sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Novo presidente da Fundação Palmares nega existência de racismo

Militante de direita defende fim do Dia da Consciência Negra e do próprio Movimento Negro, despreza Zumbi e já atacou Marielle Franco

ATUALIZADO 27/11/2019 18:45

REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Ojornalista, militante de direita e novo presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Nascimento de Camargo, afirmou que a escravidão foi “benéfica para os descendentes”, que não existe “racismo real” e que o movimento negro precisa ser extinto.

O dia da Consciência Negra, de acordo com Sérgio, é uma vergonha e precisa ser combatido incansavelmente até que perca a pouca relevância que tem. “Sou negro e repudio essa data! É um feriado político, instituído pela esquerda com o objetivo de propagar o revanchismo histórico, o ressentimento racial e a degradante agenda progressista”, escreveu em um post nas redes sociais.

O presidente do órgão responsável pela promoção da cultura afro-brasileira já disse sentir “vergonha e asco da negrada militante”. Sérgio também escreveu que “merece estátua, medalha e retrato em cédula o primeiro branco que meter um preto militante na cadeia por crime de racismo”.

Nas redes sociais, ele também afirma que a esquerda atual, não o racismo, é a maior ameaça aos negros, porque está formando uma “multidão de pretos racistas e vingativos”.

Em outra publicação, o militante diz que negros sempre escravizaram negros. “Escravizam até hoje na África. Quer reparação histórica? Vá cobrar no Congo! Boa sorte!”, escreveu.



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