de pesticidas no Brasil. "O que a gente está vendo é o pacote do veneno em pílulas", afirma]
25-6-2019 - De Olho nos Ruralistas & Governo libera para cinco fabricantes agrotóxico que causa contaminação em rios [Pesquisa mostra que o Hexazinona pode ter contaminado o Aquífero Guarani; lista divulgada nesta segunda inclui 42 novas substâncias, entre elas 13 pesticidas extremamente tóxicos; desde janeiro já são 211 autorizações]
22-6-2019 - Jornal GGN - Agrotóxicos. Alternativas há, falta honestidade tecnológica, por Rui Daher [As armas biológicas sempre existiram como forma de exterminar inimigos, paz ou guerra. São milhares os microrganismos e toxinas, desenvolvidos em laboratórios, capazes de matarem seres vivos. (...) Vejam a insanidade e, talvez, podridão. Na edição de outubro de 2018, da revista Globo Rural, matéria de Vinícius Galera, pinço o seguinte trecho: "segundo o ministério da Agricultura (MAPA), o mercado de biológicos é composto de biofertilizantes sem registro (…) registrados como fertilizantes ou caseiros". Verdade. E por quê? Porque o MAPA faz desses registros uma insanidade burocrática e financeira. Mentira. E por quê? Várias multinacionais, ricas em recursos e massa de divulgação, partem para dominar esse irreversível futuro, enquanto startups e pequenas empresas nacionais, inovadoras, têm funeral anunciado (...)]
24-6-2019 - O Globo & Governo federal libera mais 42 agrotóxicos no Brasil e amplia recorde desde a posse de Bolsonaro [Número total de autorizações neste ano chega a 239; Greenpeace alerta para regulamentação de combinações cujos efeitos ainda não foram estudados]
12-6-2019 - The Guardian & Hundreds of new pesticides approved in Brazil under Bolsonaro [Many of those permitted since far-right president took power are banned in Europe. Brazil has approved hundreds of new pesticide products since its far-right president, Jair Bolsonaro, took power in January, and more than 1,000 since 2016, a study has found. Many of those approved are banned in Europe. Of 169 new pesticides sanctioned up to 21 May this year, 78 contain active ingredients classified as highly hazardous by the Pesticide Action Network and 24 contain active ingredients banned in the EU, according to the study published on Wednesday by Greenpeace UK’s news agency Unearthed. Another 28 pesticides not included in the report were approved in the last days of 2018. "It really appears that they have accelerated their approvals process," said Prof David Eastmond, a toxicologist at the University of California, Riverside. “Some of these are highly hazardous and this raises concern." (...)]
8-6-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Regulação de agrotóxicos: um país "modelo" para o Brasil? [Os EUA continuam a usar agrotóxicos nocivos que são proibidos em outros países, inclusive, pelo Brasil]


6-6-2019 - Earth & The US continues to use harmful pesticides that are banned in other countries [The US is lagging behind China, Brazil, and the European Union in banning harmful pesticides, according to new research]
6-6-2019 - O Globo & Dono de supermercado sueco que boicotou produtos brasileiros quer persuadir concorrentes a aderirem a protesto contra agrotóxicos [Johannes Cullberg disse ao GLOBO estar 'frustrado' com o aumento do desmatamento da Amazônia: 'É o pulmão do mundo e afeta o planeta todo'] 
5-6-2019 - RFI & Rede de supermercados da Suécia decide boicotar produtos brasileiros [A rede sueca de supermercados Paradiset anunciou nesta quarta-feira (5) um boicote a todos os produtos do Brasil, em consequência da liberação recorde de novos agrotóxicos pelo governo brasileiro. Do total de 197 agrotóxicos já autorizados neste ano pelo Ministério da Agricultura, 26% são proibidos na União Europeia, em razão dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente]
5-6-2019 - Agência de Jornalismo Investigativo & É possível eliminar resíduos de agrotóxicos da água e dos alimentos? [Após revelação de testes realizados entre 2014 e 2017 que apontaram água contaminada em cidades de todo o Brasil, nossa reportagem buscou entender como purificar seu alimento]
30-5-2019 - De Olho nos Ruralistas & Agrotóxicos liberados pelo governo intoxicaram 92 crianças e funcionários em escola de Goiás [Lista com 31 agrotóxicos autorizados pelo governo inclui formulações dos inseticidas Lambda-Cialotrina e Tiametoxam, pulverizados em 2013 sobre a Escola Municipal São José do Pontal, em Rio Verde; já são 197 registros concedidos no ano]
28-5-2019 - G1 & França bane uso de fungicida epoxiconazol por preocupações com saúde [Agrotóxico que é usado em lavouras de cereais e de beterraba pode estar ligado a problemas hormonais em humanos]


28-5-2019 - Carta Campinas & Agrotóxico usado na soja está destruindo a produção de vinho no Rio Grande do Sul [O agrotóxico conhecido como 2,4-D está destruindo a produção de uva e de vinho no Rio Grande do Sul. A safra de uvas caiu de 80 toneladas para apenas 10 após a contaminação em apenas um dos vinhedos da região. O veneno também afetou a produção de maçã, azeitona e erva mate, segundo reportagem de Liana Melo, no site Projeto Colabora]


27-5-2019 - G1 & Brasil usa 500 mil toneladas de agrotóxicos por ano, mas quantidade pode ser reduzida, dizem especialistas [País é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo em números absolutos, mas não em relação à área plantada e nem à produção, fica atrás de Japão, União Europeia e EUA]
26-5-2019 - G1 & Ritmo de liberação de agrotóxicos em 2019 é o maior já registrado [Aprovações vêm crescendo desde 2016, mas frequência aumentou neste ano, com 169 produtos liberados até meados de maio. Ativistas manifestam preocupação e governo diz que maioria dos produtos aprovados já são usados no país]
26-5-2019 - G1 & Como os agrotóxicos impactam os principais produtos na mesa dos brasileiros [Resíduos chegam à cozinha nos alimentos e na água. Especialistas apresentam argumentos contra e a favor dos agrotóxicos e ensinam como minimizar os danos]
21-5-2019 - De olho nos ruralistas & Financiadores da bancada ruralista pilotam também campanha pró-agrotóxicos [Associações de produtores de grãos, fabricantes de sementes e produtos químicos têm multinacionais entre associados e comandam marketing em defesa dos pesticidas; entre elas, Aprosoja e Abrass, influentes na Frente Parlamentar da Agropecuária] 
22-5-2019 - El País & O câncer que espreita a Monsanto [Com 13.400 processos, a batalha judicial em torno do glifosato está apenas começando nos EUA. O pesticida foi declarado "provavelmente cancerígeno" pela OMS (...) "A decisão da IARC mudou tudo", reconhece Weisner. Essa decisão é hoje o principal fator de dúvida na consideração internacional do glifosato. Foi por causa dela que escritórios como este de Los Angeles (Baum Hedlum Aristei Goldman, BHAG) viram chances para esses processos, que as pessoas se animaram a denunciar, e que três júris diferentes — até agora — tiveram suficientes dúvidas sobre a relação entre o glifosato e o câncer a ponto de condenar a Monsanto por não advertir sobre o fato nas embalagens, entendo que a multinacional agiu de forma maliciosa. (...)"]
19-5-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Opinião da Direx: agrotóxico e 'ausência de critérios maléficos'... não há novidade... [Será mesmo?]
14-5-2019 - Terra de Direitos & Paraná avalia projeto de lei que proíbe a pulverização área para aplicação de agrotóxicos [Em cenário de segundo lugar no ranking de municípios com água contaminada, proposta busca barrar a busca do lucro sobreposto ao meio ambiente e saúde da população (...) Uma resolução conjunta assinada em dezembro de 2018 pela Casa Civil, Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Estado, além do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Agência de Defesa Agropecuária do Paraná apontam que os órgãos públicos do Estado caminham em direção oposta à adoção de medidas de cautela no uso dos agrotóxicos. A medida propõe a revogação da Resolução nº 22/1985, norma que estabelecia o mínimo de 250 metros de distância de mananciais de captação de água, núcleos populacionais, escolas, entre outros, para aplicação terrestre de agrotóxicos e ainda garantia a distância mínima de pulverização aérea de 500 metros, esta última também prevista por normativa federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O fim das distâncias mínimas na aplicação dos agrotóxicos apenas não vigorou porque a 3ª Vara da Fazenda Pública acolheu, em decisão liminar no início de fevereiro deste ano, a ação civil pública movida pelo Ministério Público para manutenção da Resolução 22/85. Isto significa que, até que a 3ª Vara confirme a decisão em sentença, o estado deve respeitar as distâncias de uso de agrotóxicos próximo a rios, mananciais, casas e escolas, entre outros. Organizações representativas da agroecologia, de agricultores familiares, direitos humanos e comunidades tradicionais protocolaram, na sequência, junto à 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, um pedido de amicus curiae para participar do debate sobre a fixação de distância mínima para pulverização terrestre e aérea de agrotóxicos. Os solicitantes ainda aguardam a decisão sobre o pedido (...)]
10-5-2019 - RFI & Monsanto é acusada de 'fichar' personalidades francesas que criticavam seus pesticidas [O grupo norte-americano Monsanto teria reunido secretamente informações de centenas de políticos, jornalistas, cientistas e ativistas da França que criticavam suas atividades. O documento trata algumas personalidades como "alvos prioritários" ou indivíduos "a serem vigiados". Várias pessoas listadas decidiram apresentar queixa contra a empresa]
9-5-2019 - Câmara dos Deputados & Anvisa libera agrotóxico que poderia ser cancerígeno [A agência fez a reavaliação do glifosato, conhecido como "mata-mato", após denúncia de órgão internacional para pesquisa sobre o câncer]


6-5-2019 - Repórter Brasil & Sobre o mapa dos agrotóxicos na água [Com dados do Ministério da Saúde, mapa revelou contaminação da água em todo o país. Apesar de ataques, a Repórter Brasil e a Agência Pública seguem investigando os agrotóxicos, tema de amplo interesse público devido à sua importância para a saúde, o meio ambiente e a economia]
3-5-2019 - Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR) & Opinião da Direx: regulamentação de agrotóxicos, EFSA, EPA...
2-5-2019 - Por trás do alimento & Agrotóxicos podem ser a causa de casos de câncer e malformação? [Essa é a pergunta estudada por pesquisadores do Brasil e do mundo. Casos envolvendo crianças no Mato Grosso, maior consumidor de agrotóxicos do país, chamam a atenção pela alta incidência de doenças nas regiões de maior produção agrícola]
2-5-2019 - Pesticide Action Network Europe (PAN Europe) & Pesticide intoxication in Brazil and EU's double standards [On 7th May in Berlin a gathering of leading scientists in toxicology and pesticides will come together to review the important recent research from Brazilian scientists and make connections between the commercial European export of chemicals banned in Europe due to health risk and their use in record levels in Brazilian food, grain and energy production. The event titled ‘Pesticides, Poisoning and the Politics of Agrichemicals’ will feature official Brazilian figures that show that one person dies every two and half days from direct intoxication from agricultural chemicals with alarming incidences among the youngest or the population]


2-5-2019 - Instituto Humanitas Unisinos (IHU) & Mortandade de abelhas é indicador biológico: tudo pode estar contaminado [Entrevista especial com Dayson Castilhos. A correlação entre o uso de agrotóxicos em lavouras agrícolas e a mortandade de abelhas é apontada em estudo recente, realizado por Dayson Castilhos, autor da tese de doutorado "Desaparecimento e morte de abelhas no Brasil, registrados no aplicativo Bee Alert". A partir de análises toxicológicas em duas matrizes de abelhas africanizadas em seis estados brasileiros, Castilhos afirma que foram encontrados altos níveis de agrotóxicos."Nas abelhas coletadas mortas encontramos uma frequência de contaminação de 92%, ou seja, este percentual estava contido nas amostras a nível letal. Nas abelhas coletadas vivas encontramos uma frequência de contaminação de 14%, sendo esse percentual quantificado a nível sub-letal", informa. Segundo ele, a partir das análises realizadas foi possível "determinar o índice de mortalidade de colônias em todo o Brasil, com destaque para os estados mais impactantes como RS, SC, SP, MS e MT. Nesses estados, dentre os apicultores que perderam abelhas o índice de perda de colônias chegou a 52%" (...)]
1-5-2019 - Yale Environment 360 & Pesticide exposure affects flight dynamics and reduces flight endurance in bumblebees [Bees exposed to a neonicotinoid pesticide are able to fly just a third of the distance that unexposed bees can and stay in the air for far less time, according to a new study published in the journal Ecology and Evolution. The findings indicate that the pesticide may reduce the area that bee colonies are able to forage for food by as much as 80 percent]


2-5-2019 - Por trás do alimento & Agrotóxicos podem ser a causa de casos de câncer e malformação? [Essa é a pergunta estudada por pesquisadores do Brasil e do mundo. Casos envolvendo crianças no Mato Grosso, maior consumidor de agrotóxicos do país, chamam a atenção pela alta incidência de doenças nas regiões de maior produção agrícola]
2-5-2019 - Rede Brasil Atual & Pedidos de registro de agrotóxicos aumentam 82% no governo Bolsonaro [De janeiro a abril foi pedido registro para 266 novos produtos. Em igual período de 2018, para 146. Aguardam na fila da Anvisa 2.906 solicitações]
30-4-2019 - GMWatch & Bayer, pesticides, cancer, and double standards [While much of the investor unrest undoubtedly focuses on financial liability, strong concerns are being raised about Bayer's ethics. At Bayer's annual general meeting, Christian Russau from the umbrella organization, the Critical Shareholders, made a speech in which he launched a scathing attack on the company for its "double standards". According to Russau, Bayer sells pesticides in Brazil that are banned in the EU.  Russau undertook two investigations, one in 2016 and a second in 2019. He found that eight pesticide active substances were sold by Bayer in Brazil in 2016 that are not authorized at EU level: carbendazim, cyclanilide, disulfoton, ethiprole, ethoxysulfuron, ioxynil, thidiazuron, thiodicarb. But by 2019, the number had increased to 12: carbendazim, cyclanilide, ethiprole, ethoxysulfuron, fenamidone, indaziflam, ioxynil, oxadiazon, propineb, thidiazuron, thiodicarb, thiram.  Russau commented, 'This is a hefty 50 percent increase'."]



29-4-2019 - The Intercept Brasil & Todo mundo está proibindo este químico cancerígeno. Mas no Brasil a produção aumentou [(...) Nos últimos anos, como o uso de PFOS foi eliminado na maior parte do mundo, a indústria brasileira de sulfluramida cresceu. Em 2008, o país produziu cerca de 30 toneladas do pesticida. Em 2015, ano das estimativas mais recentes, a produção havia crescido para 40 a 60 toneladas. Embora o Tratado de Estocolmo permitisse a utilização do produto químico apenas para controlar duas espécies de formigas cortadeiras, os produtos que contêm sulfluramida, como o Mirex-SAtta MEX-S e Dinagro-S estão agora amplamente disponíveis em lojas e online para combater todos os tipos de insetos no Brasil, de acordo com Zuleica Nycz, coordenadora de segurança química e saúde ambiental do grupo brasileiro Toxisphera. Ainda há, contudo, pouca conscientização sobre os perigos deste composto estritamente restringido. De acordo com Joe DiGangi, conselheiro sênior do grupo ambientalista internacional IPEN, muitos consumidores podem estar borrifando o produto químico sem se darem conta de seus perigos. O produto pode, depois, ser absorvido do solo pelos vegetais. "A sulfluramida é o segredinho sujo do Brasil", disse DiGangi, que estará presente na reunião em Genebra. (...)]
27-4-2019 - CartaCapital & Em três anos, Brasil aumenta em 50% venda de agrotóxicos vetados na UE [(...) "O Brasil é o mercado do futuro para os agrotóxicos. Os Estados Unidos já parecem ter atingido seu limite de liberações [de agrotóxicos], e a sociedade da União Europeia não está disposta a tolerar mais agrotóxicos. Países como China e Índia também já estão mais conscientes. No Brasil, porém, a sociedade em geral não parece fazer tanta pressão", afirma Christian Russau, da direção da associação de acionistas críticos (...)]
26-4-2019 - The Guardian & Brazil finds worrying levels of pesticides in water of 1,400 towns [News outlets publish online tool enabling readers to check their own water results]


26-4-2019 - DW & Ativistas criticam Bayer por venda no Brasil de agrotóxicos proibidos na UE [Associação questiona multinacional alemã sobre aumento de 50% nos últimos três anos no número de pesticidas comercializados no Brasil e não permitidos na Europa e alerta para liberação de produtos pelo governo Bolsonaro]
24-4-2019 - Slow Food & Contaminated water across Europe because of pesticides and veterinary antibiotics: a better farming is urgent! [As mentioned, several times, meat production and consumption are becoming increasingly unsustainable for our planet. A new alarm comes from the Screening of pesticides and veterinary drugs in small streams in the European Union by liquid chromatography high resolution mass spectrometry,  a recently-published study on Science of the Total Environment (a preview of the report was released by Greenpeace in December 2018) in which researchers from a laboratory of the University of Exeter, in Great Britain, have verified the conditions of 29 small waterways located in 10 different countries in the European Union (...)]
24-4-2019 - Baum, Hedlund, Aristei & Goldman & Roundup Cancer Attorneys Release New Monsanto Papers Documents [The law firm of Baum, Hedlund, Aristei & Goldman made public today hundreds of pages of newly de-classified internal Monsanto documents, including company email exchanges, reports, studies and other memoranda.
Baum, Hedlund, Aristei & Goldman obtained the documents via discovery (pre-trial civil procedure allowing the parties in litigation to obtain evidence from each other) in the ongoing Monsanto Roundup litigation. The firm sits on the leadership of the federal Roundup multidistrict litigation (MDL) and on the California state court Roundup Judicial Council Coordination Proceedings (JCCP). The documents released today are part of the growing trove of documents known as the Monsanto Papers. The Monsanto Papers tell an alarming story of ghostwriting, scientific manipulation, collusion with the Environmental Protection Agency (EPA), and previously undisclosed information about how the human body absorbs glyphosate. These documents allow people to see what is happening “behind the curtain” of secrecy that normally shrouds ongoing litigation and provides a deeper understanding of the serious public health consequences surrounding Monsanto's conduct in marketing Roundup]


25-4-2019 - Rede Brasil Atual & 'Coquetel' com 27 agrotóxicos é apenas 'amostra grátis' de contaminação das águas [Com pouco mais de 500 produtos autorizados pelo governo, número de substâncias que contaminam água pode ser muito superior, como adverte pesquisadora Larissa Mies Bombardi. A água consumida pelos brasileiros pode estar contaminada por muito mais que 27 pesticidas identificados pelo Ministério da Saúde. O alerta é da pesquisadora do departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Larissa Mies Bombardi, autora do Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual. Dados compilados e divulgados nesta semana pela ONG Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye, com base em amostras das empresas de abastecimento de 1.396 municípios, indicam que a água de uma a cada quatro cidades está contamina por agrotóxicos. Mas, como adverte Larissa, os 27 pesticidas foram encontrados apenas porque seu uso está condicionado por lei a testes obrigatórios, desconsiderando, no entanto, a avaliação de outros tipos de agrotóxicos que têm utilização permitida no país, um número que chega a ser superior a 500. "Há outros 400 e tantos agrotóxicos que sequer são investigados. É algo mais grave do que a gente está vendo", avalia a pesquisadora. Entre as centenas de substâncias que são deixadas de lado pela legislação está o Acefato, um tipo de inseticida, proibido na União Europeia, mas que figura entre os 10 mais vendidos no Brasil, de acordo com Larissa. "Ele pode estar presente (na água) e estar tudo certo, porque a legislação não faz menção a essa substância", descreve. (...)]
23-4-2019 - Bob Fernandes & Crime & Tragédia [O Brasil envenena e mata ao consumir meio bilhão de quilos de agrotóxico por ano]


23-4-2019 - De Olho nos Ruralistas & Brasil consome 18% dos agrotóxicos do mundo, mesma porcentagem dos Estados Unidos [Relatório da ONG Public Eye mostra que a Syngenta despeja no país 32% de seus produtos classificados como "extremamente tóxicos"; multinacional fica na Suíça, país que não autoriza o consumo interno desses pesticidas]
23-4-2019 - Brasil de Fato & Água de uma em cada quatro cidades está contaminada com agrotóxicos [Ao todo, 27 pesticidas foram detectados por empresas de abastecimento de 1.396 municípios. "Brasil está servindo coquetel da morte pelo governo", diz Feijóo]
18-4-2019 - AF Notícias & Água de 87% dos municípios do Tocantins está contaminada por agrotóxicos, diz estudo [Muitos dos agrotóxicos estão associados a doenças crônicas como câncer, defeitos congênitos e distúrbios endócrinos. Um estudo divulgado nesta semana pela Agência Pública mostrou que foi detectado agrotóxico na água de 121 dos 139 municípios do Tocantins, ou seja, quase 87% do total. Os dados alarmantes incluem Palmas, Araguaína e Gurupi, os três mais populosos do Estado. A presença do 'coquetel' com a mistura de 27 pesticidas, muitos associados a doenças crônicas como câncer, defeitos congênitos e distúrbios endócrinos, colocou o Tocantins em 4º lugar no Brasil, atrás apenas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina]


17-4-2019 - Sputnik & 'É inadmissível': 1 a cada 4 cidades brasileiras tem água contaminada por agrotóxicos [Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, que abrangem o período entre 2014 e 2017, alerta que 1 a cada 4 cidades brasileiras tem sua água contaminada por agrotóxicos. A contaminação seria de 27 agrotóxicos diferentes. Para comentar o assunto, a Sputnik Brasil entrevistou Warwick Manfrinato, engenheiro agrônomo da USP especializado no tema]


17-4-2019 - Exame & 1 em 4 municípios tem "coquetel" com agrotóxicos na água (consulte o seu) [Dados do Ministério da Saúde revelam que a água do brasileiro está contaminada com substâncias que podem causar doenças graves]
16-4-2019 - Brasil de Fato & Redes de abastecimento de água no Brasil contêm 16 pesticidas altamente tóxicos [Estudo revela que água de todos os estados brasileiros está contaminada com até 27 tipos de agrotóxicos]
15-4-2019 - Agência Pública & "Coquetel" com 27 agrotóxicos foi achado na água de 1 em cada 4 municípios – consulte o seu [São Paulo, Rio de Janeiro e outras 1.300 cidades acharam agrotóxicos na rede de abastecimento. Dados do Ministério da Saúde revelam que a água do brasileiro está contaminada com substâncias que podem causar doenças graves]



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