sábado, 31 de outubro de 2020

“Despreparado, inconsequente e boçal diz Santos Cruz sobre governo Bolsonaro

 "É o desrespeito geral aos cidadãos e às instituições. É desrespeito geral, por despreparo, inconsequência e boçalidade”, disse o general Carlos Alberto Santos Cruz sem citar o nome de Bolsonaro47

General Santos Cruz e Jair Bolsonaro
General Santos Cruz e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reuters)
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247 - O general Carlos Alberto dos Santos Cruz criticou nesta quinta-feira (29) o que classificou como "desrespeito" de Jair Bolsonaro com as Forças Armadas e a população brasileira. 

“O problema não é o tratamento com militares. Não pode haver diferença de tratamento entre militares e civis. Não pode haver esse tipo de discriminação. Isso aí tem que ser visto no contexto mais amplo. É o desrespeito geral aos cidadãos e às instituições. É desrespeito geral, por despreparo, inconsequência e boçalidade”, disse Santos Cruz sem citar o nome de Bolsonaro, ao site Congresso em Foco.

O general, um dos primeiros a deixar o governo de Bolsonaro, comentou a reunião de 22 de abril, em que Bolsonaro pressiona o então ministro da Justiça para interferir no comando da Polícia Federal. 

“Junta todos os desrespeitos e a reunião de 22 de abril e você vai ter um diagnóstico do padrão de liderança no país e o ambiente criado”, afirmou. 

Nessa terça-feira (27), o ex-porta-voz da Presidência Otávio Rêgo Barros criticou Jair Bolsonaro de maneira indireta por meio de um artigo no jornal Correio Braziliense. Embora não tenha citado o nome de Bolsonaro, ele afirma que o poder “inebria, corrompe e destrói”. 

No texto, Barros também critica os assessores e aliados que se comportam como “seguidores subservientes” pelo fato de o ex-capitão não aceitar críticas contrárias aos seus posicionamentos.  

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Marcos Coimbra: praticamente todas as candidaturas bolsonaristas estão derretendo

 “No Brasil como um todo, o número de pessoas interessadas em votar nos candidatos de Bolsonaro é menor que 30%”, avalia o sociólogo Marcos Coimbra, do Instituto Vox Populi. Pesquisas da última semana confirmam projeções de Coimbra. Assista entrevista dele à TV 2472

(Foto: Divulgação)
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247 - O sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, analisou, em participação no programa Giro das 11, a situação dos candidatos apoiados direta ou indiretamente por Jair Bolsonaro, que disputam o pleito eleitoral de 2020. Ele afirma que as candidaturas identificadas com Bolsonaro "estão derretendo". As pesquisas da última semana confirmam as projeções de Coimbra. Segmentos da imprensa conservadora, que apostavam numa vitória bolsonarista nas eleições, começaram a aderir à visão de Marcos Coimbra (leia no final).

Ele observa que “os candidatos não estão mal porque começaram tarde a campanha, ou porque Bolsonaro não tem partido, mas simplesmente porque as pessoas não querem votar em nomes ligados ao bolsonarismo”.

‘Trinta por cento querem, outros 70% dos eleitores não. Como que se ganha eleições se 70% não votam em você?’, questionou.

Coimbra citou como exemplo de desempenho as duas maiores cidades do Brasil. O candidato à reeleição no Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), em terceiro lugar nas pesquisas, tem chances cada vez mais remotas de ir ao segundo turno. Já em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) caiu 7% nas últimas semanas.

‘No Rio, Crivella imita Russomanno. Agarram-se com todas as suas forças a Bolsonaro. Chega a beirar o ridículo’, critica.

Segundo o sociólogo, “a eleição para Bolsonaro será ruim, mas se não fosse a pandemia seria ainda pior, pois estamos em um cenário muito relativizado”.

Ele considera que a criação do auxílio emergencial freou uma conjuntura ainda mais drástica para Bolsonaro. “Ocorreu uma imensa transferência de recurso para a maioria mais vulnerável da população”, explica.

“Nós sabemos que esse programa nunca foi da intenção de Bolsonaro, mas foram forçados por conta da pressão política e social. Isso refletiu positivamente em sua popularidade”, acrescentou.  

O sociólogo concluiu sua fala dizendo que “Bolsonaro cresceu 9 pontos percentuais em sua popularidade às custas de R$ 400 bilhões concedidos ao auxílio emergencial” e que “se ele fosse um cara mais respeitável e gostável, esse número seria muito maior”.

Folha de S.Paulo adere à visão de Coimbra

O jornal conservador Folha de S.Paulo, que vinha apostando até agora na vitória de candidatos de direita apoiados por Bolsonaro nas capitais, mudou sua aposta neste sábado (31).

Leia trechos do artigo publicado pelos jornalistas Gustavo Uribe, Ranier Bragon e Daniel Carvalho:

"O principal receio que levou Bolsonaro a hesitar em apoiar candidaturas às eleições municipais deste ano, o de ligar o seu nome a fracassos eleitorais, corre o risco de se tornar realidade, mostram as mais recentes pesquisas.

Em um primeiro momento resistente a entrar na disputa no primeiro turno, o presidente cedeu à pressão de aliados e anunciou apoios. Os nomes escolhidos por ele, no entanto, assim como outros que, mesmo sem o apoio, tentam colar suas imagens à de Bolsonaro, enfrentam adversidades eleitorais.

Nomes que encampam um discurso antipolítica, vários deles alinhados a Bolsonaro, têm amargado as últimas colocações em pesquisas do Datafolha e do Ibope, a maior parte delas lideradas por nomes já conhecidos do mundo político."

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João Doria e Datena batem boca ao vivo: "Você não é médico!"

joão doria datena ao vivo

Clima entre João Doria e Datena esquenta ao vivo e entrevista é interrompida. Apresentador teria se irritado com críticas do governador ao presidente Bolsonaro

O governador de São Paulo, João Doria, e o apresentador da TV Bandeirantes, José Luiz Datena, discutiram nesta quinta-feira (22) durante entrevista no “Brasil Urgente”.

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22 de mai. de 2020


Enquanto debatiam sobre isolamento social, o jornalista questionou por que Doria dizia que “o pior já passou” enquanto brigava tanto pela vacina. O político retrucou e afirmou que Datena não era médico para discutir sobre o assunto e que deixava a questão para os especialistas do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo.

“Datena, volto a repetir para você: são 20 médicos especialistas que cuidam disso, não é determinação minha e nem será sua, com todo respeito que você merece, mas você fica insistindo nisso, você não é médico, não é infectologista, não é especialista. Por isso eu sigo as orientações dos médicos”, afirmou João Doria.

“Nem o senhor é médico, quantas pessoas morreram em São Paulo? São 111 pessoas que morreram em São Paulo [nas últimas 24h]. É quase a metade da França inteira, quase que o total da Espanha inteira, e lá os caras estão fechando tudo e aqui a gente está em fase amarela”, retrucou Datena.

“Não é verdade”, interrompeu o governador. “Deixa eu terminar o meu raciocínio. Depois você diz se não é verdade”, rebateu o comunicador. “Mas não é, estou dizendo a você que não é”, repetiu o entrevistado.

O clima desandou com Doria exemplificando a regressão da Covid-19 na Indonésia, e Datena reiterando que a Europa já previa uma segunda onda do vírus. “Por que tanta briga por causa de uma vacina que não está aprovada? Se o senhor acusa Bolsonaro de estar usando politicamente isso. Bolsonaro está acusando o senhor da mesma coisa”, disparou o apresentador.

“Negativo, Datena. Desculpa, mas eu sigo orientação da ciência. Eu nunca declarei para você nem para ninguém que era uma gripezinha”, observou o governador. “Mas você falou que o pior já tinha passado”, contestou o entrevistador. “O pior já passou mesmo. Estamos em fase de declínio [em São Paulo]. O Jornal da Band toda as noites reproduz isso. Pergunte ao Eduardo Oinegue, que apresenta todos os dias”, sugeriu Doria.

A resposta não agradou Datena, que esbravejou: “Não estou aqui para perguntar para jornalista! Estou aqui para perguntar para o senhor! Você não precisa me mandar perguntar para companheiro meu. Eu estou perguntando para o senhor”.

No final, a assessoria do governador teria pedido para interromper a entrevista e Datena se desculpou. “Eu não queria chegar a esse ponto de discutir em entrevista. Eu aprendi há muito tempo que, quando você discute em entrevista, você perde um grande tempo de informação para a população. Ficar discutindo coisas que não são interpretativas, são factuais, não gosto. Queria pedir desculpas à população de chegar a esse ponto. Não gosto de fazer entrevista desse tipo. Me sinto muito mal”, admitiu.

Doria vs Bolsonaro

No programa, Doria repetiu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estaria cometendo uma “atitude criminosa” ao vetar a compra da CoronaVac. “Se o presidente Jair Bolsonaro confirmar que, mesmo com a aprovação da Anvisa, ele vai negar o acesso a uma vacina que pode salvar a vida dos brasileiros, será uma atitude criminosa e ele poderá ser classificado como tal perante a um tribunal de justiça”.

Pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2022, Doria e Bolsonaro estão travando um embate público em torno da vacina. O presidente disse ontem que mandou “cancelar” o protocolo de intenções assinado na terça-feira pelo Ministério da Saúde para a aquisição de 46 milhões de doses da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac.

De acordo com Bolsonaro, Doria teria distorcido o que foi acordado com o Ministério da Saúde. “Ele tem um protocolo de intenções, já mandei cancelar, se ele assinou. Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade, até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”.

‘Anvisa tem autonomia’

Doria, que se reuniu ontem com representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), afirmou que “não há nada que nos faça duvidar da autonomia e isenção da Anvisa em relação à vacina do Butantan para análise e aprovação”.

O governador ainda ameaçou denunciar publicamente um comportamento da agência a favor do presidente. “Se a Anvisa tiver protelatório para atender pretensões do Bolsonaro, portanto, de uma visão equivocada, partidária, política, eu denunciarei isto publicamente e agirei judicialmente”.

Depois da reunião com Doria, entretanto, a Anvisa fez um aceno ao governo federal ao destacar que “ainda que o pedido de importação seja autorizado, a vacina não pode ser aplicada na população, tendo em vista que a Coronavac não possui registro sanitário no Brasil”.

Por fim, a agência diz que “reafirma o compromisso de trabalhar de forma técnica e com a missão de proteger a saúde da população brasileira”. Na segunda-feira, a CAS (Comissão de Assunto Sociais) do Senado aprovou a indicação do militar Antônio Barra Torres como diretor-presidente substituto da Anvisa.

Governadores querem acionar STF
Ontem, Doria disse que a intenção dos governadores é esperar ao menos até amanhã (23) para tomar uma medida sobre a decisão do presidente Bolsonaro de mandar cancelar a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac.

Ele ainda comentou sobre uma possível judicialização da questão e não descartou acionar o STF (Supremo Tribunal Federal). “Vamos esperar pelo menos 48 horas. Se até sexta-feira não houver nenhuma medida de recuo por parte do governo federal para fazer aquilo que deve fazer, apoiar as vacinas, inclusive a vacina do [Instituto] Butantan, que é a vacina do Brasil, nós saberemos quais medidas poderão ser adotadas, seja por São Paulo, seja pelos governadores”.

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