segunda-feira, 22 de junho de 2020

Após saída de Wassef, ex-advogado de Sérgio Cabral assume defesa de Flavio Bolsonaro

Rodrigo Roca deixou de ser advogado de Cabral, em 2018, quando o ex-governador decidiu fazer deleção premiada

O investimento para as edificações levantadas por três construtoras foi feito com dinheiro de “rachadinha”, coletado no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do RJ - Tânia Rego / Agência Brasil
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
 
Em substituição a Frederick Wassef, o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos) contratou, nesta segunda-feira (22), um dos advogados responsáveis pela defesa do ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (MDB). No último domingo (21), Wassef deixou a defesa do senador após ser atrelado diretamente às investigações sobre Fabrício Queiroz - ex-assessor de Flavio que estava no sítio do advogado em Atibaia (SP) quando foi preso. 
Agora advogado de Flavio Bolsonaro, Rodrigo Roca deixou de ser advogado de Cabral em dezembro de 2018, quando o ex-governador decidiu fazer delação premiada, contrariando a estratégia da defesa à época. Cabral está preso, desde 2016, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Suas penas somam mais de 280 anos de reclusão. 
Saída de Wassef
O anúncio da saída de Wassef ocorreu um dia depois de o próprio advogado ter atrelado seu futuro nas investigações de Fabrício Queiroz ao de Jair Bolsonaro. “Se bater no Fred, atinge o presidente. Eu e o presidente viramos uma pessoa só”, disse à CNN Brasil no sábado (20).
Segundo a polícia, Queiroz estava hospedado por Wassef há mais de um ano. Amigo do presidente, o advogado nega que tenha abrigado Queiroz ou que tenha tido contato com ele. Mas não esclareceu o motivo do ex-assessor de Flavio ter permanecido no local
Flavio Bolsonaro é apontado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) como chefe de um esquema chamado de "rachadinha", que teria sido organizado em seu gabinete no período em que foi deputado estadual da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), entre 2003 e 2018.
De acordo com as investigações, funcionários do gabinete de Flavio eram contratados e devolviam parte dos salários ao, então, deputado estadual. O dinheiro era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e também em imóveis. A estimativa é que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados.
Edição: Mariana Pitasse
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