PARABÉNS, SP?

PARABÉNS, SP?


Ali na Lapa de baixo, um riozinho da vizinhança seria a referência maior da vida da paulistana apaixonada por SP …
Os anos foram mostrando as diferenças de lugares como o Alto da Lapa e outras redondezas, até mesmo alto muro que serviu para muito além de ser arrimo. Foi por um triz!
A periferia, toda ela, é muito feia e sempre parece irmã-siamesa uma da outra, por isso você se despediu da beleza… está feia e toda igual SP!
Escola de antigamente tinha o tal vocacional que apesar da intenção subliminar de perpetuar a escravidão feminina da baixa classe,  copiava o modelito também a Associação Cívica e Liga das Senhoras Católicas para as classes privilegiadas da sorte.
A passagem subterrânea da linha férrea da Estação da Lapa, era observatório das gentes apressadas combinando com o bordão da velha rádio “São Paulo que amanhece… trabalhando…” que hoje – com os conhecimentos modernos – se identifica como colaboradora e reacionária.
Tempos bem difíceis, quando não havia “direitos humanos” nem quaisquer órgãos oficiais do Estado preocupados em proteger vidas mais frágeis, ao menos na aparência. Contra todas as violações, porém, havia meios de se obter respostas embora nem de longe fossem oficiais ou bem disseminadas socialmente.
Um alfinete no trem ou no ônibus era arma boa contra abusador, às vezes com uma garrafa quebrada ao meio, pronta para marcar a face covarde de violadores mais audazes.
Felizmente, nem sempre a vítima é frágil, algumas vezes reage e seus exemplos costumam ser copiados. Vale pra tudo: desde mulheres, os/as diferentes e os demais.
Com essa esperança, de REAÇÃO começa esse artigo ainda na dúvida se festeja  parabéns pelos 464 anos ou apresenta pêsames, São Paulo.
Foi no velho Centro o grande aprendizado, os primeiros envelopes-pardos, compra de chitas, depois linhos, sedas e rendas, sapatinhos baratos, depois os de vitrine chique, o degustar dos melhores cachorro-quentes no Largo do Café ou assistir batalhas campais no Largo de São Francisco entre estudantes e a polícia. Ainda ali se podia disputar lugar na missa de 13 de junho para receber o pãozinho bento.
Ouvir centenas de milhares de vezes o badalo da Sé e ver transformações terríveis como o corte das velhas amigas no seio da Praça Clóvis Bevilácqua.
No meio da barulheira incessante, o som dos inferninhos chegando no “paraíso” da rua Nestor Pestana junto com o cheiro do Eduardo’s que nunca se podia pagar e fazia vontade durante longos anos em que se dissimulava a fome.
A fome era devastadora, não só a de alimento ao corpo, mas de compreensão, solidariedade, conhecimento.
A conquistar espaço próprio, foi nesse chão que muitos pés trilharam o velho Centro, em idas e vindas infindáveis ao fórum e tribunal, além do vão entre este e a catedral, onde deveria ser a Casa da Liberdade e no entanto, era apenas o covil central.
Inesquecível o baile do Juventus, a missa na Sé e culto ecumênico na Catedral Presbiteriana, além do coquetel chique, tudo pela formatura e colação do grau.
Vencida a pior etapa.
Pagava-se espaço na fila do distribuidor da justiça federal para nem perder tempo, tantas eram as ações contra o plano econômico de um caçador de marajás, que ao final se mostrou o mais pródigo “amigo dos advogados”, assim, na incoerência de seus ímpetos irresponsáveis.
A profissão tão bem sucedida não dava espaço a perceber a miséria que já exalava nos seus ares, São Paulo, fazia algumas décadas: corrupção, violência, decadência, escravidão, exploração, machismo e tantos outros males.
Tropeçar em juiz venal, parecia grande azar, bem no coração de SP! afinal, havia tantos assemelhados ao “Braguinha” (o respeitado corregedor do Estado) e ao Guilher-mal (referência ao odiado Guilherme Santana e Silva, corregedor da polícia) que “aquele” só podia ser exceção! Mas não. Eram exceções os bons.
E isto ficou provado quando o passado recente começou a ser olhado com desconfiança, desde bem antes da década de 1970 com Paulo Maluf, figura que dispensa comentários…
Os donos do poder, velhos corruptos velhacos, sempre foram a nata paulistana:
REYNALDO DE BARROS que foi também Secretário de Obras e presidente da Emurb, na gestão do prefeito Paulo Salim Maluf na prefeitura de São Paulo (1993 à 1996) , foi denunciado por um ex-gerente de uma das empreiteiras contratadas na época, e que provou através de documentos, que as obras foram super faturadas (em mais de 400%). Para se ter uma idéia do rombo, o m² do túnel Airton Senna custou mais que o dobro do EuroTúnel, que liga por debaixo do mar (Canal da Mancha) a Inglaterra à França. Calcula-se que a Prefeitura teve um prejuízo de cerca R$ 2 bilhões, e que mais de R$ 130 milhões foram para o bolso de Maluf e de Reynaldo de Barros. Maluf gabava-se de que suas contas na Prefeitura, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas de São Paulo, mas, não disse que a maioria dos integrantes (muito bem pagos) deste tribunal, foram nomeados pelo próprio Maluf e pelo seu afilhado político na época, Celso Pitta. Estes funcionários do Tribunal de Contas, não souberam explicar porque aprovaram as contas super faturadas de Maluf.
ANTONIO SALIM CURIATI Figurou entre deputados estaduais de SP que assinaram a PEC da Impunidade, uma reação à ação civil pública proposta por Promotores de Justiça do Patrimônio Público e Social contra o indevido Auxilio-Moradia dos deputados paulistas e ainda foi cassado em 2007 e em seu lugar veio o nomeado pela ditadura FRANCISCO ALTINO LIMA: prefeito interinamente entre 15 de março a 10 de maio de 1983, na condição de presidente da Câmara Municipal.
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo cassou o mandato do deputado estadual Antonio Salim Curiati (PP), eleito para a Assembléia Legislativa de São Paulo com 66.208 votos. Ele é acusado de abuso de poder econômico em razão de uso indevido dos meios de comunicação social. De acordo com o julgamento, a Rádio Paulista FM de Avaré, de propriedade de Curiati, fez sua promoção pessoal no programa Jornal do Meio Dia, transmitido em setembro de 2006, favorecendo o deputado. Curiati obteve 12.318 votos em Avaré (30,44% dos votos válidos desse município). Segundo o juiz Paulo Alcides, “o abuso do poder econômico mostrou-se cristalino e causou desigualdade no pleito”. Em julgamento ocorrido no mês de março, o TRE-SP multou a rádio de Avaré e seu locutor, Rodivaldo Rípoli, em R$ 42.564,00 cada um. As duas representações foram propostas pela Procuradoria Regional Eleitoral. Cabe recurso ao TSE.
MARIO COVAS – Tem até folha corrida!
Vinte anos de Robson Marinho, que iniciou-se com ALSTOM & SIEMENS, mas chegou ao Tribunal de Contas pelas mãos de Mário Covas, deu nisso. Por incapacidade administrativa e devido desvio de recursos para financiar Estadão, Veja, Globo e Folha, os paulistanos estão na iminência de ter de fazer Covas para encontra água. Uma das maiores metrópoles do mundo pode ficar sem água exatamente durante a copa. Significa dizer que a pode não ter copa em São Paulo, mas só se for por falta de água. O dinheiro desviado nestes 20 anos de compadrio com a mídia teria sido mais do que suficiente para o Estado mais rico da Federação resolver pelo menos o problema da água.  No entanto, quando encontraram o pivô dos desvios, Robson Marinho, botaram exatamente no Tribunal de Contas.Viva o PSDB! Viva os grupos mafiomidiáticos que apoiam sem intere$$e estes incompetentes! No Tremsalão, também conhecido como propinoduto tucano, a culpa é do Mário Covas, já morto. Em um acordo fechado na Justiça, a Alstom aceitou pagar uma indenização de cerca de R$ 60 milhões para se livrar de um processo em que é acusada de pagar propina para conquistar um contrato de fornecimento de duas subestações de energia, em 1998, para uma empresa do governo de São Paulo, na gestão do tucano Mário Covas…Continua como réu na ação o mais importante auxiliar de Mário Covas osà época, Robson Marinho, um dos fundadores do PSDB. Chefe da Casa Civil de Covas entre 1995 e 1997, as iniciais do seu nome (RM) foram citadas em documento interno da Alstom, escrito em francês, sobre a distribuição da propina…Por que formação de Cartel na Petrobrás é crime mas na construção de túneis e aquisição de trens nos governos do PSDB, desde Mário Covas, passando por José Serra & Geraldo Alckmin não é?!…Augusto Mendonça, ao contrário de Duque, não recebeu da grande mídia um padrinho do nível de Dirceu, um cacique petista. Mas poderia ser associado Marcos Mendonça. O tucano foi deputado e atravessou como secretário de Cultura as gestões Mário Covas e Geraldo Alckmin em São Paulo. Hoje, Marco Mendonça preside a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura…O texto da Folha é mais sinuoso que os caminhos usados pelo PSDB para abarrotarem os próprios bolsos com dinheiro público. Mário Covas aparelhou as instituições públicas de São Paulo com uma quadrilha mantida pelos que vieram depois. E tudo acobertado pela imprensa amiga. Se Veja, Folha e Estadão, mesmo sendo de São Paulo, de nada sabiam, como podem ser considerados órgãos de informação?!…
JÂNIO QUADROS: um dos pouquíssimos homens públicos que não tem folha corrida, que mostrou-se independente enquanto governante, desagradou forças ocultas que possivelmente foram responsáveis pela grave crise diante de sua renúncia à Presidência da República, mais tarde sendo governador e prefeito.
LUIZA ERUNDINA: Também uma das únicas personalidades públicas de conduta irretocável, não escapou dos conchavos que mancharam a Administração de SP; graças ao vice prefeito Luiz Eduardo Greenhalg. O escândalo LUBECA, estourado durante sua gestão, mostrou que o advogado tinha bom trânsito em altas esferas de poder, inclusive no Judiciário. De nada adiantou que o delegado da ditadura, Massilon Bernardes papagaiasse na imprensa a interferência supostamente indevida no inquérito de apuração do caso pela Polícia Federal, que resgatou a investigação, dando em nada o resultado, nem mesmo 15 anos depois. Eduardo Greenhalg contava com certo assessor, Eduardo Pizarro Carnelós, hoje advogado de Michel Temer. Foi dispensado do governo de Erundina. Se condenada porque apoiou a greve geral de transportes, verba pública, ao menos conseguiu com doações o pagamento de multa de mais de 300 mil reais a que foi condenada, provando que sempre se pautou com lisura e agindo em prol dos menos privilegiados. Ah, SP, saudade dessa mulher…
CELSO PITTA: Afilhado político de Maluf, mergulhado em corrupção desde março de 2000, algumas das manobras relatadas principalmente por sua ex-esposa, viu esmiuçadas denúncias que envolviam vereadores, subsecretários e secretários – dentre as quais estava o “escândalo dos precatórios”.
MARTA SUPLICY: “Um golpe após o outro” podia ser o slogan dessa mulher que usou ilustre nome herdado de elite nobre. Sempre insatisfeita com os próprios resultados em qualquer âmbito, segue a septuagenária sua sina de obter vantagens. Sua gestão teve desvios graves, sobretudo por improbidade administrativa. Poucos paulistanos sabem das manobras para venda de patrimônio passivo, como a troca de terreno valioso que é de SP// coisa pequena próxima do Parque Previdência, arredores da rodovia Raposo Tavares. O queridinho dela, de parte do clero paulista e principalmente do desembargador Renato Nalini, ex-presidente do TJSP, Gabriel Chalita, estava envolvido no caso. Faz 3 anos foi condenada em processo-judicial e teve cassados os direitos políticos, mais pena pecuniária, decisão que tem recurso.
JOSÉ SERRA: Durante pouco mais de 1 ano foi prefeito. Bastou. Mestre do cinismo, disse, em 2010, que sobreviveria do salário de aposentado pela UNICAMP. Agora se sabe dos 23 milhões de propina, que a famigerada LAVAJATO não quis investigar. As redes sociais replicam há mais de 3 anos seu interesse junto com as petroleiras estrangeiras, dando formidável rasteira no país. Imagina-se o que fez na prefeitura.
GILBERTO KASSAB: Porque desgraça pouca é bobagem, foi prefeito duas vezes e nesses 6 anos, a gestão das mais corruptas lhe trouxe mais de 20 milhões só da Odebrecht. O Ministério Público o denunciou por improbidade, mas como se trata de um indivíduo ligado aos grandes esquemas de corrupção de Maluf, Pitta, Afif Domingos e José Serra, nada aconteceu. Criou um partido político que abocanhou várias cadeiras em ambas as casas legislativas.
FERNAND6 HADDAD: Embora um sujeito pacífico e muito empreendedor, não teve chance de expandir nas feias periferias o que fez por SP central. Infelizmente, ficou só nas redes sociais as obras realizadas para beneficio de todos. As ciclovias (quem se lembra delas?) a Cultura, a Arte, o Transporte Público, a Noite Paulistana, os espaços e aparelhos públicos sendo realmente públicos. Saúde, Educação e todos os demais direitos seguiam sendo respeitados até que…
DIZEM QUE FOI NA URNA ELETRÔNICA O PROBLEMA!
Fato é que o resultado das eleições 2016 deram o toque do que é meritocracia hahaha !!! JOÃO ESCÓRIA eleito como seu prefeito, SP.
Que foi isto, vetusta senhora???????? e agora? e agora?
Bem, todos sabemos que não merecia isso, SP. O que se há de fazer?
CINZA por todos os lados, luta contra grafiteiros, pichados de pichadores por quem de tão ignorante, nem sabe o que seja arte.
Fim de ciclofaixas e ciclovias, que atrapalham os carrões da ralé da moral.
Braços abertos agora é tratamento de choque contra os dependentes químicos, pela Tropa do Braço, aquela que se exercita dia e noite para malhar melhor os jovens, drogados e qualquer um que entendam ser ameaça. 
A guarda se tornou numa tropa virulenta.
Saúde? sim, é pra todos. TODOS que possam pagar.
Moradia? também.
Mendigos e moradores da rua? água neles, de preferência, pela crueldade: bem gelada no inverno.
Trânsito? aumenta a velocidade nas marginais e danem-se esses carrinhos de pobre, porque tem mesmo é que abrir caminho para os carros que até multam quem nem pode discernir entre o que é de fato um veículo oficial. As mortes como resultado? Ora, a violência é do nosso trânsito.
Pobre tem que comer ração, dessas feitas com ingredientes próximos de vencer a validade de consumo.
MARKETING IS MONEY! Por isso, as crianças devem usar uniformes com logotipo de empresas ao molde de manequins vivos. Idéia genial: pendurar uma placa frente e verso no prefeito “fake” idiota ao quadrado.
SP, de tanta grandeza e generosidade quando da época dos Imigrantes, hoje se tornou na cidade proibitiva, cheia de “nãos”, de ódio racial, de gênero, de classe, de tudo.
É… não tem parabéns que aguente isso.
Sinceros PÊSAMES.

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