Secretário de Estado norte americano e suas bravatas: "Os dias de Maduro estão contados"

Do Democracy Now!


A oposição venezuelana esta pedindo aos Estados Unidos e às nações aliadas a eles que considerem a opção de usar forças militares para derrubar o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro.

O vice presidente dos Estados Unidos, Mike Pence está em Bogotá, Colômbia, hoje (25 de fevereiro) para uma reunião com líderes regionais e o auto proclamado presidente venezuelano, líder da oposição, Juan Guaidó. O encontro segue o dramático fim de semana que viu os militares venezuelanos bloqueando a entrega da chamada ajuda humanitária que foi vista chegando ao país pelas fronteiras colombianas e brasileiras. Quatro pessoas morreram e centenas de outras foram feridas, depois do embate entre forças leais a Maduro e apoiadores da oposição. As Nações Unidas, a Cruz Vermelha e outras organizações de ajuda se recusaram a trabalhar com os Estados unidos na entrega da ajuda à Venezuela, entrega esta que as organizações disseram ter motivações políticas.

A Venezuela permitiu a entrada de ajuda vinda da Rússia e de outras organizações internacionais, mas se recusaram a aceitar a ajuda dos Estados Unidos, descrevendo-as como "cavalos de troia" para uma eventual invasão. Domingo, o secretário de estado Mike Pompeo disse que os dias do governo Maduro estão contados.

Nós (Democracy Now!) conversamos com o ministros das relações exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, que recentemente estabeleceu conversas secretas com o enviado especial de Trump, Elliott Abrams.

Transcrição da conversa: 

Juan González: A oposição venezuelana está chamando os Estados Unidos e seus aliados para considerarem o uso de forças militares para derrubar o governo venezuelano de Nicolás Maduro. O vice-presidente Mike Pence dos Estados Unidos se dirige hoje a Bogotá, na Colômbia, para se reunir com líderes regionais e o autoproclamado presidente da Venezuela, o líder da oposição Juan Guaidó. Um alto líder da oposição venezuelana chamado Julio Borges disse ao The Wall Street Journal, "vamos apresentar posições firmes que são uma escalada de medidas diplomáticas e medidas políticas, incluindo o uso da força para bloquear a ajuda humanitária e gerar uma violência sem precedentes". O encontro acontece após um final de semana dramático, que viu o bloqueio dos militares venezuelanos à chamada ajuda humanitária vinda das fronteiras da colombianas e brasileiras. Ao final, quatro pessoas morreram e centenas ficaram feridas, depois do embate entre as forças leais a Maduro e os apoiadores da oposição.

De acordo com alguns relatos, apoiadores da oposição arremessaram pedras e coquetéis molotovs. As forças de segurança venezuelanas, e grupos de civis conhecidos como "coletivos", reponderam com força, incluindo gás lacrimogêneo e balas de borracha. Dois caminhões carregando ajuda foram queimados no lado colombiano da fronteira entre os dois países.

Amy Goodman: As Nações unidas, a Cruz Vermelha e outros organizações de ajuda estão se recusando a trabalhar com os EUA na entrega da ajuda à Venezuela, pois eles dizem que este movimento é politicamente motivado. A Venezuela permitiu a entrada de ajuda da Rússia e de outras organizações ineternacionais, mas se recusaram a aceitar a ajuda vinda dos Estados Unidos, descrevendo-a como um cavalo de Troia para uma eventual invasão.
Durante o final de semana, os EUA aumentaram a pressão sobre o governo de Maduro. No domingo, o secretário de estado, Mike Pompeo disse que os dias do governo Maduro estão contados. Ele também ameaçou com mais sanções ao país. O senador republicano, Marco Rubio, da Flórida, tuitou sobre a violência na fronteira: "as portas estão abertas para várias ações multilaterais nas últimas vinte e quatro horas". No que foi entendido como críticas ameaças a Maduro, Rubio tuitou uma imagem de Muammar Gaddafi ensanguentado após sua morte durante os bombardeios dos Estados unidos na campanha contra a Líbia (Nota do Forte: que, coincidentemente, também possui grandes reservas de petróleo). Rubio também tuitou fotos de ex-presidente panamense, Manuel Noriega, que foi derrubado do poder durante a invasão de 1989 e mantido em prisão dos EUA por anos.


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