terça-feira, 28 de julho de 2020

Procurador da Lava Jato, autor de livro sobre impunidade, ficará impune: instalou outdoor com autoelogio através de laranja

Procurador da Lava Jato, autor de livro sobre impunidade, ficará impune: instalou outdoor com autoelogio através de laranja
Ó, seu delegado, eu acho que isso aí foi fraude. Porque usaram meus dados para contratar isso daí. João Carlos Queiroz Barbosa, músico, que foi involuntariamente usado como laranja para esconder a origem do contratante do outdoor, em depoimento sobre o caso
Membro da Lava Jato que instalou outdoor exaltando a si próprio não será punido
Corregedora concluiu que prazo para a punição de Diogo Castor, que confessou a prática, prescreveu
Mesmo depois de confessar ter sido o autor do pagamento para a colocação de um outdoor que exaltava o grupo de procuradores da Lava Jato, inclusive ele próprio, o procurador Diogo Castor não será punido.
De acordo com o portal UOL, a corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) concluiu que o prazo para punição pela propaganda prescreveu.
Diogo Castor pagou por um outdoor em que se lia: “Bem-vindo à República de Curitiba. Terra da Operação Lava Jato, a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre” e incluindo as imagens de diversos procuradores da força-tarefa.
O próprio Diogo Castor aparecia na imagem, feita em comemoração aos cinco anos da operação, completados em 2019.
A corregedora Elizeta Maria de Paiva Ramos concluiu que houve “falta de respeito à dignidade das funções do MPF e infringência ao princípio da impessoalidade.”
No entanto, nem mesmo a advertência escrita prevista para esse tipo de caso vai ser aplicada.
O prazo para isso se esgotou em abril de 2020.
A corregedoria demorou um ano para analisar o caso, que chegou lá em abril de 2019, um mês após a instalação do outdoor.
Em depoimento à corregedoria, Diogo Castor, que é autor de um livro sobre direito penal e impunidade no Brasil, afirmou que pagou para instalar o outdoor para “elogiar e levantar o moral do grupo de procuradores” que, segundo ele, “vinha sendo injustamente pressionado e atacado”.
PS do Viomundo: O livro chama-se O Amigo do Direito Penal.

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