Adeus, Alberto Rollo.

Adeus, Alberto Rollo.


 07/01/2017 A Secional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil cumpre o triste dever de informar o falecimento do advogado Alberto Lopes Mendes Rollo. O velório será a partir das 16h00 e enterro, amanhã, às 9h00, no Cemitério da Araçá ( Avenida Dr. Arnaldo, 666 – Cerqueira César, São Paulo – SP). O presidente da instituição, Marcos da Costa, lamenta a perda de um dos maiores advogados na área eleitoral: “Querido amigo e combativo colega, que foi presidente da Comissão de Prerrogativas e conselheiro secional da OAB SP na gestão de Rubens Approbato Machado. Deixa como legado as suas lições de direito eleitoral e uma família de advogados que seguem os seus passos na área, sua esposa Janine Rollo e os filhos Alberto, Arthur e Alexandre Rollo, conselheiro Secional e presidente da Comissão de Relacionamento com o Poder Legislativo da OAB SP”. SERVIÇOS E INFORMAÇÕES

Jamais vou esquecer de sua ajuda inestimável quando, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas do Advogado, na Seccional Paulista da OAB, sob a presidência de Rubens Approbatto Machado, você fez toda a diferença, sabendo que eu estava sendo maltratada e perseguida por trabalhar pela Justiça.

Tinha sido presa, por um pretexto criado por um delegado em Cotia, na verdade, fazendo as vezes de “manus longa” de um magistrado mais conhecido no MP que na Magistratura.

Sabia que os advogados da comarca não tinham agido corretamente, mas evitando a exposição dessa chaga que é a falta de respeito entre colegas, você preferiu a ação do que a crítica.

A comissão atuou rápido sob sua presidência e o caso acabou indo parar no site da OABSP:

Você sabia que meu trabalho no Tribunal do Júri, como assistente do MP, tinha rendido muito mais do que simples antipatias… 

São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 1995 – Juiz pede prisão de acusados de homicídio ROGERIO WASSERMANN DA REPORTAGEM LOCAL O juiz Antonio Maria Patiño, da Vara Distrital de Itapevi (Grande São Paulo), pediu na última segunda-feira a prisão temporária de três supostos envolvidos no assassinato do investigador de polícia Alessandro Luiz de Lima, 25, no dia 3 de março. O comerciante Edison Luiz de Lima, 45, pai de Alessandro, afirma ter gravado, no último dia 20, uma conversa de Vanderlei Aparecido Rodrigues, suposto traficante de drogas da região de Cotia (Grande São Paulo), com a ajuda de uma pessoa infiltrada. Na gravação, Rodrigues confessaria ser o autor do crime, a mando de Bruno Luís Tenucci -então chefe dos investigadores de Jandira (Grande São Paulo), onde Alessandro trabalhava- e Sebastião Correia Pilar, informante da delegacia por 12 anos. Rodrigues aponta os dois como sócios dele. “A boca lá é nossa, 50% meu e 50% deles, por isso a área fica limpa para mim”, diz ele a certa altura da gravação. Tenucci se entregou à Justiça na última terça-feira. Pilar e Rodrigues estão foragidos. Por envolver policiais, o caso está correndo sob sigilo no fórum de Cotia. Segundo Lima, o filho foi morto a mando do ex-delegado de polícia Nelson Precioso, preso em 93 e condenado a 14 anos de prisão sob a acusação de estar envolvido no crime organizado de roubo de cargas na região. A prisão de Precioso teria sido motivada por denúncias feitas por Lima, presidente do Conselho de Segurança da região de Cotia. O comerciante diz estar sendo ameaçado desde a prisão do delegado. “Ele pagou US$ 80 mil pela morte do meu filho. O assassinato foi uma vingança contra as minhas denúncias”, afirmou. Alessandro teria sido atraído por Pilar para um suposto desmanche de veículos, onde estaria uma camionete D-20 roubada. Segundo o depoimento do informante, arrolado como única testemunha, Alessandro teria sido baleado durante tiroteio com os ladrões. Segundo Lima, o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, foi procurado, mas considerou o caso encerrado com a prisão de dois supostos assassinos, que negaram o crime. “Desde o início eu sabia quem tinha mandado matar o Alessandro”, disse Lima. Para ele, a prisão dos envolvidos é “questão de honra”. “O Estado não se interessou pelo caso. Descobri quem matou, agora vou até as últimas consequências para que os prendam.”

Conhecendo a natureza humana como poucos, você sugeriu que meu trabalho fosse mostrado na vitrine da Casa, como assessora da Comissão. E a sugestão foi certeira, porque até quem não tinha a menor condição de criticar, acabou silenciando… 

São Paulo, quarta, 26 de março de 1997. – JUSTIÇA Metalúrgico que perdeu o movimento do dedo mínimo esquerdo em acidente tem pedido de auxílio negado Juiz decide que dedo mínimo é `pouco útil’ MARIO CESAR CARVALHO da Reportagem Local Um juiz de Cotia, na Grande São Paulo, decidiu que o dedo mínimo da mão esquerda tem “muito pouca utilidade”. O juiz Edmundo Lellis Filho, 31, considerou improcedente o pedido de auxílio de acidente de trabalho do metalúrgico Valdir Martins Pozza, que perdeu o movimento desse dedo ao romper o tendão. Pozza queria receber 30% do seu salário à época do acidente por conta da lesão -ele recebe 20%. Veja um dos trechos da sentença, publicada no último dia 17 no “Diário Oficial” do Estado: “(…) Não é fato comprovado que sua capacidade de trabalho foi efetivamente diminuída pelo acidente, até porque o dedo lesado, `mínimo’, muito pouca utilidade tem para a mão e, por muitos estudiosos em antropologia física, é considerado um apêndice que tende a desaparecer com a evolução da espécie humana.” “Nunca vi um juiz dizer uma barbaridade dessas”, diz Wilson Roberto Sartori, 42, advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, que recorreu da sentença. O acidente com Pozza ocorreu no dia 18 de fevereiro de 1993, na empresa Lucas Concentric Ltda. Ele limpava uma retificadora com a máquina ligada quando um rebolo, pedra que gira em alta velocidade, atingiu o seu dedo. Ficou quatro meses sem trabalhar e, quando voltou, estava com o dedo sem movimento. Em fevereiro do ano passado, foi demitido. Hoje é fiscal de ônibus. Tudo errado Dois especialistas consultados pela Folha dizem que a sentença de Lellis Filho tem erros científicos primários. Ou seja: o dedo mínimo é útil e não vai desaparecer. “Onde esse homem leu que o dedo mínimo vai desaparecer?”, pergunta Walter Neves, 39, responsável pelo Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da USP. O quinto dedo é o que caracteriza a ordem dos primatas, da qual o homem é o representante mais jovem. O quinto dedo surgiu há 65 milhões de anos, segundo Neves, e o homem, há 2 milhões. O único traço humano que está em vias de desaparecer, diz o pesquisador da USP, é o terceiro molar, o chamado dente do siso. Funções do mínimo Ronaldo Azze, 60, professor titular de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP, diz que o mínimo tem função importante nas “apreensões fortes”, quando se tem de girar um registro de água, por exemplo. Outra ilustração de Azze ajuda a entender para que serve o dedo mínimo. Tente imaginar sua mão segurando o cabo de um martelo. “Você martela com o anular e o mínimo”, diz Azze, um dos maiores especialistas em mãos do país. Função idêntica a essa acontece com as alavancas. Na escrita, é o dedo mínimo que suporta e direciona a mão, afirma Azze. Ainda segundo ele, um dedo mínimo rígido prejudica as funções de toda a mão. Azze diz que uns dedos são mais importantes do que outros. O polegar, por exemplo, responde por 40% das funções de pinça dos dedos. A preponderância do polegar não significa que outros dedos não tenham importância. “Essa sentença é meio biruta”, diz. Outro lado O juiz Lellis Filho diz que não pode se pronunciar porque houve um recurso e o processo será julgado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça. “Não posso emitir minha opinião em casos sub judice. É um dever do juiz, segundo a Lei Orgânica da Magistratura”, afirmou.

A vida de quem trabalha com a Justiça continua caminhando em estradas íngremes e pedregosas, mas alguns, depois de muito trabalho, partem para outras caminhadas.

Espero que sua nova jornada seja bastante ensolarada, como esse sábado em que me chega a notícia de sua partida.

Adeus, doutor Alberto Rollo.

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